Sarney defende que Ideli e Mercadante se expliquem sobre 'aloprados' (Postado por Erick Oliveira)
Sem citar os nomes de ambos, Sarney disse que “cada um” deve se explicar “naquilo que for acusado”.
“Acho que a melhor formula é de cada um [Mercadante e Ideli] se explicar naquilo que for acusado. Não acho que deva haver restrição de nenhuma maneira para que a pessoa possa explicar. Se agiu corretamente, não há o porquê de não fornecer as explicações que o Congresso pede”, argumentou Sarney.
O G1 aguarda resposta da assessoria de Ideli Salvatti e tenta contato com a assessoria do ministro.
Escândalo dos "aloprados" foi como ficou conhecido o episódio envolvendo a compra por petistas de um suposto dossiê, em 2006, contra o ex-governador de São Paulo, José Serra. Reportagem da revista "Veja" da semana passada aponta Mercadante como um dos "mentores" do caso que resultou na prisão em flagrante, em 15 de setembro de 2006, de militantes do PT.
Nesta semana, em nova reportagem a revista afirma que, em 4 de setembro de 2006, a então senadora petista Ideli Salvatti participou das negociações para a compra do dossiê falso contra o ex-governador tucano José Serra Segundo a revista, Ideli ficou com a tarefa, após essa reunião, de divulgar o falso dossiê que mostraria ligações de Serra com empresários envolvidos em fraudes na saúde.
Audiência no Senado
O ministro da Ciência e Tecnologia concordou em participar nesta terça (28) de audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado para debater o tema "Economia e competitividade: a importância da inovação", quando será inevitavelmente questionado pela oposição sobre o episódio do dossiê.
Perguntado se as explicações de Mercadante encerrariam a polêmica, Sarney avaliou que o caso dos aloprados “sempre se renova”: “Esse caso não esgota nunca, porque sempre você renova, de maneira que não há sigilo eterno para esses casos. O senador Mercadante deve, sempre que ele achar necessário, se explicar.”
No dia 20 de junho, Mercadante negou envolvimento no episódio lembrando que uma comissão parlamentar de inquérito investigou o caso e sem que o nome dele fosse citado por nenhum dos envolvidos. "Tivemos cinco anos atrás uma CPI. Todas as pessoas envolvidas foram ouvidas. Eu nunca fui citado nesse momento. Tivemos um parecer do procurador-geral da República dizendo que eu não tinha qualquer indício de participação nesse episódio", afirmou Mercadante, em Fortaleza, onde participou da abertura de uma conferência.
Além de negar envolvimento, Mercadante ainda disse estar “totalmente de acordo” com a realização de novas investigações sobre sua suposta participação no escândalo: “Se as pessoas quiserem voltar a investigar, estou totalmente de acordo. Estou disposto a participar de qualquer forma, em qualquer lugar, qualquer tema da vida pública. Sou um homem transparente."
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