quinta-feira, 30 de junho de 2011

FHC diz que assinou sigilo eterno 'sem tomar conhecimento' (Postado por Erick Oliveira)

Em Brasília para participar de uma homenagem do PSDB aos seus 80 anos, o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso defendeu nesta quinta (30) o fim do sigilo eterno para documentos oficiais do governo. Ele argumentou que assinou a manutenção do sigilo no “último dia de mandato”, sem ter o conhecimento da questão.
“Não precisa ter sigilo eterno. Mas podem perguntar: ‘por que você fez?’. Fiz sem tomar conhecimento, no último dia de mandato, uma pilha de documentos e só vi dois anos depois. O que é isso? Mandei reconstituir para saber o que era. Agora, o presidente da República pode alterar o sigilo. Então, não vejo mais razão para sigilo”, afirmou Fernando Henrique.
O ex-presidente da República fez uma visita ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), nesta manhã, antes de participar de homenagem do PSDB, e disse que irá conversar com Sarney, defensor do sigilo eterno, para convencer o colega sobre a abertura dos documentos.
“Vou falar com o presidente Sarney porque parece que ele tem posição discordante. Além do mais, vamos ser claros, com WikiLeaks e internet, o sigilo desaparece”, argumentou o ex-presidente.
‘Feridas’
Em 13 de junho, Sarney defendeu a manutenção do sigilo eterno sobre documentos oficiais históricos como forma de evitar que “feridas” fossem abertas nas relações diplomáticas do Brasil com países vizinhos.
“Defendo a abertura recente de documentos, agora, os documentos históricos que fazem parte da nossa história diplomática, da nossa história do Brasil, que tenham articulações como Rio Branco teve que fazer muitas vezes, não podemos revelar esses documentos se não vamos abrir feridas”, afirmou Sarney.
Já em 21 de junho, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse que solicitou ao Planalto o prazo de dois meses para debater a questão. “O governo está avaliando. Ainda não há uma posição. A posição do governo vai depender do debate no Senado. Pedi dois meses para discutir a questão, o governo está avaliando [a concessão do prazo], mas o pedido de urgência ainda está mantido”, disse Jucá.
Sigilo de documentos
A discussão sobre documentos sigilosos tem como base um projeto enviado ao Congresso em 2009 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No ano passado, a Câmara aprovou o texto com uma mudança substancial: limitava a uma única vez a possibilidade de renovação do prazo de 25 anos de sigilo.
Com isso, documentos classificados como ultrassecretos seriam divulgados em, no máximo, 50 anos. É essa limitação que se pretende derrubar agora, abrindo possibilidade para sucessivas renovações do sigilo.
A ministra das Relações Institucionais afirmou no dia 14 de junho que o governo pretendia eliminar no Senado as mudanças realizadas pela Câmara no projeto que trata do sigilo eterno de documentos oficiais. “O projeto que está tramitando aqui [no Senado] sofreu modificações na Câmara e toda a nossa vontade é de que possamos restabelecer o projeto original, aquele que foi encaminhado ao Congresso ainda durante o governo do presidente Lula. Não gostaríamos de retirar a urgência, mas gostaríamos de poder ter o retorno da proposta original”, afirmou Ideli.
A presidente Dilma Rousseff já afirrmou que há "confusão" neste debate. Segundo ele, o objetivo é avaliar, a cada 25 anos, se documentos ultrassecretos, ligados à soberania nacional e relações internacionais, podem ser divulgados. Depois, Ideli voltou a falar sobre o tema e disse que o governo já admitia discutir o fim do sigilo mesmo para documentos ligados à soberania nacional.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Governistas fecham acordo com oposição para Mercadante ir à Câmara (Postado por Erick Oliveira)

Integrantes da base governista na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados fecharam acordo com a oposição nesta quarta-feira (29) para aprovar na próxima semana um requerimento convidando o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, para falar na Casa sobre os ataques de hackers a sites de órgãos do governo brasileiro. Mais cedo, a mesma comissão havia rejeitado uma convocação para que Mercadante prestasse depoimento.
Um novo requerimento sobre o convite ao ministro ainda será apresentado. Mercadante será chamado para falar de hackers, mas a oposição aproveitará para questioná-lo sobre o suposto envolvimento no dossiê dos "aloprados", como ficou conhecido o episódio envolvendo a prisão em flagrante, em 15 de setembro de 2006, de militantes do PT.
Firmado com o aval dos deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Jorge Boeira (PT-SC) e Anthony Garotinho (PR-RJ), o acordo com a oposição prevê ainda o convite à ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, para falar de tema ainda a ser definido. Tanto Mercadante quanto Ideli são citados em reportagem da revista “Veja” como supostos envolvidos no caso do dossiê dos “aloprados”, nome dado ao episódio da compra por petistas de um suposto dossiê com informações falsas contra o ex-governador de São Paulo José Serra.
A disposição dos parlamentares governistas contraria orientação do Planalto, que considera suficiente as explicações apresentadas por Mercadante nesta terça (28) no Senado e tem relação direta com o impasse gerado pelo Palácio do Planalto na liberação das emendas parlamentares de 2009, os chamados restos a pagar.
Questionado sobre qual o motivo para apoiar a iniciativa da oposição, o deputado petista Jorge Boeira argumentou que Mercadante não teria nenhum motivo para não comparecer na comissão. Já em relação aos restos a pagar, Boeira avaliou que a presidente Dilma “vai ter que renovar” o decreto que invalida nesta quinta (30) as emendas de 2009.
“Tenho convicção de que ele [Mercadante] vai vir sem problema. Sobre os restos a pagar, a presidente vai ter que renovar. Não tem jeito”, disse Boeira.
O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) argumentou que o acordo com a oposição não envolve o comprometimento direto de Mercadante em comparecer à Câmara. “Estou dizendo que vamos apoiar o requerimento, mas não posso garantir aqui que o ministro virá”, disse Cunha.
Perguntado se a disposição dos governistas em manter Mercadante na pauta da comissão teria relação com as emendas, Cunha negou. “Foi por causa disso que concordei em votar na semana que vem. Para não dar conotação com as emendas”, justificou.
Principal líder da oposição na Comissão de Fiscalização e Controle, o deputado Fernando Francischini (PSDB-PR) deixou a comissão surpreso com a “tabelinha” formada pela oposição com os deputados governistas.
“Isso aí é para mandar recado para o Planalto. Nunca vi. Eles até assinaram junto o nosso requerimento para chamar a Ideli. Não tem jeito, pelo visto a Ideli vai ter que ficar rebolando uma semana nessa questão das emendas”, ironizou Francischini.
O acordo entre governo e oposição ocorreu um dia após líderes da base governista ameaçarem paralisar as votações para garantir a liberação de emendas parlamentares.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Trajetória de Dilma Rousseff vai para as telas

Longa será baseado no livro ‘A Primeira Presidenta’, de Helder Caldeira, sobre a “Dilma mulher-alfa”. Papel principal foi oferecido a Marieta Severo, que estuda a proposta

Maria Carolina Maia
Dilma 2011 03 11 Dilma: a mulher-alfa da política nacional (Antonio Cruz, Agência Brasil)
 
Depois de Lula, é a vez de Dilma Rousseff entrar em cartaz. O livro A Primeira Presidenta (Faces, 160 páginas, 29 reais), do palestrante e articulista Helder Caldeira, teve os direitos cinematográficos adquiridos pelo produtor Antônio de Assis, que pretende transformá-lo em filme, com Marieta Severo à frente. A atriz vai decidir sua participação após ler o roteiro.

Ainda sem diretor definido, o longa deve ser lançado em dezembro de 2012. Caldeira, que supervisionará o roteiro, espera que o filme seja feito sem recursos públicos. “Acho que é possível.” O articulista, que escreveu o livro em apenas seis dias, em janeiro deste ano, diz que a obra é focada na trajetória política de Dilma, definida por ele como uma “mulher-alfa”.

“Ela tem perfil gerencial, foi à luta e vem assumindo cargos importantes”, diz. “Estamos em pleno processo de ascensão do poder feminino. O filme vai mostrar isso.”

Caldeira explica que escreveu o livro rapidamente porque tinha o assunto “na ponta da língua”. A obra é uma versão das palestras em que faz um paralelo entre a trajetória política de Dilma, iniciada na década de 1980, no PDT de Leonel Brizola, com o processo de redemocratização do país.

 Segundo ele, o livro tem passagens que podem desagradar à presidente, como aquela em que ele lembra que ela não era a primeira opção do PT para a sucessão de Lula. Mas o capítulo em que Dilma se consolidou como candidata ganhou um título forte: “A gênese do vulcão”.

Ali, Caldeira defende a tese de que Dilma se impôs ao dar “uma aula de política”, no Senado, quando, questionada pelo senador José Agripino Maia (DEM) se mentira quanto ao dossiê de gastos sigilosos do governo Fernando Henrique Cardoso, já que dissera em entrevista que costumava mentir,

Dilma disse ter mentido apenas para salvar companheiros de guerrilha.

“Ali, ela chancelou sua candidatura”, afirma.

Para o filme, o produtor Antônio de Assis pretende entrevistar pessoas ligadas a Dilma durante a ditadura, a infância e a adolescência, para acrescentar informações sobre esses períodos.

Caldeira também espera entrevistar a própria presidente.

Embora já esteja à venda, o livro A Primeira Presidenta terá um lançamento oficial apenas em 1º de agosto, na Casa do Saber do Rio de Janeiro.

Na ocasião, Helder Caldeira dará uma palestras sobre "mulheres-alfa".
 

Sarney defende que Ideli e Mercadante se expliquem sobre 'aloprados' (Postado por Erick Oliveira)

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), defendeu nesta segunda (27) que o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, e a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, prestem esclarecimentos ao Congresso sobre o suposto envolvimento no escândalo dos "aloprados".
Sem citar os nomes de ambos, Sarney disse que “cada um” deve se explicar “naquilo que for acusado”.
“Acho que a melhor formula é de cada um [Mercadante e Ideli] se explicar naquilo que for acusado. Não acho que deva haver restrição de nenhuma maneira para que a pessoa possa explicar. Se agiu corretamente, não há o porquê de não fornecer as explicações que o Congresso pede”, argumentou Sarney.
O G1 aguarda resposta da assessoria de Ideli Salvatti e tenta contato com a assessoria do ministro.
Escândalo dos "aloprados" foi como ficou conhecido o episódio envolvendo a compra por petistas de um suposto dossiê, em 2006, contra o ex-governador de São Paulo, José Serra. Reportagem da revista "Veja" da semana passada aponta Mercadante como um dos "mentores" do caso que resultou na prisão em flagrante, em 15 de setembro de 2006, de militantes do PT.
Nesta semana, em nova reportagem a revista afirma que, em 4 de setembro de 2006, a então senadora petista Ideli Salvatti participou das negociações para a compra do dossiê falso contra o ex-governador tucano José Serra Segundo a revista, Ideli ficou com a tarefa, após essa reunião, de divulgar o falso dossiê que mostraria ligações de Serra com empresários envolvidos em fraudes na saúde.
Audiência no Senado
O ministro da Ciência e Tecnologia concordou em participar nesta terça (28) de audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado para debater o tema "Economia e competitividade: a importância da inovação", quando será inevitavelmente questionado pela oposição sobre o episódio do dossiê.
Perguntado se as explicações de Mercadante encerrariam a polêmica, Sarney avaliou que o caso dos aloprados “sempre se renova”: “Esse caso não esgota nunca, porque sempre você renova, de maneira que não há sigilo eterno para esses casos. O senador Mercadante deve, sempre que ele achar necessário, se explicar.”
No dia 20 de junho, Mercadante negou envolvimento no episódio lembrando que uma comissão parlamentar de inquérito investigou o caso e sem que o nome dele fosse citado por nenhum dos envolvidos. "Tivemos cinco anos atrás uma CPI. Todas as pessoas envolvidas foram ouvidas. Eu nunca fui citado nesse momento. Tivemos um parecer do procurador-geral da República dizendo que eu não tinha qualquer indício de participação nesse episódio", afirmou Mercadante, em Fortaleza, onde participou da abertura de uma conferência.
Além de negar envolvimento, Mercadante ainda disse estar “totalmente de acordo” com a realização de novas investigações sobre sua suposta participação no escândalo: “Se as pessoas quiserem voltar a investigar, estou totalmente de acordo. Estou disposto a participar de qualquer forma, em qualquer lugar, qualquer tema da vida pública. Sou um homem transparente."

sábado, 25 de junho de 2011

Marina vai deixar o PV, afirma revista Época

Revista Época/cb
 
Marina Silva, a mulher de saúde frágil que aprendeu a ler aos 16 anos e quase virou freira, sonha em ser presidente do Brasil. Em nome da utopia, Marina fez uma escolha pragmática. Convidada a ser candidata à Presidência, aceitou filiar-se ao Partido Verde, o PV, uma pequena legenda identificada não apenas com a agenda ambientalista – mas também com propostas liberais, como a legalização da maconha e do aborto. Marina, que se convertera à religião evangélica em 1997, ignorou as latentes tensões entre suas convicções religiosas e as posições liberais da plataforma verde. Apesar do bom desempenho na campanha presidencial do ano passado, não deu certo. Dois anos e 19,5 milhões de votos depois, Marina decidiu: deixará o PV.
O anúncio ocorrerá nesta semana. A união entre Marina e o PV começou com promessas e terminou em desilusões. Desilusões produzidas, sobretudo, ao sabor das inevitáveis divergências de uma campanha eleitoral. Marina e o PV, especialmente por meio de seu presidente, José Luiz Penna, discordaram em quase tudo nas eleições. Aos poucos, sua campanha separou-se da estrutura do partido.
Os problemas começaram na arrecadação de dinheiro. O vice da chapa, o empresário e fundador da Natura, Guilherme Leal, centralizou os trabalhos de coleta de recursos. Os tradicionais arrecadadores do PV se incomodaram com a resistência de Leal aos métodos tradicionais – e heterodoxos – de financiamento de campanhas no Brasil, do qual o partido nunca foi exceção.
Um dos dirigentes do PV conta como anedota o dia em que Marina mandou devolver uma mala de dinheiro “não contabilizado”, em linguajar delubiano, ao empresário paulista que o havia enviado.
O segundo ponto de atrito entre Marina e o PV deu-se em razão da entrada de líderes evangélicos na organização política da campanha. Pastores da Assembleia de Deus, igreja de Marina, influenciavam decisivamente na elaboração da agenda da candidata. A força deles no comando da campanha não casava com o perfil histórico do PV.
Se em sua plataforma e em seu discurso o PV era favorável à legalização da maconha, do aborto e do casamento gay, era uma clara incoerência que sua candidata à Presidência se colocasse contra essas posições. O PV temia perder o eleitorado urbano, moderno, descolado. As lideranças evangélicas argumentavam que isso não seria um problema e prometiam trazer 40 milhões de votos para a candidata, caso a campanha se voltasse aos eleitores evangélicos. O terceiro motivo para o desgaste entre Marina e o PV foi político.
Apesar de ter rompido com o PT, Marina mantém uma relação ambígua com o ex-presidente Lula. Suas recusas em criticar Lula publicamente durante a campanha provocaram estremecimentos entre a candidata e Guilherme Leal. Leal é simpático ao PSDB e doou dinheiro para a campanha do tucano Geraldo Alckmin à Presidência, em 2006.
Por outro lado, Marina contrariou aliados ex-petistas quando decidiu não usar uma campanha em vídeo preparado por seu marqueteiro cujo slogan era “Marina, a verdadeira sucessora de Lula”. “A campanha era maravilhosa, impactante, contava a trajetória de vida dos dois, a proximidade deles”, diz um aliado.
Marina mantém sua decisão: “Acho pretensioso, poderia parecer pretensioso (o vídeo). Eu tenho muita consciência do meu tamanho”.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Missa no Rio de Janeiro lembra 7° ano sem Leonel Brizola

O 7° aniversário da morte de Leonel Brizola será lembrado nesta terça-feira, 21 de junho, às 11 horas da manhã, com missa no Rio de Janeiro na Igreja de São Benedito dos Homens Pretos, na rua Uruguaiana – esquina com rua do Rosário – no Centro da cidade - mandada celebrar pela direção estadual do PDT-RJ e o Ministro Carlos Lupi.

sábado, 18 de junho de 2011

Vereador foge de cativeiro e é localizado na Grande SP, diz polícia (Postado por Erick Oliveira)

O vereador da cidade de Francisco Morato Ordário de Souza (PPS), o Darinho, que estava desaparecido desde quinta-feira (16), conseguiu fugir do cativeiro e foi encontrado na manhã deste sábado (18) no Bairro da Represa, na cidade da Grande São Paulo, segundo a Polícia Civil. Segundo o delegado Aloysio Coimbra Salotti, na fuga, o vereador machucou a perna, mas passa bem. Darinho foi levado para atendimento médico no Hospital Estadual Professor Carlos da Silva Lacaz.
O vereador contou à polícia que se machucou ao pular de um barranco durante a fuga. A distância entre o cativeiro e o local em que ele foi localizado é de 4 km. A polícia realiza buscas neste sábado para localizar os sequestradores.
Nesta sexta (17), a Polícia Militar havia localizado o carro do vereador. O veículo estava abandonado em uma rua no bairro Vila Espanhola, em Francisco Morato.
O sumiço do político foi notado após ele faltar a um evento marcado para as 9h30 de quinta. “A gente ia junto e ele não apareceu. Liguei várias vezes para seu celular, mas não atendeu”, disse o presidente da Câmara Municipal de Francisco Morato, vereador Hélio Gomes (PSB).

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Deputado federal Luciano Moreira morre aos 58 anos (Posta por Erick Oliveira)

O deputado federal Luciano Fernandes Moreira (PMDB), de 58 anos, morreu na noite de quinta-feira (16), em um acidente de carro na BR-402, na cidade de Morros, no Maranhão. A governadora do estado Roseana Sarney decretou luto oficial no estado de três dias.
Em nota no site do governo do Maranhão, Roseane “lamenta a morte do amigo, deputado federal e correligionário”.

Segundo o governo, Luciano Moreira foi secretário de Administração nas suas duas primeiras gestões de Roseana, retornando ao cargo em 2009, quando ela reassumiu o governo.
Moreira é natural do Ceará e também foi titular, no Maranhão, pelas secretarias de Estado do Planejamento, Ciência e Tecnologia; Recursos Humanos e Previdência, e Assuntos Estratégicos, além de ter ocupado outros cargos no governo estadual.
Ele deixou o governo do Maranhão em março de 2010 para se candidatar a deputado federal.
Acidente
O deputado estava em uma caminhonete com o motorista, a esposa do motorista, uma secretária e um assessor quando o acidente ocorreu. Eles voltavam de um evento de procuradores do estado na cidade de Barreirinhas.
Segundo informações preliminares, o veículo capotou após o motorista desviar de um animal que atravessava a pista. O parlamentar chegou a ser socorrido, mas morreu. Os demais ocupantes estão fora de perigo.

terça-feira, 14 de junho de 2011

'Não podemos fazer o WikiLeaks da história do Brasil', diz Sarney (Postado por Erick Oliveira)

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), voltou a defender nesta terça (14) a manutenção do sigilo eterno de documentos oficiais históricos do Brasil como forma de evitar que “feridas” sejam abertas nas relações diplomáticas do Brasil com países vizinhos.
Fazendo referência ao site sueco responsável pelo vazamento de documentos secretos da diplomacia dos Estados Unidos, Sarney disser ser contra fazer “o WikiLeaks da história do Brasil, da construção das nossas fronteiras”.
“Se pegarmos o acervo histórico do Itamaraty, da construção das fronteiras do Brasil, e formos divulgar nesse momento, nós vamos abrir feridas com nossos vizinhos. Acho nós não podemos fazer o WikiLeaks da história do Brasil, da construção das nossas fronteiras. Esse é o meu ponto. Quanto aos documentos atuais, não tenho restrição, acho que tem que ser aberto”, disse Sarney.

O debate sobre o sigilo eterno de documentos começou após a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, ter dito ao "Estado de S.Paulo" que a presidente Dilma Rousseff iria patrocinar no Senado uma mudança no projeto que trata do acesso a informações públicas para manter a possibilidade de sigilo eterno para documentos oficiais.
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), também disse que o governo iria retirar a urgência da matéria nas comissões, para que ela seja mais debatida no Senado.

A discussão sobre documentos sigilosos tem como base um projeto enviado ao Congresso pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2009. No ano passado, a Câmara aprovou o texto com uma mudança substancial: limitava a uma única vez a possibilidade de renovação do prazo de sigilo. Com isso, documentos classificados como ultrassecretos seriam divulgados em no máximo 50 anos. É essa limitação que se pretende derrubar agora.

A exemplo do que fez nesta segunda (13), Sarney voltou a dizer que é favorável à abertura de documentos recentes, incluindo os relacionados ao período de Ditadura Militar no país. Sarney também afirmou que defende o projeto, mas quer realizar mudanças: “Eu quero é melhorar o projeto, não quero que o projeto não exista. Falei de abertura de feridas em documentos históricos. Não falei em documentos atuais, falei em documentos históricos.”

Nesta segunda, Sarney afirmou que a manutenção do sigilo eterno sobre documentos oficiais históricos evitaria que “feridas” fossem abertas nas relações diplomáticas do Brasil com países vizinhos: “Defendo a abertura recente de documentos, agora, os documentos históricos que fazem parte da nossa história diplomática, da nossa história do Brasil, que tenham articulações como Rio Branco teve que fazer muitas vezes, não podemos revelar esses documentos se não vamos abrir feridas”, afirmou Sarney.

Já sobre o que classificou de “passado recente”, Sarney disse ser um defensor da abertura dos sigilos: “Quanto ao passado recente, acho que deve ser liberado mesmo, não tenho nenhuma dúvida. Quanto a mim, meus documentos são públicos, estão na Fundação José Sarney mais de 400 mil documentos para todas as consultas públicas, poderia dizer que o presidente José Sarney nada tem a esconder.”

‘Vamos amar um pouco o país’
Para Sarney, “questões históricas devem ser encerradas”. “Acho que os nossos antepassados nos deixaram um país com fronteiras tranquilas, sem nenhum atrito com países que tenham fronteira com o Brasil. A nossa história foi construída não com batalhas, foi construída com a capacidade de os nossos antepassados de negociarem a formação do país, de maneira que tenho muita preocupação de que hoje tenhamos oportunidade de abrir questões históricas, que devem ser encerradas para frente em um interesse nacional.”

O presidente do Senado ainda disse que “ultimamente” as pessoas se acostumaram a “bater” no Brasil e pregou o amor ao país: “Devemos olhar o Brasil. Ultimamente, todos nós nos acostumamos a bater um pouco no nosso país. Vamos amar um pouco o país e preservar o que ele tem. Não vamos abrir essas feridas do passado, da história.”

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Dilma estava de olho em Gleisi desde dezembro, diz Paulo Bernardo (Postado por Erick Oliveira)

A nova ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, concedeu entrevista exclusiva à RPC TV ao lado do marido, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Eles falaram sobre a nomeação de Gleisi e sobre como a família lida com a novidade.
Já no começo da conversa, Paulo Bernardo revelou que Dilma já pretendia ter Gleisi no ministério desde o ano passado. "Eu até lembrei para a Gleisi quando ela foi chamada que, em dezembro, ela (Dilma) já tinha falado que queria que Gleisi fosse ministra. Não necessariamente na Casa Civil, mas já queria. Então, até falou em uma conversa: ‘Eu já estava de olho em você desde dezembro'”, contou Bernardo.
A íntegra da entrevista foi ao ar na noite deste domingo (12) na "Revista RPC". Confira abaixo outros trechos da entrevista.
RPC TV – A moça que quase foi freira imaginava que um dia estaria à frente da Casa Civil?
Gleisi Hoffmann - Não, não imaginava. Para mim foi uma surpresa muito grande. Quando a presidenta pediu para que conversassem comigo, em um primeiro momento, e no dia em que ela fez o pedido, foi uma grande surpresa.
RPC TV – Como será que deve ser, ser a Dilma da Dilma? Que é a expressão que está sendo usada agora.
Gleisi Hoffmann
– Não tenho essa pretensão. A presidenta Dilma teve um papel importantíssimo em um outro momento. Não tenho nenhuma pretensão, quero ajudar.
RPC TV – Não gerou nenhum ciúme, nenhuma desavença doméstica?
Paulo Bernando
– Não, não.
Gleisi Hoffmann
– Até porque o Paulo vai ter que me ajudar muito, porque conhece muito do governo. Foi ministro do Planejamento por seis anos, é ministro das Comunicações. Tem uma proximidade, um relacionamento com a presidenta Dilma, conhece a equipe. E ela mesma me disse: "O Paulinho vai te ajudar muito nessa tarefa".
RPC TV – Alguns críticos também afirmam que tem muito poder concentrado em uma família só. O que vocês acham dessa crítica?
Paulo Bernardo
– Lá em casa é muito concentrado mesmo. Eu tento sempre exercer um pouco de poder, mas não consigo. Brincadeiras à parte.
Gleisi Hoffmann
– (risos) Ele reclama, não é assim não.
Paulo Bernardo
– Agora quem tem poder no governo é a presidenta, os projetos todos discutidos nos ministérios, passam pela mesa da presidenta.
RPC TV – Por exemplo, se um projeto do Ministério das Comunicações, do senhor, não passar, se ela não aprovar o projeto, o que o senhor fará?
Paulo Bernardo –
Me perguntaram essa semana ‘E se a ministra da Casa Civil dificultar um projeto seu?’ Olha eu vou entrar em greve e não faço mais macarronada.
RPC TV – Vai ser difícil não levar trabalho para casa né?
Gleisi Hoffmann
– Bom, nós sempre levamos trabalho para casa. Se eu dissesse para você que não, estaria mentindo. Nós dois trabalhamos muito e gostamos de trabalhar. Então quando a gente chega em casa a gente discute um pouco as coisas. É óbvio que, às vezes, a gente resguarda um pouco o tempo para falar de outras coisas, para ficar com as crianças, assistir filmes. A gente dá essa atenção, principalmente nos finais de semana.
RPC TV – A senhora falava em uma entrevista para a gente que gosta de levá-los à escola. Vai ser possível?
Gleisi Hoffmann
– Não, não vai ser possível, vai ser muito difícil. Até por conta dos horários, né. Para compatibilizar os despachos com a presidenta, infelizmente eu vou perder essa oportunidade. Pode ser que tenha um dia ou outro que eu consiga fazê-lo. Já conversei com eles, mas já falei que domingo é sagrado.
RPC TV – A ministra manda na Casa Civil. E em casa, quem manda?
Paulo Bernardo
– É, eu estou, inclusive, querendo negociar isso, porque agora acho que seria justo eu passar a mandar, o que não é o que está acontecendo. (risos)
Gleisi Hoffmann – (risos) Ai que danado, não é verdade, não. Eu sou muito democrática, nós partilhamos”.
RPC TV – Vai sobrar tempo para namorar?
Paulo Bernardo
– Tem que sobrar, né. (risos)
Gleisi Hoffmann – Isso é essencial, claro. (risos)
RPC TV – O ministro é ciumento, ministra?
Gleisi Hoffmann
– Não, mas cuida. (risos)
Paulo Bernardo
– Fico de olho, né, Sandro (repórter)? (risos)

terça-feira, 7 de junho de 2011

Marco Maia decide nesta terça se permite convocação de Palocci (Postado por Erick Oliveira)

O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), deve decidir nesta terça-feira (7) se anula ou não a decisão da Comissão de Agricultura da Casa, que na última quarta (1) aprovou requerimento de convocação do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci. A oposição quer que Palocci explique por quais razões teve o patrimônio multiplicado por 20 entre 2006 e 2010, segundo reportagem do jornal "Folha de S.Paulo".
Os deputados da base aliada do governo na Câmara, maioria na Comissão de Agricultura, alegaram que a votação do requerimento foi irregular e pediram a anulação da decisão. O  deputado Paulo Piau (PMDB-MG) apresentou questão de ordem no plenário da Câmara pedindo a anulação da convocação do ministro pela comissão. Diante da questão de ordem, Maia suspendeu a decisão até esta terça-feira.
Durante a votação do requerimento, o presidente da comissão, Lira Maia (DEM-PA), consultou os integrantes do colegiado: “Os deputados que aprovam permaneçam como estão.” Os integrantes da base governista, em maioria na comissão, ficaram confusos e nem todos levantaram os braços para rejeitar a matéria. Entre a abertura e o encerramento da votação, passaram-se cerca de sete segundos.
O presidente da comissão, que é da oposição, declarou então a votação encerrada e aprovou o requerimento convocando Palocci. O requerimento solicita a convocação de Palocci para “explicar os termos da consultoria prestada pela Projeto a empresas do ramo agroindustrial objeto de denúncia vinculadas na internet”.
Novos requerimentos
Mais duas comissões votam nesta semana requerimentos de convocação do ministro Antonio Palocci. Na pauta desta terça-feira da Comissão Mista de Orçamento há um requerimento apresentado pelo deputado Efraim Filho (DEM-PB) solicitando  a convocação do ministro.
Nesta quarta-feira (8), a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado deve votar dois requerimentos de convocação do ministro. Os requerimentos foram apresentados pelos senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Alvaro Dias (PSDB-PR).
Investigação
Nesta segunda (6), o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, determinou o arquivamento das representações, protocoladas pela oposição, pedindo a abertura de inquérito para investigar a evolução patrimonial do ministro Antonio Palocci.
Os pedidos de investigação do ministro foram formulados por parlamentares de PSDB, DEM e PPS. Depois de recebidas as representações, Gurgel pediu e Palocci enviou explicações sobre a evolução patrimonial. A decisão do procurador foi tomada após analisar os documentos apresentados pelo ministro.
Na decisão, Gurgel afirmou que não é atribuição da PGR analisar representações que se refiram a atos de improbidade administrativa, que pertecem à esfera cível. Ele disse ainda que não é crime possuir patrimônio incompatível com a renda. Segundo ele, isso só pode ser considerado ilegal se a origem dos bens for ilícita.
Segundo Gurgel, no caso de Palocci, não há indícios de que a renda tenha sido resultado de “delitos” ou do uso do cargo de deputado federal para supostamente beneficiar clientes.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

'Nunca escondi minhas atividades', diz Palocci a jornal

Em entrevista à Folha de S.Paulo, ministro diz que consultoria sempre esteve registrada e que 'pagou todos os impostos'

iG São Paulo | 03/06/2011 20:25

Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, afirmou que nunca escondeu suas atividades como consultor à frente da empresa Projeto.

Esta foi a primeira vez que Palocci prestou esclarecimentos sobre a multiplicação por 20 de seu patrimônio nos últimos anos.

De acordo com a Folha de S.Paulo, a empresa de consultoria do ministro faturou R$ 20 milhões em 2010, quando ele chefiou a campanha de Dilma Rousseff à presidência, enquanto exercia o mandato de deputado federal.

"Quero lembrar que eu nunca escondi minhas atividades de consultoria. A empresa sempre esteve registrada em meu nome e de meu sócio na Junta Comercial, com seu objeto social, sede e demais dados disponíveis para consulta de qualquer pessoa.

Lembro-me, inclusive, que jornais e revistas chegaram a noticiar algumas das atividades que realizei como consultor. A Projeto sempre entregou aos órgãos públicos todas as informações exigidas legalmente e pagou todos os impostos", afirmou.

Ainda segundo o jornal, Palocci afirmou não ter informado a presidenta os nomes dos clientes de sua empresa de consultoria, a Projeto, nem a natureza dos serviços que ela prestou.

"Não entrei em detalhes sobre os nomes dos clientes ou sobre os serviços prestados para cada um deles", disse.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Oposição aprova convocação de Palocci na Câmara (Postado por Erick Oliveira)

A oposição conseguiu aprovar na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados na manhã desta quarta (1º) requerimento convocando o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, para que vá ao Congresso explicar sua evolução patrimonial.
Durante a votação do requerimento apresentado pelo deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), o presidente da comissão, Lira Maia (DEM-PA), consultou os integrantes do colegiado: “Os deputados que aprovam permaneçam como estão.” Nesse momento, os integrantes da base governista, em maioria na comissão, ficaram confusos e não levantaram os braços para rejeitar a matéria.
Diante da indecisão dos deputados, o presidente da comissão, que é da oposição, declarou a votação encerrada e aprovou o requerimento convocando Palocci. Diante da falha, líderes governistas foram para a sala do presidente da comissão e ainda tentam reverter a votação.
O requerimento do deputado do DEM solicita a convocação de Palocci para “explicar os termos da consultoria prestada pela projeto a empresas do ramo agroindustrial objeto de denúncia vinculadas na internet”. Ainda não há data para a convocação de Palocci e também não se sabe se os deputados governistas irão conseguir reverter a votação.