Marina diz que avalia proposta do PV e que não vai prolongar decisão
Claudia Andrade
Do UOL Notícias
Em Brasília
A senadora Marina Silva (PT-AC) afirmou nesta terça-feira (11) que não vai prolongar a decisão sobre a mudança de partido. A senadora foi convidada pelo PV para disputar a Presidência da República em 2010.
"Estou fazendo essa avaliação do convite que o PV me fez para me filiar dentro de um processo de desenvolvimento sustentável, algo estratégico para o país.
Não pretendo prolongar o processo de decisão em respeito ao PT, partido no qual estou há mais de 30 anos, ao PV e a mim mesma", disse.
A senadora e ex-ministra do Meio Ambiente ressaltou a importância de que o tema do desenvolvimento aliado à preservação é essencial ao país.
"Entre os países em desenvolvimento, o Brasil é o mais preparado para iniciar esse trânsito (da defesa ao meio ambiente).
Agora é preciso estabelecer esse compromisso com quem quer fazê-lo".
Marina Silva disse ainda que o Brasil precisa de novos "mantenedores de sonhos".
Mas negou que ela personificaria essa "utopia" por meio de uma candidatura presidencial.
"Não é necessário se candidatar, mas sim ter compromisso", afirmou.
"O esforço precisa ser iniciado, mas isso não está em nenhum partido.
E precisa estar em todos".
A senadora afirmou que a decisão "não é fácil" e disse estar conversando sobre a possibilidade de uma mudança de partido com pessoas do seu Estado e também integrantes do PT.
Questionada sobre a questão da fidelidade partidária, que poderia colocar em risco seu mandato no caso de uma eventual mudança para o PV, Marina Silva foi categórica:
"Não será o medo da perda de mandato que me fará desistir da luta".
Apoio de Simon
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) reuniu-se com a senadora na manhã desta terça para manifestar seu apoio à candidatura presidencial.
"A Marina tem toda a origem do Lula melhorada.
Forçaria um segundo turno, sem dúvida".
O colega de partido Eduardo Suplicy (PT-SP), que também conversou com Marina pela manhã, disse que sua posição é de "respeito" à decisão que a senadora tomar.
E completou: "Quem não quer a Marina, não é mesmo?"
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