domingo, 23 de novembro de 2008

‘O rei está nu...Põe a roupa, presidente’, pede FHC (Josias de Souza)




Folha
O homem não é senão um somatório de suas fixações. Mas FHC subtraiu de seu cotidiano todas as obsessões. Concentra-se numa só.



Dê-lhe um microfone e uma platéia e o ex-presidente logo estará discorrendo sobre sua idéia fixa: Lula.



O PSDB de São Paulo pôs FHC diante de 800 tucanos –prefeitos e vereadores eleitos em outubro passado.



Do alto do caixote, FHC disse que o tucanato não deve exagerar na agressividade a Lula. Desconselhou a crítica pessoal ao presidente. Em seguida, pôs-se a criticar.



"Não precisamos ser agressivos pessoalmente com ninguém. Mas nem por isso vamos dizer tudo o que seu mestre fala está certo. Não está...”



“...Temos que dizer: o rei está nu, aqui, ali, acolá. Põe a roupa, presidente. Não diga bobagem, presidente. Seja mais coerente com sua história...”



“...Não seja tão rápido no julgamento do que os outros fizeram. Perceba que uma nação se faz numa seqüência de gerações...”



“...Não seja tão pretensioso. Seja um pouquinho mais humilde”. Acha que o governo Lula “traiu” os eleitores.



"O governo atual disse uma coisa para o país e fez outra. Fez outra. Não importa que essa outra tenha sido a seqüência daquilo que nós tínhamos feito anteriormente...”



“...Do ponto de vista de comportamento, eles traíram seus eleitores. Não podemos aceitar essa história de que todos os gatos são pardos...”



“...Nós não somos gatos pardos. Somos outra coisa. Somos tucanos”. Em timbre irônico, FHC surfou na “marolinha”.



"Nós inventamos aqui uma teoria, no Brasil - nosso presidente, que é um grande economista, foi o primeiro a propagar essa teoria...”



A teoria “...se chama decouped, quer dizer, separação. Ou seja, aqui é uma ilha. Se vier, vem marola. Marolinha". A platéia foi à gargalhada.



Ao discorrer sobre 2010, FHC disse que o PSDB precisa ter um nome até o segundo semestre de 2009. Evitou enunciar a preferência por Serra. Citou também Aécio.



Só não disse com que roupa seu partido vai ao samba da sucessão. Deixou no ar a impressão de que, a exemplo do rei, também a oposição está nua.



Falta-lhe a roupagem de um bom discurso alternativo. Alvo que vá além da oca agressividade.

Escrito por Josias de Souza às 04h04

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Presidente do Senado devolve ao governo Lula MP da filantropia

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Em um ato raro no Legislativo, o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), decidiu nesta quarta-feira devolver ao Poder Executivo a medida provisória que renova automaticamente certificados de entidades filantrópicas. Depois de ouvir por quase uma hora discursos contrários à edição da MP, Garibaldi decidiu ceder aos apelos dos senadores para devolver a matéria ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Como presidente do Congresso, Garibaldi tem a prerrogativa prevista pelo regimento do Senado de devolver MPs ao Executivo --caso não atendam aos critérios de urgência e relevância, necessários para a edição de medidas provisórias. O senador argumentou que a MP das Filantrópicas não atende a esses requisitos, por isso decidiu devolvê-la ao Executivo.

Garibaldi leu, em plenário, parte do artigo 48 do regimento interno do Senado --o qual afirma que o presidente da Casa pode "impugnar as proposições que lhe pareçam contrárias à Constituições, às leis e ao regimento", devolvendo-as ao seu autor.

Antes da devolução de Garibaldi, o ex-senador José Inácio havia devolvido uma MP ao Executivo em 1989. Na ocasião, o parlamentar ocupava interinamente a presidência do Congresso. Depois de 19 anos, Garibaldi foi o segundo presidente do Congresso a tomar medida semelhante.

O peemedebista não esconde sua irritação com o excesso de medidas provisórias editadas pelo Poder Executivo. Em recente cerimônia no plenário da Câmara, ao lado de Lula, Garibaldi fez duras críticas à tramitação das MPs ao afirmar que as matérias paralisam as atividades legislativas porque constantemente trancam as pautas de votações da Câmara e do Senado.

Recurso

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), apresentou recurso ao plenário e à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) para tentar reverter a decisão de Garibaldi.

As críticas à MP provocaram sucessivos bate-bocas no plenário do Senado nesta quarta-feira. A polêmica teve início depois que o senador Flávio Arns (PT-PR), que integra a base aliada do governo federal, disse que o Senado não poderia aprovar uma MP que beneficia entidade filantrópicas suspeitas de corrupção.

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) disse que a MP é "imoral, aética e indecorosa", o que provocou a irritação de líderes governistas. Jucá, ao rebater o discurso de Tasso, negou que a MP beneficie entidades acusadas de corrupção.

"Esta medida provisória não anistia ninguém. O que ocorreu e o que trouxe a necessidade dessa MP foi a recente decisão do Supremo Tribunal Federal que trouxe de 10 para 5 anos a prescrição das dívidas previdenciárias. Todos aqui sabem que as dívidas fiscais prescrevem com 5 anos. Havia um entendimento no governo até então de que as dívidas previdenciárias prescreviam com 10 anos", justificou.

O texto enviado ao Congresso pelo governo torna automática a aprovação dos pedidos de renovação de certificados de filantropia pendentes no CNAS (Conselho Nacional de Assistência Social). O texto autoriza ainda a concessão a pedidos que anteriormente foram negados.

A oposição batizou a matéria de "MP da Pilantropia" ao afirmar que a concessão automática dos pedidos de renovação poderá beneficiar entidades com pendências judiciais. Na tentativa de aprovar a MP, o ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Social) se reuniu hoje com Garibaldi e líderes partidários, mas não obteve avanços.

sábado, 15 de novembro de 2008

Jogo pelo poder faz PPS e PSDB articularem fusão

BRASÍLIA - A disputa pela presidência da Câmara começa a promover uma reengenharia partidária. Insatisfeito com o PT e com o PMDB, o chamado bloquinho, que reúne as bancadas do PSB, do PDT e do PCdoB, ameaça lançar candidato à sucessão do presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP). Ao mesmo tempo, setores do PPS e PSDB articulam uma fusão dos dois partidos, fato que aumentaria o cacifes dos tucanos e resgataria o PPS da extinção.

Com uma bancada de 76 deputados, o apoio do bloquinho, que faz parte da base aliada do Planalto, é cobiçado pelos candidatos à presidência Michel Temer (PMDB-SP) e Ciro Nogueira (PP-PI), mas, ao mesmo tempo, os três partidos articulam com outras legendas um nome alternativo para a disputa. Até o DEM está no radar das negociações do bloquinho.

O DEM que esteve, nos últimos anos, na posição privilegiada de aliado com o PSDB, não quer ver o PMDB na presidência da Câmara, de olho nas eleições de 2010. Daí a sua disposição de se aliar ao bloquinho para ter um candidato. A avaliação do DEM é que o fortalecimento do PMDB reduziria o cacife do partido na aliança eleitoral para a presidência da República.

Tanto o PSDB quanto o PT almejam o PMDB como vice na chapa presidencial, depois que o partido cresceu nas eleições municipais. O bloquinho atribui ao PMDB, e em especial a Temer, a derrota de Aldo Rebelo (PCdoB-SP) para Chinaglia na eleição passada. Foi o apoio de Temer que deu a vitória ao petista.

O bloquinho, por sua vez, está ciente que apenas com o DEM não terá forças para vencer o peemedebista e por isso busca conversar com o PSDB e com partidos menores, como o PR e o PP. Os dois partidos têm nomes já colocados na disputa. Além de Ciro Nogueira, o deputado Milton Monti (PR-SP) está disposto a entrar na corrida presidencial. O objetivo das articulações do bloquinho é atingir em torno de 300 deputados. Um bloco desse tamanho teria o poder de indicar cinco dos sete cargos da Mesa.
Fusão

O PSDB está dividido. Enquanto parte defende o apoio institucional ao maior partido, o PMDB, parte aceita discutir outras possibilidades. Uma eventual fusão do PSDB com o PPS daria mais cacife aos tucanos nas articulações. Enfraquecido nas eleições municipais e diante da perspectiva de uma reforma política, a junção com o PSDB seria a forma de sobrevivência do PPS.

O presidente da legenda, Roberto Freire, nega que haja negociações para essa fusão, mas o assunto tem sido debatido internamente no PPS. Essa união entre as legendas teria como subproduto mais influência na disputa da Mesa da Câmara.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

PSOL entra com representação em defesa do delegado Protógenes e do juiz De Sanctis

da Folha Online

O PSOL entrou nesta quinta-feira com representação na Procuradoria Geral da República para que sejam investigados os procedimentos adotados pelo delegado Amaro Vieira Ferreira e pelo diretor-geral da Polícia Federal Luiz Fernando Corrêa.

Ferreira investiga o suposto vazamento de informações da primeira fase da Operação Satiagraha, que foi comandada pelo delegado Protógenes Queiroz --afastado do caso após denúncias sobre supostos excessos e falhas na operação, como o uso de agentes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).

Ferreira solicitou à empresa Nextel a quebra de sigilo, sem autorização judicial, de todos os celulares e antenas utilizados na operação comandada pelo delegado Protógenes Queiroz, que resultou na prisão do banqueiro Daniel Dantas, do ex-prefeito Celso Pitta (PTB) e do investidor Naji Nahas.

Em nota, a PF informa que não houve, em nenhuma hipótese, quebra de sigilo telefônico sem autorização judicial. Informa que solicitou à Nextel que informasse a localização das torres de retransmissão dessa empresa.

Para o PSOL, há uma tentativa interna de desestabilização institucional, que desvia o foco das conclusões da Operação Satiagraha e beneficia três dos principais acusados. O PSOL diz ainda que se tenta desmoralizar o trabalho do delegado Protógenes e do juiz Fausto De Sanctis, que autorizou as prisões de Dantas, Pitta e Nahas.

"É uma vergonha o que está acontecendo: investigações levam a quadrilha fraudadora de recursos públicos para a cadeia; o senhor Daniel Dantas é libertado duas vezes; e agora quem investigou está sendo investigado", disse o deputado Ivan Valente (SP).

Satiagraha

Na operação, realizada no dia 8 de julho, foram presos, além do banqueiro, o ex-prefeito Celso Pitta e o investidor Naji Nahas, entre outras pessoas.

Os três acusados foram libertados após o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, conceder habeas corpus em favor deles. Na decisão, Mendes considerou "desnecessária" a prisão, pois não havia ameaça às provas colhidas durante a operação.

Segundo a PF, as investigações da Satiagraha começaram há quatro anos, com o desdobramento das apurações feitas a partir de documentos relacionados com o caso mensalão. A partir de documentos enviados pelo STF para a Procuradoria da República no Estado de São Paulo, foi aberto um processo na 6ª Vara Criminal Federal.

Na apuração foram identificadas pessoas e empresas supostamente beneficiadas no esquema montado pelo empresário Marcos Valério para intermediar e desviar recursos públicos.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

No Congresso, Lula faz novo mea-culpa (Tribuna da Imprensa)

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez ontem mais um mea-culpa a respeito do comportamento do PT na Assembléia Nacional Constituinte, durante cerimônia realizada no Congresso pelos 20 anos da Constituição de 1988. Lula lembrou que o PT, do qual era líder, votou contra a aprovação da Constituição (os petistas diziam que ela não resolveria nada) e, só a custo, a assinou.

"Uma parte da bancada, radicalizada, achava que não deveria assinar, e eu disse: `não tem sentido, a gente participou dois anos aqui, ganhamos salário, ganhamos assistentes para nos ajudar, como é que pode um filho nascer e a gente não registrar? Vamos assinar."

Lula disse que nos seis anos em que está na Presidência da República compreendeu, como ninguém, que a Constituição, com todos os defeitos que tem, "é um garante da democracia, esta é a verdade nua e crua". Lula citou sua própria carreira política para enaltecer a Constituição. "Imaginem vocês se, 20 anos atrás, era previsível um metalúrgico chegar à Presidência da República, e quando se pensava em chegar, o contra-argumento era de que 'não vão deixar tomar posse'."

E prosseguiu, no discurso que fez durante a cerimônia em comemoração aos 20 anos da Constituição: "Vejam que coisa extraordinária: eu ganhei as eleições depois de disputar muitas, tomei posse, fui reeleito, tomei posse e, se Deus quiser, muitos outros ganharão, tomarão posse e este País nunca mais sofrerá a experiência de golpes ou que alguém que não seja o próprio Congresso Nacional, respeitando a Constituição, ou a sociedade, possa tirar um mandatário eleito democraticamente pelo povo brasileiro."

Lula foi eleito deputado para a Assembléia Constituinte em 1986. Contou aos presentes - entre eles, os presidentes do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN) e da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, e o vice-presidente José Alencar - que só queria ser constituinte. "Tanto é que, em 1990, peguei minha mala e fui embora para São Bernardo do Campo".

O presidente lembrou que a Constituinte foi um dos períodos políticos mais ricos do País. E que faria seu discurso de improviso, embora tivesse um já escrito, com todo cuidado para não falar alguma coisa que crie problemas na relação entre os Poderes Executivo e Legislativo. Em seguida, afirmou que da tribuna da Constituinte falaram índios, crianças de rua, prostitutas, homossexuais, desempregados, os representantes do campo.

Por causa da Constituição, segundo Lula, hoje o Brasil vive o mais longo período de sua democracia. "Todo mundo sabe o quanto é importante esta Constituição que permitiu que o nosso País e este Congresso cassassem um presidente da República e a estabilidade política se mantivesse neste País sem causar nenhum transtorno, por conta do fortalecimento das instituições."

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Obama é eleito presidente em votação com maior comparecimento em cem anos




O democrata Barack Obama teve uma vitória histórica nesta terça-feira ao chegar à Casa Branca como primeiro presidente negro depois de uma votação que teve comparecimento recorde de americanos às urnas.

Quase 66% dos 153,1 milhões eleitores registrados para as eleições presidenciais americanas enfrentaram longas filas e problemas nas urnas para votar nas eleições gerais, de acordo com o site Real Clear Politics, o que significaria a maior taxa de participação desde 1908.

John Gress/Reuters
U.S. President-elect Senator Barack Obama (D-IL) waves to supporters after being declared the winner of the 2008 U.S. Presidential Campaign in Chicago November 4, 2008.REUTERS/John Gress (UNITED STATES) US PRESIDENTIAL ELECTION CAMPAIGN 2008 (USA)
Democrata Barack Obama cumprimenta seus eleitores depois de ser declarado o 44º presidente dos EUA


A organização das eleições é uma atribuição de cada Estado e um número definitivo da participação só costuma ser divulgado após os resultados finais. Contudo, o interesse já supera as eleições passadas, em 2004, quando o número de registrados era de 135 milhões e compareceram às urnas pouco mais de 80 milhões.

Em seu discurso de vitória, Obama foi aplaudido por uma multidão que esperava desde a manhã desta terça-feira para entrar no Grant Park. Ele prometeu trazer a mudança para Washington, tema que marcou sua campanha desde a disputa das primárias.

"Foi uma longa campanha, mas, nesta noite, por causa do que nós fizemos neste dia, neste momento definidor, a mudança chegou à América", disse Obama, 47, a mais de 200 mil apoiadores extasiados pela vitória.

Nascido em Honolulu, no Havaí, em 4 de agosto de 1961, Barack Hussein Obama é senador por Illinois em seu primeiro mandato. Ele passou a juventude na ilha americana, onde se destacou pelo serviço comunitário. Com um bom histórico escolar, Obama formou-se em direito na tradicional pela Universidade Harvard e trabalhou como professor e defensor dos direitos civis em Chicago, antes de ser eleito senador.

Leia o perfil completo de Barack Obama

Obama era um rosto pouco conhecido no cenário nacional até vencer as acirradas primárias democratas contra Hillary Clinton --tida como grande favorita na disputa presidencial. A experiência da disputa com a ex-primeira-dama fortaleceu sua estratégia de campanha e a mostrou que a promessa de mudança em tempos de insatisfação política funcionava.

Com o slogan "Mudança na qual podemos acreditar", Obama entrou como preferido na disputa presidencial contra o veterano republicano McCain. O resultado confirma a vantagem consolidada nas pesquisas após o estouro da crise financeira norte-americana que assola as Bolsas de todo o mundo.

"A estrada a frente será longa. Nossa subida será cautelosa. Nós podemos não conseguir chegar lá em um ano ou mesmo em um mandato, mas América, eu nunca estive tão esperançoso do que hoje de que chegaremos lá", afirmou o democrata no discurso, sob o peso de assumir a Presidência em tempos da mais grave crise financeira depois da Grande Depressão dos anos 30.

Vitória

A vitória de Obama, como previsto, veio principalmente nos Estados das duas costas americanas, onde os democratas costumam ter melhor desempenho. Contudo, com uma estratégia de conquistar os 50 Estados, ele tirou alguns Estados do republicano John McCain.

Na projeção das urnas, até o momento, Obama ganhou 23 Estados e deve garantir 338 votos do colégio eleitoral, muito além dos 270 necessários para chegar à Casa Branca.

Acompanhe a apuração das urnas

Nos Estados Unidos, como a votação é indireta, a vitória democrata nas urnas desta terça-feira deve ser confirmada pelos representantes dos colégios eleitorais estaduais --cujo número é proporcional à população do Estado-- e que, tradicionalmente, ratificam o voto popular. Entenda o processo eleitoral americano

"Se pessoas ainda têm dúvidas de que a América é o lugar onde as coisas são possíveis, que ainda acreditam que o sonhos dos nossos fundadores ainda estão vivos, se ainda questionam o poder da nossa democracia, esta noite é a sua resposta", afirmou Obama, que nesta terça-feira confirmou um resultado considerado impossível há poucos anos atrás.

Interrompido por aplausos e gritos da multidão, Obama disse nesta quarta que o processo eleitoral foi uma "espera foi longa, mas merecida" e que "agora vamos mudar".

Obama assume assim como um dos presidentes mais populares do país. A participação na eleição que o colocou na Casa Branca só pode ser comparada na história recente aos 63,1% de 1960, quando John Kennedy (1917-1963) chegou ao poder.

"Nós vamos reconstruir a América, com mão calejada, tijolo por tijolo, para refazer o nosso país", afirmou Obama que ainda ressaltou o "patriotismo dos americanos" e alertou "o cuidado para que não recaiamos na imaturidade que envenenou a nossa economia".

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Obama supera McCain em cinco dos oito estados decisivos

PERFIL

Protestante e descendente de mulçumano, Barack Obama, de 47 anos, é o primeiro negro a concorrer à Casa Branca por um grande partido. Seu nome significa “abençoado” em suaíli, uma das línguas do Quênia, onde estão suas raízes familiares. A carreira parlamentar começou em 1996, em Illinois. Ele é casado há 16 anos e tem duas filhas.
PERFIL DO VICE

Saiba mais sobre Joe Biden, o candidato a vice-presidente na chapa de Barack Obama
PLANTAO


WASHINGTON - O candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Barack Obama , supera o republicano John McCain em cinco de oito estados considerados decisivos para a eleição, de acordo com uma série de pesquisas realizadas por Reuters/C-SPAN/Zogby divulgada nesta terça-feira.

Obama ampliou sua vantagem nacional para 11 pontos percentuais sobre McCain entre os possíveis eleitores americanos, em uma pesquisa diária feita também pelo pool Reuters/C-SPAN/Zogby, em relação aos sete pontos de vantagem que tinha no domingo. A pesquisa telefônica tem uma margem de erro de 2,9 pontos percentuais.

As novas pesquisas estaduais mostraram Obama com uma leve vantagem de um ponto na Flórida e de dois pontos em Ohio, dentro de uma margem de erro de 4,1 pontos percentuais. O democrata tem vantagens maiores em Virginia e Nevada.

Esses quatro estados, todos conquistados por Bush na última eleição, soma um total de 65 delegados eleitorais. Junto com os estados em que o democrata venceu em 2004, dariam ao senador por Illinois 317 votos no colégio eleitoral, muito acima dos 270 necessários para garantir a vitória.

Obama também está à frente por dez pontos percentuais na Pensilvânia, um estado em que McCain apostava como sua melhor possibilidade de ficar com um território conquistado por Kerry em 2004.

" Os indecisos decidiram que o democrata define o papel de mudança "

No estado de Missouri, onde Obama tinha 1% de vantagem na segunda-feira, agora está empatado com 49% para cada candidato.

McCain se impõe a Obama por cinco pontos, 50% contra 45% para o democrata, em Indiana, um estado que não dá apoio a um democrata para presidente desde 1964. Obama planeja uma visita nesta terça a este estado para impulsionar o voto da população.

O republicano tem vantagem de um ponto sobre o democrata na Carolina do Norte, que não se alinha com os democratas desde 1976.

- A liderança de Obama cresceu de um dia para outro quando os indecisos decidiram que o democrata definia o papel de mudança. Parece que pode haver uma grande vitória para Obama, e McCain deve conquistar essencialmente todos os estados que ainda estão em jogo - afirmou o pesquisador John Zogby.

A corrida pela Casa Branca está acirrada em dois estados que oferecem os dois maiores prêmios: a Flórida, com 27 delegados eleitorais, e Ohio com 20. Uma vitória de Obama em qualquer dos dois poderia pôr fim às esperanças de McCain de uma vitória.

Na Flórida, Obama supera McCain com 49% a 48%. Há uma semana, a pesquisa mostrava um empate em 47%. A vantagem de Obama em Ohio é de 49% a 47%, seis pontos a menos do que tinha na segunda-feira.

Obama ampliou sua vantagem em Nevada de oito para 11 pontos, e a agora lidera com 53% contra 42% para McCain.

O democrata também estendeu sua liderança na Virgínia, onde concluiu sua campanha na segunda-feira, de seis para nove pontos, e agora encabeça a disputa com 52% a 43%.

Na pesquisa nacional, Obama registrou na terça-feira fortes vantagens em alguns dos grupos cruciais de eleitores. Obama leva uma vantagem de 24 pontos entre os independentes e de 19 pontos entre as mulheres.

A vantagem de McCain entre os brancos caiu de 13 para sete pontos, e só está atraindo 29% dos hispânicos. Em 2004, Bush conseguiu mais de 40% do apoio hispânico.

Obama supera McCain em cinco dos oito estados decisivos

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Protestante e descendente de mulçumano, Barack Obama, de 47 anos, é o primeiro negro a concorrer à Casa Branca por um grande partido. Seu nome significa “abençoado” em suaíli, uma das línguas do Quênia, onde estão suas raízes familiares. A carreira parlamentar começou em 1996, em Illinois. Ele é casado há 16 anos e tem duas filhas.
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* 11h51m
Comparecimento nas urnas é chave para resultado nos EUA
* 11h40m
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Obama supera McCain em cinco dos oito estados decisivos

Publicada em 04/11/2008 às 06h40m
Reuters

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WASHINGTON - O candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Barack Obama , supera o republicano John McCain em cinco de oito estados considerados decisivos para a eleição, de acordo com uma série de pesquisas realizadas por Reuters/C-SPAN/Zogby divulgada nesta terça-feira.

Obama ampliou sua vantagem nacional para 11 pontos percentuais sobre McCain entre os possíveis eleitores americanos, em uma pesquisa diária feita também pelo pool Reuters/C-SPAN/Zogby, em relação aos sete pontos de vantagem que tinha no domingo. A pesquisa telefônica tem uma margem de erro de 2,9 pontos percentuais.

As novas pesquisas estaduais mostraram Obama com uma leve vantagem de um ponto na Flórida e de dois pontos em Ohio, dentro de uma margem de erro de 4,1 pontos percentuais. O democrata tem vantagens maiores em Virginia e Nevada.

Esses quatro estados, todos conquistados por Bush na última eleição, soma um total de 65 delegados eleitorais. Junto com os estados em que o democrata venceu em 2004, dariam ao senador por Illinois 317 votos no colégio eleitoral, muito acima dos 270 necessários para garantir a vitória.

Obama também está à frente por dez pontos percentuais na Pensilvânia, um estado em que McCain apostava como sua melhor possibilidade de ficar com um território conquistado por Kerry em 2004.

" Os indecisos decidiram que o democrata define o papel de mudança "

No estado de Missouri, onde Obama tinha 1% de vantagem na segunda-feira, agora está empatado com 49% para cada candidato.

McCain se impõe a Obama por cinco pontos, 50% contra 45% para o democrata, em Indiana, um estado que não dá apoio a um democrata para presidente desde 1964. Obama planeja uma visita nesta terça a este estado para impulsionar o voto da população.

O republicano tem vantagem de um ponto sobre o democrata na Carolina do Norte, que não se alinha com os democratas desde 1976.

- A liderança de Obama cresceu de um dia para outro quando os indecisos decidiram que o democrata definia o papel de mudança. Parece que pode haver uma grande vitória para Obama, e McCain deve conquistar essencialmente todos os estados que ainda estão em jogo - afirmou o pesquisador John Zogby.

A corrida pela Casa Branca está acirrada em dois estados que oferecem os dois maiores prêmios: a Flórida, com 27 delegados eleitorais, e Ohio com 20. Uma vitória de Obama em qualquer dos dois poderia pôr fim às esperanças de McCain de uma vitória.

Na Flórida, Obama supera McCain com 49% a 48%. Há uma semana, a pesquisa mostrava um empate em 47%. A vantagem de Obama em Ohio é de 49% a 47%, seis pontos a menos do que tinha na segunda-feira.

Obama ampliou sua vantagem em Nevada de oito para 11 pontos, e a agora lidera com 53% contra 42% para McCain.

O democrata também estendeu sua liderança na Virgínia, onde concluiu sua campanha na segunda-feira, de seis para nove pontos, e agora encabeça a disputa com 52% a 43%.

Na pesquisa nacional, Obama registrou na terça-feira fortes vantagens em alguns dos grupos cruciais de eleitores. Obama leva uma vantagem de 24 pontos entre os independentes e de 19 pontos entre as mulheres.

A vantagem de McCain entre os brancos caiu de 13 para sete pontos, e só está atraindo 29% dos hispânicos. Em 2004, Bush conseguiu mais de 40% do apoio hispânico.