domingo, 30 de agosto de 2009

Marina Silva assina filiação ao PV em São Paulo

da Folha Online

A senadora Marina Silva (AC) assina hoje sua filiação ao PV em cerimônia que será realizada durante encontro nacional do partido, em São Paulo, a partir das 10h30.

Marina deixou o PT na semana passada e ainda vai decidir sua candidatura à Presidência da República pelo PV. Ela deixou a legenda com a justificativa de que o partido não ofereceu "condições políticas" para avanços na questão ambiental.

A cerimônia de filiação será realizada no espaço Rosa Rosarum, na rua Francisco Leitão, 416, em Pinheiros (zona oeste de São Paulo). O local é um espaço para a festas e tem capacidade para cerca de 1.500 pessoas.

Segundo o PV, pelo menos 1.000 pessoas se inscreveram para acompanhar a solenidade no local. A filiação também poderá ser acompanha pela internet, no site do partido.

Em entrevista na qual anunciou sua decisão de deixar o PT, Marina agradeceu a um grupo de petistas que a pressionaram a permanecer na legenda, como o presidente do PT, Ricardo Berzoini, os senadores Aloizio Mercadante (PT-SP), Tião Viana (PT-AC) e Eduardo Suplicy (PT-SP). A senadora não mencionou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva porque disse que não discutiu com o petista a sua saída da legenda.

sábado, 29 de agosto de 2009

Palocci não admite, mas será candidato ao governo de SP

(1:42)
Confira o comentário político de Carlos Chagas, da Jovem Pan Online.



sexta-feira, 28 de agosto de 2009

O futuro de Palocci

Com placar apertado, 5 a 4 no STF (Supremo Tribunal Federal), o ex-ministro Antonio Palocci Filho ficou livre de responder judicialmente pela quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa --episódio que levou à sua queda da pasta da Fazenda no final de março de 2006.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer reabilitar Palocci politicamente. Tem feito gestos nesse sentido. O ex-ministro e deputado federal foi escalado para relatar e articular projetos de interesse do governo na Câmara. Lula o escuta semanalmente sobre economia e estratégia política.

No entanto, o presidente acha que ainda falta um acerto com os eleitores, não apenas com a Justiça. Daí ter feito um acordo de bastidor com o ex-ministro: Palocci deverá ser o candidato do PT ao governo paulista no ano que vem.

O objetivo é aproveitar uma campanha majoritária no maior Estado da federação para tentar "limpar o nome". Ou seja: usar o tempo de TV e a campanha para vender seus argumentos e tentar minimizar a imagem mortal de poderoso que prejudicou um homem do povo. Assim, poderia voltar ao jogo principal da política.

Um ministro de Lula costuma dizer que Palocci tem uma "tatuagem", algo difícil de ser removido. Por isso, a campanha paulista seria o palco propício. O PT não tem candidato forte. O empresariado gosta de Palocci. Ele está livre de todas as acusações judiciais. Tem talento. Poderá dar um palanque razoável à candidatura presidencial. Enfim, Palocci poderá obter uma vitória política mesmo que sofra uma derrota eleitoral.

Ser um plano B na disputa presidencial é carta fora do baralho. Lula não deseja correr esse risco. Está mais do que fechado com a provável candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Dilma está bem de saúde, dizem auxiliares e ministros de Lula. Enfim, é ela e ponto.

Lula e Palocci sabem que será difícil vencer a eleição paulista --o favoritismo é do PSDB, que comanda o Estado desde 1995. Na hipótese de derrota de Palocci e de vitória de Dilma, Lula o indicaria para ocupar a Casa Civil no futuro governo petista. Caso percam Dilma e Palocci, ele poderia se dedicar a consultorias econômicas e a fazer política no PT. Lula avalia que uma candidatura a deputado federal o carimbaria como político com teto.

Lula resiste a reconduzir Palocci ao primeiro escalão. Está insatisfeito com a crise que Guido Mantega gerou na Receita Federal, mas não passa por sua cabeça substituir o ministro da Fazenda. Rumores no sentido de troca na Fazenda não devem ser levados em conta.

A decisão do Supremo Tribunal Federal e a sinalização do deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) de que não deverá concorrer ao governo paulista pavimentam o caminho para Palocci disputar o Palácio dos Bandeirantes.


Outro plano B

Em caso de derrota no STF, Palocci tinha um plano B. Uma pessoa estava disposta a assumir toda a responsabilidade pela quebra ao longo do eventual processo. Não foi preciso, porém.


Homem de valor

Palocci também poderá exercer, simultaneamente à eventual candidatura paulista, um papel de destaque na eventual campanha de Dilma. Ele transita bem no empresariado. É o homem talhado para complicadas tarefas nessa área.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Senadores defendem reforma do Conselho de Ética

Claudia Andrade
Do UOL Notícias
Em Brasília

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado poderá analisar nesta quarta-feira (25) a proposta de extinção do Conselho de Ética da Casa.

No entanto, os parlamentares que defendem a abertura de investigação contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), são contrários com o fim do colegiado.

"Nós somos contrários à extinção do conselho.

Vamos trabalhar para instituir um modelo de composição mais adequado, que diminua a interferência no processo de investigação", afirmou José Nery (PSOL-PA).

"Nós não devemos acabar com o conselho.

O que ele deve é ser implantado e constituído junto com as demais comissões da Casa, e não como ocorreu este ano, quando ele foi criado em meio à crise do Senado.

Também temos que mudar a forma de constituição do Conselho de Ética", completou Renato Casagrande (PSB-ES).

Os dois senadores participaram de uma reunião na manhã desta terça, na qual decidiram recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra o arquivamento das representações contra Sarney pelo Conselho de Ética.

Todas as acusações contra o peemedebistas foram arquivadas inicialmente pelo presidente do colegiado, Paulo Duque (PMDB-RJ).

Um recurso foi apresentado e a decisão de Duque foi analisada pelo plenário do conselho.

Por meio da votação (nove a seis), as representações e denúncias foram arquivadas em definitivo pelo órgão.

Na última quinta, um recurso assinado por 11 senadores de sete partidos foi apresentado à Mesa Diretora.

Pelo documento, os parlamentares pediam que o arquivamento fosse reavaliado pelo plenário do Senado.

A Comissão Diretora rejeitou o recurso.

Projeto de resolução

Para tentar alterar o formato do Conselho de Ética, os senadores defenderão mudanças no projeto de resolução apresentado pelo senador Tião Viana (PT-AC), que deverá ser analisado pela CCJ.

Em vez de acabar com o conselho, os parlamentares querem redefinir as regras para sua formação.

Em sua atual composição, a oposição conta com apenas cinco votos dos 15.

A eleição de Paulo Duque para a presidência foi cercada de críticas dos opositores de Sarney, que apontaram o segundo suplente peemedebista como integrante da 'tropa de choque' destinada a blindar o presidente do Senado.

Duque é o segundo suplente do governador do Rio, Sérgio Cabral.

Os três votos petistas no conselho foram determinantes para o arquivamento das ações.

O presidente nacional do partido, deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), redigiu uma carta orientando os integrantes do PT a votarem pelo arquivamento.

* do UOL Notícias

José Serra acha difícil prever peso eleitoral de Marina Silva

da Folha Online

Hoje na Folha O governador José Serra (PSDB), que lidera as principais pesquisas de intenção de voto à sucessão de Lula, disse que a saída da senadora Marina Silva (AC) do PT, sua entrada no PV e na disputa presidencial de 2010 criaram um fato cujas consequências são difíceis de prever, informa reportagem de Sérgio Dávila publicada nesta terça-feira pela Folha.

"Foi um fato político sem dúvida nenhuma, esse é o dado fundamental", disse o governador de São Paulo na entrada do Banco Mundial, em Washington, cidade onde passou o dia para apressar um empréstimo para estradas vicinais. "Mas como vai ser a campanha dela, que efeito direto vai ter etc., é muito difícil de prever."

Na pesquisa Datafolha mais recente, Marina chega a 3% das intenções de voto. Serra lidera com percentuais que vão de 32% a 44%. Já Dilma Rousseff (PT) tem entre 16% e 24%.

Serra evitou fazer análises. "Para mim, então, que posso vir a ser candidato, mais complicado ainda é prever e ficar falando", disse.

"Vou ser, existem possibilidades, eu posso ir à reeleição [ao governo estadual] e posso me candidatar a presidente.

Certamente será uma dessas duas coisas."

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Segurança do Planalto afirma que não há registro de imagens sobre visita de Lina Vieira

Do UOL Notícias
Em São Paulo

Em nota divulgada na noite desta sexta-feira (21), o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República afirmou que as imagens das câmeras de vigilância do Palácio do Planalto ficam armazenadas durante um período médio de apenas 30 dias. Desta forma, as imagens que poderiam comprovar que a ex-secretária da Receita Federal Lina Viera esteve em reunião particular com a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) no final do ano passado não existem mais.
Governo pressiona Lina; ex-secretária da Receita confirma encontro com Dilma

"Quando o setor de armazenamento no HD está cheio, novas imagens substituem as antigas; desse modo, não mais existem as imagens relativas aos meses de novembro e dezembro de 2008", afirma a nota.

Lina reafirmou à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, nesta terça-feira (18), que teve um encontro particular com Dilma e que a ministra pediu para que a fiscalização feita em empresas da família Sarney fosse acelerada. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, a ex-secretária disse que interpretou o pedido como uma forma de pressão para encerrar as investigações. Dilma nega o encontro.

Ontem, o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), encaminhou à Presidência da República o pedido da oposição para receber cópia das gravações do circuito interno da Casa Civil do período de novembro a dezembro de 2008. O requerimento do DEM pede ainda a planilha de carros que entraram e saíram da Casa Civil no período.

Sobre o registro de visitantes, o gabinete de segurança informa que "nos registros existentes, correspondentes aos meses de novembro e dezembro de 2008, não foi encontrado o nome da ex-Secretária da Receita Federal, Sra. Lina Maria Vieira". A nota afirma também que "os veículos que transportam autoridades, após reconhecidos, não têm suas placas anotadas" e que "no caso de audiências sem agendamento prévio, feita a identificação dos convidados, os gabinetes das autoridades são consultados, oportunidade em que, após credenciamento, é autorizado seu ingresso".

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Lula veta nota de Dilma após depoimento de Lina Vieira

Painel da Folha

Ao final do depoimento de Lina Vieira no Senado, a ministra Dilma Rousseff (casa Civil) estava decidida a divulgar nota sobre o assunto, informa o "Painel" da Folha, editado por Renata Lo Prete.

Segundo a coluna, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no entanto, abortou a iniciativa, sob o argumento de que daria corda à oposição.

Na terça-feira, em depoimento à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), Lina classificou de incabível o pedido da ministra para acelerar o andamento de processo contra familiares do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), no âmbito da instituição.

Ela confirmou o encontro com Dilma revelado à Folha e disse que está disposta a sentar lado a lado da ministra para apresentar sua versão dos fatos. "Estou disposta a qualquer coisa que possa ajudar a esclarecer [o encontro]", afirmou.

O senador Pedro Simon (PMDB-RS), que questionou a ex-secretária sobre a acareação, disse não passar pela sua cabeça que Lina Vieira inventou um encontro com Dilma. "Eu tenho o maior respeito pela senhora. Não passa pela minha cabeça que Vossa Excelência iria inventar uma coisa dessas, não ia ganhar coisa nenhuma. Mas não dá para entender porque a ministra não pode dizer", afirmou.

"Eu não mudo a verdade no grito, nem preciso de agenda para dizer a verdade. A mentira não faz parte da minha biografia", disse a ex-secretária.

Lina disse que, depois que Dilma lhe pediu para agilizar as investigações sobre a família Sarney, retornou à Receita Federal para analisar o processo --mas constatou que a Receita já havia acelerado as investigações a pedido do Poder Judiciário.

"Eu pedi ao meu subsecretário que me desse as informações a respeito das fiscalizações que estavam sendo tocadas pela Receita. Eu não disse a ele o assunto, eu não disse a ninguém o assunto. Depois que eu retornei, eu fui apurar. Pedi um relatório geral de fiscalizações, eu não comentei nenhum tipo de assunto", afirmou.

A ex-secretária disse que dois servidores da Casa Civil, um homem e uma mulher, a viram entrar no gabinete de Dilma no final do ano passado. "Eu não sou fantasma, eu tomei café, me serviram café. Certamente há registros de que eu estive lá."

Apesar de Dilma negar o encontro, Lina Vieira apresentou detalhes de sua conversa com a ministra. "Cheguei no quarto andar do palácio, não tinha ninguém me recebendo. Veio a Erenice Guerra [secretária-executiva da Casa Civil], fui para sala onde estavam duas pessoas e ali fiquei aguardando. Eu não perguntei o nome dessas pessoas. Tomei uma água, um café. Não demorou muito. Dali eu saí e fui para a sala da ministra conduzida pela Erenice. Nós conversamos amenidades. Como foi muito rápido, eu não me lembro dos móveis, ela só me fez esse pedido. Foi simpática", afirmou.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

No Senado, Lina reafirma encontro com Dilma

* Câmara dos Deputados deve pedir nesta quarta-feira imagens do circuito interno da Casa Civil



domingo, 16 de agosto de 2009

Cerco a Dilma - Eliane Cantanhêde

O resultado mais relevante da pesquisa Datafolha publicada pela Folha hoje (domingo, 16/08/09) é que a eleição está cristalizada, com os dois candidatos favoritos, Serra e Dilma, chegando ao respectivo patamar de cada um, sem previsão de solavancos nem para cima, nem para baixo. Ele tinha 38% em maio e está com 37%. Ela estava com 16% e continua com os mesmos 16%.

A conclusão óbvia é que Serra se consolidou na dianteira, apesar da oscilação negativa, e Dilma aparentemente perdeu fôlego e estacionou antes do tempo, apesar de todos esses meses viajando pelo país com Lula, o grande e indispensável trunfo de sua candidatura. Ela saiu de 3%, pulou para 11% em um ano e parou em 16%. Como se este fosse o seu teto.

Junte-se a isso o fator Marina Silva, que está para sair do PT para o PV e entrar na disputa com o empurrão do desenvolvimento sustentável. Marina é o chamado "fato novo" e seus 3%, hoje, não dizem muito, a não ser que ela, pouco conhecida e sem rejeição, tem muito para crescer.

Marina, portanto, chega num momento chave para Dilma. Ao despontar, ela bloqueia o potencial de Dilma, que precisa mais do que nunca se "pendurar" na popularidade de Lula para avançar. E, principalmente, para demonstrar força e incutir confiança dentro do PT.

O jogo ainda está sendo jogado, mas a outra possibilidade que deveria deixar o Planalto de cabelo em pé é a de aliança entre a campanha limpa, em vários sentidos, do PV de Marina Silva e o estridente PSOL de Heloísa Helena. Os dois e as duas, somados, significam uma crítica ao quadrado do modelo PT-Lula de poder e à polaridade PT-PSDB.

O outro resultado da entrada em cena de Marina é a guinada de Ciro Gomes, que tende a abandonar a fantasia de concorrer ao governo de São Paulo (só porque Lula quer quem espanque Serra no Estado político de ambos), para voltar ao trilho da eleição presidencial. Na disputa, Ciro vai reforçar as críticas a Serra e aos tucanos, mas tirando votos dos dois lados.

Em resumo, o Datafolha confirma que a posição de Serra continua confortável, a de Dilma acende o sinal amarelo no Planalto, a de Marina pode chacoalhar a eleição e a de Ciro reintroduz algum equilíbrio. E que Aécio Neves não decola.

No mais, ainda é cedo para apostar na s chances de vitória de Marina, por exemplo, que vai crescer, fixar uma boa mensagem ética e mexer com os nervos dos adversários, mas dificilmente terá estrutura, tempo e mesmo programa para virar o jogo e ganhar.

A melhor aposta ainda é uma disputa polarizada entre Serra e Dilma, mas com muito mais sofisticação, maior número de elementos e uma boa pitada de pimenta. E uma Marina só é capaz de tudo isso. Era era o que faltava na eleição.

Eliane Cantanhêde é colunista da Folha, desde 1997, e comenta governos, política interna e externa, defesa, área social e comportamento. Foi colunista do Jornal do Brasil e do Estado de S. Paulo, além de diretora de redação das sucursais de O Globo, Gazeta Mercantil e da própria Folha em Brasília.

E-mail: elianec@uol.com.br

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Todos negam acordo, mas ele vai seguindo - Confira o comentário de Fernando José sobre a crise no Senado

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

PSB informou a Lula que Ciro Gomes é candidato à presidente

Publicado em 13.08.2009, às 17h28

A cúpula do PSB informou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nessa quarta-feira (12), que o deputado Ciro Gomes (PSB-PE) é candidato à presidência da República, em 2010, e não ao governo paulista. Em jantar com Lula no Palácio da Alvorada, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, afirmou que o lançamento de várias candidaturas da base aliada não é prejudicial ao projeto da coalizão governista. Na avaliação do PSB, esse cenário ajuda o Planalto, pois, com muitos concorrentes no páreo, a eleição fatalmente irá para segundo turno, impedindo a vitória da oposição na primeira rodada.

Lula, porém, não tem a mesma opinião. "Ele acredita que uma única candidatura da base de sustentação do governo é melhor, mas respeita o nosso diagnóstico", afirmou o governador de Pernambuco, que é presidente do PSB. "No nosso entendimento, múltiplas candidaturas da base aliada acumulam força para ganhar as eleições, mas, se ficar evidenciado que essa tática põe em risco o projeto governista, reavaliaremos nossa posição", disse.

Campos disse que, até 15 de setembro, o partido terá posição mais definida sobre o assunto, após rodadas de pesquisas e conversas políticas. Um grupo do PSB ainda defende o lançamento de Ciro ao governo paulista, hipótese que agrada a Lula, mas enfrenta resistências no PT.

Ciro participou do jantar de ontem, que também contou com a presença da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff - pré-candidata petista à sucessão de Lula - e de dirigentes do PT e do PSB.

A provável entrada da senadora Marina Silva (PT-AC) no páreo presidencial preocupa o Planalto. Ex-ministra do Meio Ambiente do governo Lula, Marina está de malas prontas para o PV.

Embora a possibilidade da candidatura de Marina dê mais argumento ao PSB para lançar Ciro, Campos insistiu em que os dois fatos caminham separadamente. "A candidatura de Ciro à Presidência não ocorre em função do lançamento de Marina", observou o presidente do PSB.

Fonte: Agência Estado

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Marina diz que avalia proposta do PV e que não vai prolongar decisão

Claudia Andrade
Do UOL Notícias
Em Brasília

A senadora Marina Silva (PT-AC) afirmou nesta terça-feira (11) que não vai prolongar a decisão sobre a mudança de partido. A senadora foi convidada pelo PV para disputar a Presidência da República em 2010.


"Estou fazendo essa avaliação do convite que o PV me fez para me filiar dentro de um processo de desenvolvimento sustentável, algo estratégico para o país.

Não pretendo prolongar o processo de decisão em respeito ao PT, partido no qual estou há mais de 30 anos, ao PV e a mim mesma", disse.

A senadora e ex-ministra do Meio Ambiente ressaltou a importância de que o tema do desenvolvimento aliado à preservação é essencial ao país.

"Entre os países em desenvolvimento, o Brasil é o mais preparado para iniciar esse trânsito (da defesa ao meio ambiente).

Agora é preciso estabelecer esse compromisso com quem quer fazê-lo".

Marina Silva disse ainda que o Brasil precisa de novos "mantenedores de sonhos".

Mas negou que ela personificaria essa "utopia" por meio de uma candidatura presidencial.

"Não é necessário se candidatar, mas sim ter compromisso", afirmou.

"O esforço precisa ser iniciado, mas isso não está em nenhum partido.

E precisa estar em todos".

A senadora afirmou que a decisão "não é fácil" e disse estar conversando sobre a possibilidade de uma mudança de partido com pessoas do seu Estado e também integrantes do PT.

Questionada sobre a questão da fidelidade partidária, que poderia colocar em risco seu mandato no caso de uma eventual mudança para o PV, Marina Silva foi categórica:

"Não será o medo da perda de mandato que me fará desistir da luta".

Apoio de Simon

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) reuniu-se com a senadora na manhã desta terça para manifestar seu apoio à candidatura presidencial.

"A Marina tem toda a origem do Lula melhorada.

Forçaria um segundo turno, sem dúvida".

O colega de partido Eduardo Suplicy (PT-SP), que também conversou com Marina pela manhã, disse que sua posição é de "respeito" à decisão que a senadora tomar.

E completou: "Quem não quer a Marina, não é mesmo?"

UOL Celular

sábado, 8 de agosto de 2009

Serra ameniza disputa com Aécio para a disputa presidencial

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), elogiou nesta quinta-feira o colega de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), e amenizou a disputa interna de ambos pela indicação do partido para concorrer às eleições presidenciais em 2010. Segundo Serra, o PSDB deve encontrar um "caminho de definição" para escolher o candidato.

"Hoje no PSDB há várias possibilidades de candidatura, uma delas é do Aécio Neves, que é um nome de forte, tem tido um grande desempenho em Minas Gerais, tem todas as credenciais para se candidatar e ser presidente da República. Meu nome é outro levantado. Eu acredito que mais adiante, no ano que vem, a gente vai encontrar um caminho de definição dentro do PSDB", afirmou Serra, no Rio de Janeiro, onde participa do Congresso Nacional do PPS.

Serra voltou a dizer que ainda é cedo para o PSDB definir o candidato à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já defende o nome da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) para disputar pelo PT. "Esse não é um assunto a ser posto agora. Até porque pode ter outros desdobramentos mais adiante", disse.

Questionado sobre a aproximação com o PPS visando as eleições de 2010, Serra disse não foi até o congresso do partido para "cortejar" ninguém. "Eu não vim cortejar ninguém, nem creio que o Aécio venha. São aliados políticos", disse.

Antifumo

O governador paulista também foi perguntado sobre a aplicação da lei antifumo em todo o país, caso seja candidato a presidente no ano que vem. Serra descartou a criação de uma lei federal e disse que primeiro precisa verificar a aplicação da lei em São Paulo.

"Vamos ver como [a lei] funciona em São Paulo. Se funcionar bem, como eu espero, pode ser replicada em outros Estados, não necessita ser uma lei federal", afirmou.

A lei antifumo entrou em vigor nesta sexta-feira em todo o Estado de São Paulo e proíbe o uso de tabaco em ambientes coletivos fechados.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Meirelles diz que ainda não decidiu sobre candidatura

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou nesta quarta-feira que ainda não decidiu se vai se candidatar a algum cargo nas eleições de 2010.

Ele sinalizou ainda que, se aderir a algum partido, deverá ficar no cargo até março, prazo legal para a descompatibilização de ministros que concorrerão a algum cargo eletivo. Ele tem até fim de setembro para decidir.

"Não tem nenhuma decisão ainda se serei ou não filiado a algum partido e, caso filie-me a algum partido, se serei ou não candidato a algum cargo eletivo", disse a jornalistas após audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) em que ouviu vários pedidos de senadores para que dispute algum cargo político.

Meirelles é cotado para disputar o governo de Goiás ou uma cadeira no Senado por aquele Estado.

Questionado se a indefinição sobre seu futuro não gera instabilidade nos mercados, Meirelles respondeu que uma das características da atual gestão no BC é que qualquer decisão é tomada "na hora certa, sem precipitação".

"Isso, sim, transmite segurança, transmite previsibilidade. Atitudes impensadas não são boas para ninguém."

Perguntado se considera natural um presidente de Banco Central ser filiado a algum partido político, Meirelles respondeu de forma positiva, mas fez algumas ponderações.

"Existem diversos presidentes de Banco Central no mundo inteiro que são filiados a partidos políticos", argumentou.

Segundo Meirelles, há exemplos também de presidentes de bancos centrais que seguiram carreira política. Ele alegou que essa opção, se tomada depois de deixar o cargo, não prejudica a gestão da instituição.

"Enquanto presidente do Banco Central, independentemente de qualquer decisão de carreira futura, seja na vida política, seja no setor privado ou no setor público por via não eleitoral e seja até que data for, eu estarei certamente e completamente dedicado e focado no Banco Central do Brasil, levando em conta apenas os interesses da boa condução da política monetária e cambial do país", concluiu.
UOL Celular