domingo, 30 de setembro de 2007

Valerioduto de MG pagou juiz eleitoral, diz PF

30/09/2007 - 08h19

da Folha Online

Hoje na Folha Rogério Lanza Tolentino, advogado do publicitário Marcos Valério, foi juiz do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais e recebeu dinheiro do valerioduto durante a campanha de 1998, quando o então governador Eduardo Azeredo (PSDB) tentou, sem êxito, a reeleição. A informação está publicada em reportagem deste domingo da Folha, assinada por Frederico Vasconcelos (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL).

Segundo relatório da Polícia Federal, no inquérito do valerioduto mineiro, entre agosto e outubro de 1998, foram feitos cinco pagamentos no total de R$ 302.350 ao juiz e a sua mulher, Vera Maria Soares Tolentino. Para a PF, seriam "recursos de estatais desviados para o caixa de coordenação financeira da campanha".

Réu do mensalão do PT pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, Tolentino foi juiz eleitoral no biênio 1998/2000, indicado para vaga de advogado em lista tríplice e nomeado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso em 20 de julho de 1998.

Outro lado

O advogado Rogério Lanza Tolentino diz que todos os pagamentos da SMPB Publicidade no período em que foi juiz eleitoral "foram por prestação de serviços" e nega ter favorecido.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u332560.shtml

PF diz que valerioduto pagava juiz que favoreceu PSDB-MG

Rogério Tolentino, advogado de Valério, recebeu R$ 302 mil quando atuou no TRE

Nomeado por Fernando Henrique Cardoso em 20 de julho de 1998, Tolentino decidia sistematicamente a favor da coligação do PSDB

FREDERICO VASCONCELOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Rogério Lanza Tolentino, advogado do publicitário Marcos Valério, foi juiz do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais e recebeu dinheiro do valerioduto durante a campanha de 1998, quando o então governador Eduardo Azeredo (PSDB) tentou, sem êxito, a reeleição. Atuando como juiz eleitoral, Tolentino votou favoravelmente ao candidato tucano em decisões próximas a depósitos em sua conta e na de sua mulher.
Relatório da Polícia Federal no inquérito do valerioduto mineiro registra que, entre agosto e outubro de 1998, foram feitos cinco pagamentos no total de R$ 302.350 ao juiz e a sua mulher, Vera Maria Soares Tolentino. Para a PF, seriam "recursos de estatais desviados para o caixa de coordenação financeira da campanha".
Tolentino alega que "foi advogado da agência SMPB, de Marcos Valério, entre 1988 e 2005", e que "os pagamentos se referem a acerto de honorários que ficaram atrasados". Os depósitos na conta da mulher foram feitos "por mera comodidade ou para evitar a cobrança de CPMF". A SMPB participou da campanha de Azeredo.
Réu do mensalão do PT pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, Tolentino foi juiz eleitoral no biênio 1998/2000, indicado para vaga de advogado em lista tríplice e nomeado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso em 20 de julho de 1998. Advogados, juízes e promotores (ouvidos com a condição de terem os nomes preservados) dizem que Tolentino sistematicamente decidia a favor da coligação do governador tucano -o que ele nega.
Procurado pela Folha, Tolentino inicialmente informou que "não participou de qualquer julgamento referente à campanha do então candidato Eduardo Azeredo". Confrontado com registro de acórdão de julgamento em que atuou como relator, com voto a favor do tucano, modificou sua versão.
Dois episódios esvaziam as alegações do advogado. Em sessão realizada em 10 de setembro de 1998, o TRE-MG cassou liminar concedida pelo juiz relator Tolentino, que permitira a Azeredo usar o tempo de propaganda destinado a candidatos a deputado, contrariando a legislação eleitoral.
Em 28 de setembro de 1998, a coligação que apoiava Itamar Franco (PMDB-PST) manifestou ao TRE-MG "a notável evolução do entendimento" de Tolentino, que deferiu liminar favorável a tucanos quando, cinco dias antes, negara pedido semelhante a peemedebistas.
Nas sessões de 16 de setembro de 1998 e 1º de outubro de 1998, quando o TRE-MG julgou recursos sobre direito de resposta, Tolentino novamente não votou contra Azeredo.
No relatório da PF, o delegado Luís Flávio Zampronha diz que "o advogado e consultor jurídico" Tolentino foi "sistematicamente beneficiado com os recursos públicos desviados".
O delegado cita que "Marcos Valério fez, no dia 8 de setembro de 1998, a retirada da quantia de R$ 139.350 do fundo formado por recursos oriundos da Cemig e dos empréstimos concedidos pelo Banco Cidade (...), valor idêntico ao recebido no dia 18 de setembro de 1998 por Vera Maria Tolentino". E acrescenta: "Possivelmente Rogério Tolentino tentará justificar tal pagamento através de supostos serviços de consultoria jurídica, mas não terá como explicar a coincidência dos valores recebidos por sua esposa e por Marcos Valério".
O relatório cita o desvio de recursos da Comig e da Copasa, a título de apoio, sem licitação, ao "Enduro da Independência", em 1998. Foram transferidos R$ 3 milhões das duas estatais à SMPB. Essa articulação foi desmontada a partir da Representação nº 662/98, oferecida ao TRE pela coligação de Itamar, propondo ação de investigação judicial por abuso de poder econômico contra a coligação que apoiava Azeredo.
Nessa representação, Tolentino nega, mas participou de julgamento de recurso contra decisão determinando que o depoimento de Azeredo fosse tomado no Palácio da Liberdade. A representação gerou a ação civil pública por improbidade, em tramitação na Justiça Federal de MG. Na ação, Valério é defendido por Tolentino.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc3009200702.htm




quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Mensalão na campanha de FHC abre crise no PSDB

* Acusado de ter inventado o esquema do mensalão em Minas Gerais e irritado com a "falta de apoio" dos companheiros para evitar que seja denunciado ao STF, o senador Eduardo Azeredo deflagrou uma crise no PSDB.

Declarou que o valerioduto também irrigou outras campanhas tucanas, incluindo a da reeleição de Fernando Henrique Cardoso.

Cardeais tucanos, indignados, chamaram-no ontem de "mau-caráter".

No plenário do Congresso, o presidente do PSDB, Tasso Jereissati, exigiu que Azeredo se retratasse, mas o ex-governador não o fez.

(Jornal do Brasil - Sinopse Radiobrás)

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Parlamentares intensificam troca-troca partidário para disputar eleições de 2008

24/09/2007

GABRIELA GUERREIRO
RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília

Sem alarde, deputados e senadores deram início ao tradicional troca-troca partidário no Congresso. Com a proximidade do fim do prazo para os candidatos às eleições municipais de 2008 mudarem de legenda, os parlamentares vão usar as próximas semanas para negociações pré-eleitorais. As alterações atingem partidos da base aliada da oposição --pelo menos 21 parlamentares devem trocar de partido.

26.abr.2007/Folha Imagem
Patrícia Saboya deve deixar o PSB, partido do ex-marido, Ciro Gomes, e se filiar ao PDT
Patrícia Saboya deve deixar o PSB, partido do ex-marido, Ciro Gomes, e se filiar ao PDT

O PT e o DEM devem ter as bancadas reduzidas na Câmara e no Senado em conseqüência das mudanças, enquanto o PR caminha para receber novos filiados. Os candidatos às eleições municipais de 2008 têm até o dia 5 de outubro para trocarem de partido.

No dia 3 de outubro, o STF (Supremo Tribunal Federal) vai decidir se os parlamentares que mudaram de partido após as eleições de 2006 perderão os mandatos para as legendas pelas quais foram eleitos.

Entre os senadores, três mudanças são consideradas certas. O senador César Borges (BA) que deve deixar o DEM e migar ao PR. Já a senadora Patrícia Saboya (CE) --ex-mulher do deputado Ciro Gomes (PSB-CE)-- decide até quarta-feira se vai para o PDT. O senador Flavio Arns (PT-PR) cogita se filiar ao PSC.

Alan Marques/Folha Imagem
Clodovil vai mudar para o PR, que também ganhará adesão de Rodovalho (ex-DEM)
Clodovil vai mudar para o PR, que também ganhará adesão de Rodovalho (ex-DEM)

Na Câmara, os deputados Clodovil Hernandes (PTC-SP) e Bispo Rodovalho (DEM-DF) vão formalizar nesta semana o ingresso no PR. Com as novas filiações, o partido reunirá 43 deputados --a quarta maior bancada da Casa. Em fevereiro, quando os parlamentares foram empossados, o partido tinha apenas 34 deputados.

O líder do PR na Câmara, Luciano Castro (RR), disse que a chegada dos novos parlamentares não têm ligação com as eleições municipais de 2008. "O Clodovil estava no PTC, um partido pequeno, e precisa de uma legenda que lhe desse estrutura. Já o deputado Rodovalho não encontrava espaço no DEM aqui do Distrito Federal e por isso fez um entendimento como PR", disse Castro.

Negativas

O líder em exercício do DEM na Câmara, deputado Ronaldo Caiado (GO), negou que vários parlamentares da legenda estejam insatisfeitos --o que teria impulsionado deputados e senadores da oposição a migrarem para partidos da base aliada.

Segundo Caiado, os deputados Doutor Pinotti (SP), Mussa Demes (PI) e o senador Demóstentes Torres (GO) permanecerão no DEM.

"Não existe essa cooptação. Eu aguardo com confiança a decisão do Supremo, referendando a do TSE [Tribunal Superior Eleitoral]. É a moralização necessária, uma vez que o Congresso não legisla temas como a reforma política", afirmou.

Apesar da negativa, o líder confirmou que o senador César Borges está negociando para deixar o DEM rumo ao PR. Ao lado dos deputados Edmar Moreira (DEM-MG) e Lael Varella (DEM-MG), Rodovalho corre o risco de ser expulso do DEM por ter votado em favor da prorrogação da CPMF (contribuição provisória sobre movimentação financeira). Por esse motivo, Caiado disse que as mudanças não têm relação direta com o calendário eleitoral.

O PT também deve perder nesta semana pelo menos dois filiados: o senador Flavio Arns e o deputado Paulo Rubem Santiago (PE). Santiago escolhe até quarta-feira se vai para o PSB ou para o PDT.

Segundo o parlamentar, não é possível continuar no PT. "Muitas pessoas me procuram falando que gostariam de ter a coragem que estou tendo. Há uma degeneração dos métodos internos do partido", criticou.

Políticos pernambucanos afirmam que Santiago vai trocar de legenda porque pretende ser candidato à Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes. E o PT negou apoio à sua candidatura para lançar um outro nome na disputa. Santiago, que está há 28 anos no PT, descarta esta explicação para sua mudança de legenda. "As coisas vieram se acumulando desde 1996. Há uma série de insatisfações e de problemas", afirmou.

Fonte: Folha Online

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u330970.shtml

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Aliado de Renan recorre ao STF para manter sessões secretas


O senador Almeida Lima (PMDB-SE) entrou com recurso no STF para pedir que as votações dos processos por quebra de decoro contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) no Conselho de Ética do Senado sejam secretas.

Crise no Senado

Pesquisa CNI/Ibope aponta que entrevistados associam caso Renan ao governo federal

Apesar do esforço da base aliada, entrevistados associam o caso Renan ao noticiário relativo ao governo federal.




Fonte:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/especial/2007/casorenan/

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

AS MESMAS PRÁTICAS, A MESMA HIPOCRISIA

De: Pedro Porfírio
Para: Edson Paim
Data: 21/09/07 00:13





MINHA COLUNA NA TRIBUNA DA IMPRENSA DE 17 DE SETEMBRO DE 2007


http://www.tribuna.inf.br/porfirio.asp

"Não acredito que a rejeição [à proposta] passe. Isso porque eles [os governistas] vão comprar a alma das pessoas",

Senador Pedro Simon




Nesses dias desastrosos em que estamos literalmente dispersos, apesar da indignação que nos aproxima à distância, impõe-se a transmissão de informações com total consistência, a fim de que possamos estabelecer as condições mínimas de uma reação efetiva a tudo isso que está comprometendo o regime democrático e abalando a confiança do povo nas suas instituições.

Eu não tenho dúvida: a mescla política em torno do poder está produzindo situações desconfortáveis e contribuindo para minar todos os que se confundem com a máscara que se esparge sobre a vida pública.

Há um tal ambiente de contradições no núcleo central do poder em nosso país que torna tudo uma babel. O governo do presidente Luiz Inácio se mantém fragilizado na sua rendição incondicional a um jogo político menor, sob o império da mistificação, que não consegue encobrir suas práticas de um primarismo catastrófico.

O episódio do senador Renan Calheiros vai se tornando emblemático. Tem servido para mostrar a verdadeira face do espectro político - feia, escabrosa e indecente. Renan e seus áulicos já passaram dos limites, mas agem com tal desenvoltura que expõem as vísceras de uma classe política acovardada pela eventualidade de fazer as mesmas coisas - ou pior.

Roteiro da impunidade

Estabeleceu-se um tal roteiro nesse espetáculo que já se pode imaginar que nada de drástico acontecerá, sob hipótese alguma.

Vendeu-se ao povo a idéia de que tudo se resolve com a eventual cassação do político faltoso. A punição é quase simbólica. Com exceção das denúncias dos "mensaleiros" já aceita pelo STF, o processo punitivo não leva ao principal: mais do que perder o mandato, o homem público envolvido em falcatruas deve ser enquadrado no Código Penal e obrigado à ressarcir aos cofres públicos todos os prejuízos causados.

No entanto, nem a providência elementar tem sido adotada. Nesse mar de denúncias reconhecidamente comprovadas, poucos parlamentares perderem seus mandatos. E os que perderam estão por aí, serelepes, com os mesmos poderes de que dispunham com o mandato. Alguns até descobriram o caminho das pedras, apresentam-se como consultores dos mais variados interesses quase sempre para além do legítimo.

O Brasil de hoje não é diferente do Brasil de ontem em matéria de corrupção e favorecimentos escandalosos. Alguns personagens até aparecem nos mesmos filmes. A diferença é que os meliantes de agora não parecem tão profissionais e incorrem em descuidos elementares.

Mas nem um desses brasis é visível a olho nu. Uma mídia entre a incompetência e a ma fé nos oferece diariamente uma salada de informações superficiais, comprimindo-nos no falso debate e na reação programada, de forma que temos que nos posicionar na superfície e sobre ela desaguarmos nossa revolta.

O descaminho da CPMF

Aí está o caso da CPFM, o retrato sem retoque da cobiça descontrolada de quem está no poder. O que acontece aí é a velha dança das cadeiras: quem governava antes e fazia de tudo para obter a cumplicidade parlamentar, agora a considera uma extorsão descabida.

Quem passou todo um período vociferando contra a tal contribuição, agora a considera fundamental, pelo menos até 2011, quando esse grupo tem garantida a permanência no poder.

A CPMF, no entanto, sempre foi uma excrescência tributária, como, aliás, o é todo o sistema de arrecadação enxertado de "contribuições" de fancaria. É bom para os governos porque é o imposto mais difícil de ser burlado. A veia por onde passam todos os pagamentos e movimentações financeiras é pródiga: mexeu no dinheiro, o banco taxa e repassa. Não há quem não morra nos 0,38%.

Mas a CPMF é igualmente emblemática como contribuição para a mentira. Embora tenha sido criada "para o bem" da saúde, perde-se corriqueiramente por outros caminhos e é usada ao bel prazer dos governantes, como, aliás, acontece em tudo, seja na União, nos Estados ou nos municípios.

Poucos deram atenção a um criterioso levantamento do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais - UNAFISCO - publicado quase que com exclusividade aqui, nesta solitária TRIBUNA DA IMPRENSA.

Pessoalmente, não me recordo de radiografia mais séria e mais completa, que todo deputado e todo senador deveriam considerar, antes de usar o esdrúxulo de sua prorrogação como moeda de troca. Todo mundo sabe que os deputados ganharam muitas dádivas do poder para votar a favor dessa que seria uma contribuição provisória, mas que vem sendo esticada ao longo dos anos na cristalização da hipocrisia que rege nossa política.

Para que você saiba de toda a verdade, vou me dar ao trabalho de repetir trechos da notícia publicada há alguns dias aqui.

Levantamento realizado pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da União (Unafisco) mostra que 18% dos R$ 185,9 bilhões arrecadados com a CPMF, entre 1997 e 2006, nunca foram gastos pelo governo. Esse dinheiro - cerca de R$ 33 bilhões, em valores históricos, sem correção - foi utilizado para fazer o chamado superávit primário, uma economia de recursos que, teoricamente, serve para pagar juros da dívida pública, mas às vezes fica apenas parada no caixa do Tesouro.

Na prática, tanto a CPMF, quanto a Cide e diversas outras contribuições criadas ou majoradas na última década pelo governo federal encobrem com seu nome outras intenções, como o aumento do superávit primário. O pior, entretanto, é que grande parte desses recursos sequer estão sendo utilizados para efetivamente reduzir o tamanho absoluto da dívida pública.

Atualmente, por exemplo, o Banco Central registra um montante de R$ 240 bilhões que estão parados no caixa do Tesouro como "disponibilidade". Esse valor foi acumulado pelo governo com os superávits primários e poderia ser usado, pelo menos parcialmente, para reduzir o volume de títulos públicos em circulação no mercado, mas o Tesouro prefere mantê-los aplicados no próprio BC.

Os recursos do Fundo de Amparo do Trabalhador (FAT) que estão parados na rede bancária, por exemplo, são outro caso de créditos usados para reduzir o índice de endividamento. Oriundos da receita do PIS, o dinheiro não gasto do FAT pulou de R$ R$ 49 bilhões em 2001 para R$ 124 bilhões em julho de 2007 e ajuda o governo a apresentar uma dívida líquida menor. Sobre o FAT, aliás, cabe uma matéria específica.

coluna@pedroporfirio.com

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Comentário deste blog:

O vereador Pedro Porfírio escreveu:

"O Brasil de hoje não é diferente do Brasil de ontem em matéria de corrupção e favorecimentos escandalosos.

Alguns personagens até aparecem nos mesmos filmes.

A diferença é que os meliantes de agora não parecem tão profissionais e incorrem em descuidos elementares."


Concordamos com essas afirmações de Porfírio e acrescentamos:

Se fossem revelados os meios utilizados pelos seus progenitores para serem bem sucedidos na política, os discursos de seus rebentos que, atualmente, têm pose de "vestais", tanto na Câmara como no Senado, seriam de outro teor.

As semelhanças e diferenças, referidas pelo Verador Pedro Porfírio, principalmente, entre os "profissionais" e os "aprendizes de feiticeiros", os quais não são melhores nem piores, mas apenas diferentes, podem ser comprovadas através das publicações seguintes:


" O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) ser denunciado pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, como mentor e beneficiário do mensalão - esquema de arrecadação ilegal usado na eleição estadual de 1998.

(O Estado de São Paulo - Sinopse Radiobrás - 21-09-07)


* Na eleição de 1998, o hoje ministro Walfrido dos Mares Guia (Relações Institucionais) registrou em dois manuscritos repasses a aliados de dinheiro da campanha de Eduardo Azeredo (PSDB-MG) que não foram declarados à Justiça Eleitoral.

Ou seja, caixa dois.

Em um dos casos citados pelo ministro, o da candidata ao Senado Júnia Marise (PDT), a Polícia Federal identificou a entrada de R$ 200 mil do caixa dois de Azeredo, operado pelo empresário Marcos Valério de Souza, nas contas pessoais de dois assessores da política.

(Folha de São Paulo - Sinopse Radiobrás - 22-09-07)"


Quanto ao problema da CPMF, afirmo que pago com satisfação, uma vez que possui um atributo fiscalizador, o que a torna um "imposto" temido pelos ricos e sonegadores do imposto de renda, pelos partidos elitistas, pelo grande empresariado, pela imprensa que os representa e sobretudo, pela turma do "cansei".

Se é ruim para o "cansei", é bom para mim, para a classe média e para os pobres.

A CPMF não deve ser abolido, mas transformado em imposto, a fim de substituir outros encargos tributários e, assim, aliviar o imposto de renda que penaliza, principalmente, a classe média, enquanto é facilmente sonegado pelos mais ricos.

Quem ganha o salário mínimo, se o mesmo é depositado em Bancos, pagará apenas o valor de uma cerveja, da qual deverá se privar com satisfação, pois assim estará ajudando a Receita Federal a fiscalizar os sonegadores e exercendo, em toda a sua plenitude, o direito de cidadania..

Entretanto, este e outros segmentos da sociedade podem ser desonerados com relação a esta contribuição, como já ocorre com a isenção da transferência da conta corrente para as contas de investimento, inclusive para a Bolsa de Valores, debitando-se, apenas, por ocasião da retirada dos valores investidos.

Em nosso Blog intitulado: "CPMF: Os Ricos não Conseguem Sonegar", publicamos:

Quarta-feira, 8 de Agosto de 2007

Partidos elitistas querem livrar os ricos do CPMF, quando deveriam desonerar, apenas, os pobres


* O governo deverá enviar ao Congresso, nos próximos dias, proposta de desoneração da folha de pagamento em troca da prorrogação da CPMF, disse ontem o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

A votação da CPMF está sob a ameaça dos partidos oposicionistas.

(Gazeta Mercantil - Sinopse Radiobrás)


OPINIÃO DO BLOG:

A CPMF é combatida pelos empresariado, pelos mais ricos, pelos sonegadores e, pelos partidos que com eles têm maior intimidade, porque incide com maior intensidade neles, além de ser insonegável e servir de parâmetro para avaliar seus movimentos financeiros.

A fim de tornar, socialmente, mais justa a CPMF, seria conveniente desonerar os salários até um determinado valor, até porque essa faixa populacional já paga imposto indireto sobre tudo que consome.

A CPMF poderia, gradativamente, ser uma transição para se implantar o tão sonhado imposto único.

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Sábado, 11 de Agosto de 2007

Empresários, imprensa, partidos, elite partidária e os mais ricos querem fugir do CPMF, "imposto" socialmente justo


* Apesar de governo ter cedido às pressões do PMDB do Rio de Janeiro e liberado emendas para agradar a parlamentares e, com isso, tentar aprovar a prorrogação da CPMF até 2011, economistas e políticos afirmam que o Brasil já tem condições de viver sem depender da taxa que, de provisória, só tem o nome.

O governo alega que o dinheiro da CPMF é indispensável para manter projetos e programas sociais, mas cálculos mostram que, se fizesse um controle rígido dos gastos, já poderia reduzir à metade a alíquota, hoje de 0,38% sobre toda movimentação financeira.

Os gastos totais do governo, atualizados pelo IPCA cresceram R$ 101 bilhões de 2002 a 2006.

Descontado a CPMF, as receitas se ampliaram em R$ 123,7 bilhões no mesmo período.

O tributarista Ilan Gorin diz que, mesmo sem contar a CPMF, a arrecadação de impostos deverá aumentar em quase R$ 18 bilhões este ano - metade do que a contribuição deve gerar.

A oposição defende o fim ou a redução da alíquota, e até no PT, mesmo com a determinação do governo de não abrir mão da CPMF integral, há grupos que pregam a diminuição gradual do percentual.

(O Globo - Sinopse Radiobrás)


Terça-feira, 21 de Agosto de 2007

CPMF: Abominado pelos mais ricos que se dizem "preocupados" com a sua incidência sobre os pobres


* Benjamin Steinbruch: País perde ótima oportunidade para se livrar da CPMF

A CPMF é um péssimo tributo, porque eleva custos e impacta toda a cadeia produtiva brasileira, ao ser cobrada em cada uma das fases da produção: do agricultor que compra a semente ou que vende a safra, dos transportadores, do industrial e dos consumidores no atacado e no varejo.

O tributo é aplicado até mesmo sobre o pagamento de outros impostos, no momento em que se faz a operação bancária.

Cada família brasileira gasta R$ 626 por ano com CPMF, diz o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário).

Falta bom senso nessa decisão de prorrogar a CPMF porque o momento favorável da economia brasileira, com arrecadação crescente do governo federal, seria uma ótima oportunidade para que o país pudesse começar a se livrar desse imposto perverso.

(Folha de São Paulo - Sinopse Radiobrás)


Para ver as postagens supra transcritas e ler outras postagens do nosso Blog

"CPMF: Os Ricos não Conseguem Sonegar", acesse

http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=8968750394345719811&postID=40474










domingo, 16 de setembro de 2007

Aliança entre o PMDB e o DEM no Rio poderá não afetar Niterói

Alvo da alé a capital

Geraldo Ribeiro

Executiva do PT se reuniu no Rio para discutir posição do partido - Foto: Bruno Lima

A aliança entre o PMDB e o DEM, anunciada no início desta semana, não deverá prejudicar os entendimentos entre peemedebistas e petistas em Niterói, com vistas às eleições municipais de 2008.

Esta é a opinião de integrantes da Executiva Estadual da legenda que se reuniram ontem, no Centro do Rio, para tirar uma posição diante do acordo que envolve o ex-governador Anthony Garotinho e o prefeito do Rio, Cesar Maia, tendo a capital como principal alvo.

O diretório municipal do PMDB se reúne na segunda-feira para definir a sua posição.

Durante a reunião de ontem ficou acertado que uma comissão formada por lideranças petistas no Estado irá até o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), no próximo dia 26, cobrar dele um posicionamento mais incisivo sobre a aliança entre o seu partido e o DEM. O presidente do diretório estadual do PT, Alberto Cantalice, disse que o grupo vai exigir do governador que ele use todo o seu potencial de convencimento para reverter a situação.

"Nossa avaliação é de que esta e uma aliança anti-povo, ou seja, que é contra a todos os investimentos federais no Rio de Janeiro", disse Cantalice.

O presidente regional da sigla disse ainda que o PT tem como trunfo cerca de 30 alianças com o PMDB em todo o Estado, que podem ser revistas. Com relação a Niterói, ele considera que o fato de a administração petista do prefeito Godofredo Pinto estar bem avaliada por parte da população, deixa a legenda em uma situação privilegiada para discutir uma aliança com os peemedebistas.

"Niterói é um município onde o PMDB poderá dar sua contra partida ao PT já que anda não fez nada por nós", cobrou Cantalice.

O deputado federal Chico D`Ângelo, que também participou da reunião, é outro que confia na manutenção do bom entendimento entre petistas e peemedebistas na cidade.

"A relação com o PMDB tem sido boa e muito proveitosa. Ela vinha se encaminhando para um bom entendimento. Como as conversas vêm evoluindo, não creio em mudança neste cenário positivo", avaliou o parlamentar.

Para o também deputado federal Jorge Bittar não é nenhum pecado que os partidos conversem uns com os outros. Ele só não admite uma aliança que, a seu ver, prejudicará a própria população do Estado. Ele também acredita que o quadro não deva mudar em outros municípios, como Niterói.

No final do encontro foi divulgada uma nota na qual o PT destaca os benefícios da boa relação entre os governos federal e estadual, reforça o apoio ao governador Sérgio Cabral e destaca que disputará as eleições de 2008 tendo candidatura própria na Capital.

"Nós do PT não acreditamos que o governador Sérgio Cabral, aliado e merecedor de todo apoio do PT e do presidente Lula, tenha se envolvido em um acordo contra o partido. A aliança entre o governador Sérgio Cabral e o presidente Lula tem facilitado muitos investimentos da União no Rio de Janeiro. Acreditamos que esse bom relacionamento do Governo federal deve se repetir em relação ao novo prefeito da cidade," afirma o documento.

"Nosso objetivo é vencer as eleições na capital e no maior número possível de municípios fluminenses. Nossa principal tarefa na política é construir uma cidade democrática, justa e com melhores condições de vida para nosso povo", diz mais adiante a mesma nota.

São Gonçalo – O diretório municipal do PT em São Gonçalo se reúne neste domingo, pela manhã, para analisar o pedido de filiação do deputado Altineu Cortes à legenda. Altineu decidiu deixar o PMDB no mesmo dia em que foi anunciada a aliança da sigla com o PMDB, ao perceber que teria poucas chances de ser indicado como pré-candidato à prefeitura.

Fonte:


O Fluminense -

http://www.ofluminense.com.br/noticias/122834.asp?pStrLink=2,5,0,122834&IndSeguro=0

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Alguns senadores mentiram ao anunciar a decisão que tomaram no processo contra Renan Calheiros, presidente da Casa

* É o que mostra a enquete realizada ontem pela Folha logo após a votação secreta no plenário. Ao ouvir 75 senadores -5 não foram localizados-, a reportagem obteve de 43 deles que a opção tinha sido pela cassação do mandato. No plenário, no entanto, essa decisão teve o apoio de apenas 35 parlamentares, oito a menos do que o ouvido pela Folha.

(Folha de São Paulo - Sinopse Radiobrás)


* Senadores absolvem Renan

Em sessão secreta no Senado, Renan Calheiros, foi absolvido do primeiro processo de cassação por quebra de decoro parlamentar a que foi submetido. Foram 40 votos favoráveis a Renan, 35 contra e 6 abstenções; eram necessários 41 votos para cassar o senador. Governo e aliados de Renan avaliam agora a repercussão do resultado para insistir na hipótese de licença da presidência do Senado.

(Folha de São Paulo - Sinopse Radiobrás)


* Janio de Freitas: Votação mostra que senador é o homem certo no lugar certo.

(Folha de São Paulo - Sinopse Radiobrás)

* Senadores absolvem Renan

Em sessão secreta no Senado, Renan Calheiros, foi absolvido do primeiro processo de cassação por quebra de decoro parlamentar a que foi submetido. Foram 40 votos favoráveis a Renan, 35 contra e 6 abstenções; eram necessários 41 votos para cassar o senador. Governo e aliados de Renan avaliam agora a repercussão do resultado para insistir na hipótese de licença da presidência do Senado. (Folha de São Paulo - Sinopse Radiobrás)


* O que havia sido planejado por 13 deputados federais como uma "entrada triunfal" no plenário do Senado acabou degenerando em cenas de pugilato, ontem pela manhã, meia hora antes do início da sessão de cassação de Renan Calheiros. O grupo de parlamentares marchava em fila, brandindo cartazes com palavras como "ética" e "transparência", quando foi surpreendido por uma barreira de uma dúzia de seguranças determinados a não dar passagem. Era a polícia do Senado, que aparentemente não havia sido informada da liminar do Supremo Tribunal Federal, dada na madrugada, assegurando a entrada dos deputados na sessão do plenário.

(Folha de São Paulo - Sinopse Radiobrás)


O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) fez um discurso de 36 minutos em sua defesa, em que abusou da emoção e da condição de vítima, mas também encontrou tempo para ameaçar, mandar recados e ir para cima de adversários. A Folha acompanhou parte da fala por meio do telefone celular de um dos presentes à sessão de ontem.

(Folha de São Paulo - Sinopse Radiobrás)

domingo, 9 de setembro de 2007

Maior preocupação hoje do presidente do Senado, Renan Calheiros, é a acusação de ter sido dono oculto de rádios de Alagoas avaliadas em R$ 2,5 milhões

O usineiro João Lyra, ex-sócio do senador e hoje seu adversário, enviou ao Congresso 16 documentos com o objetivo de provar que Renan usou uma rede de laranjas para que seu nome não aparecesse.

O repórter Expedito Filho teve acesso à papelada e relata: senadores e técnicos que analisaram o dossiê preparado por Lyra ficaram impressionados com as evidências contra Renan.

(O Estado de São Paulo - Sinopse Radiobrás)

sábado, 8 de setembro de 2007

Senador Renan Calheiros (PMDB-AL), intensifica campanha para salvar seu mandato

* Derrotado no Conselho de Ética e na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), intensificou ontem campanha para salvar seu mandato no plenário, cobrando solidariedade da coalizão governista.

(Gazeta Mercantil - Sinopse Radiobrás)

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

PT do Rio e o governador Sérgio Cabral (PMDB) reagiram mal à aproximação entre o DEM de Cesar Maia e o PMDB de Garotinho com vistas às eleições-2008

* Cabral disse que estão fazendo alianças que lhe causam problemas.

(O Globo - Sinopse Radiobrás)

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Parlamentares que respondem a inquéritos ou ações no STF são em número de 105, segundo levantamento da ONG Congresso em Foco

* Entre eles, nove deputados e um senador mineiros, ou 17,9% da bancada do estado no Congresso, os quais estão sendo investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF)

(Estado de Minas - Sinopse Radiobrás)

domingo, 2 de setembro de 2007

Lula defende PT e diz que petistas não foram condenados

Sábado, 01 de Setembro de 2007 16:55
Elaine Patrícia Cruz e Daniel Merli, da Agência Brasil

"Eu queria que os petistas tivessem em mente que, até agora, nenhum deles foi inocentado, mas também nenhum deles foi culpado", afirmou, ao participar do 3º Encontro Nacional do PT, ao qual é filiado. "Não sabemos o que aconteceu, mas esses companheiros, certamente, terão tempo para se defender".

"Se algum de nós cometer um erro será submetido às mesmas regras que os 190 milhões de habitantes são submetidos neste momento", afirmou. Mas defendeu o partido do qual é fundador. "Ninguém neste país tem mais autoridade moral e ética do que o nosso partido".

Sete petistas estão entre os acusados: o ex-ministro-chefe da Casa Civil e ex-presidente do PT, José Dirceu, o ex-tesoureiro do partido, Delúbio Soares, e o deputado federal e ex-presidente do partido, José Genoino (SP), o ex-deputado federal João Magno (MG), o ex-secretário de Comunicação Luiz Gushiken, e os deputados federais João Paulo Cunha (SP) e Paulo Rocha (PA). Também será aberto processo contra Silvio Pereira, ex-secretário-executivo do partido, que pediu desfiliação.

Fonte:
http://www.campogrande.com/

sábado, 1 de setembro de 2007

Renan Calheiros, orientado por advogado, descarta ida ao Supremo, temendo mais um fiasco na tentativa de amordaçar o Conselho de Ética

* Mas dá a deixa para que o serviço seja feito por algum aliado, como Quintanilha. A trama é para impedir, a todo custo, que seja aprovado o relatório que recomenda sua cassação.

(Correio Brasiliense - Sinopse Radiobrás)


* Notas e Informações

A cena de pastelão envolvendo senadores anteontem mostra que, como a novela Renan Calheiros ainda vai longe, é quase certo que o Senado ainda não desceu ao fundo do poço.

(O Estado de São Paulo - Sinopse Radiobrás)