PSOL entra com representação em defesa do delegado Protógenes e do juiz De Sanctis
da Folha Online
O PSOL entrou nesta quinta-feira com representação na Procuradoria Geral da República para que sejam investigados os procedimentos adotados pelo delegado Amaro Vieira Ferreira e pelo diretor-geral da Polícia Federal Luiz Fernando Corrêa.
Ferreira investiga o suposto vazamento de informações da primeira fase da Operação Satiagraha, que foi comandada pelo delegado Protógenes Queiroz --afastado do caso após denúncias sobre supostos excessos e falhas na operação, como o uso de agentes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).
Ferreira solicitou à empresa Nextel a quebra de sigilo, sem autorização judicial, de todos os celulares e antenas utilizados na operação comandada pelo delegado Protógenes Queiroz, que resultou na prisão do banqueiro Daniel Dantas, do ex-prefeito Celso Pitta (PTB) e do investidor Naji Nahas.
Em nota, a PF informa que não houve, em nenhuma hipótese, quebra de sigilo telefônico sem autorização judicial. Informa que solicitou à Nextel que informasse a localização das torres de retransmissão dessa empresa.
Para o PSOL, há uma tentativa interna de desestabilização institucional, que desvia o foco das conclusões da Operação Satiagraha e beneficia três dos principais acusados. O PSOL diz ainda que se tenta desmoralizar o trabalho do delegado Protógenes e do juiz Fausto De Sanctis, que autorizou as prisões de Dantas, Pitta e Nahas.
"É uma vergonha o que está acontecendo: investigações levam a quadrilha fraudadora de recursos públicos para a cadeia; o senhor Daniel Dantas é libertado duas vezes; e agora quem investigou está sendo investigado", disse o deputado Ivan Valente (SP).
Satiagraha
Na operação, realizada no dia 8 de julho, foram presos, além do banqueiro, o ex-prefeito Celso Pitta e o investidor Naji Nahas, entre outras pessoas.
Os três acusados foram libertados após o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, conceder habeas corpus em favor deles. Na decisão, Mendes considerou "desnecessária" a prisão, pois não havia ameaça às provas colhidas durante a operação.
Segundo a PF, as investigações da Satiagraha começaram há quatro anos, com o desdobramento das apurações feitas a partir de documentos relacionados com o caso mensalão. A partir de documentos enviados pelo STF para a Procuradoria da República no Estado de São Paulo, foi aberto um processo na 6ª Vara Criminal Federal.
Na apuração foram identificadas pessoas e empresas supostamente beneficiadas no esquema montado pelo empresário Marcos Valério para intermediar e desviar recursos públicos.
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