domingo, 31 de maio de 2009

Datafolha aponta duelo Serra-Dilma

aro que falta muito tempo, o que dá boa margem a acontecimentos imponderáveis. A sucessão presidencial acontecerá apenas em outubro de 2010. Mas os últimos movimentos de bastidor e pesquisas de intenção de voto vão reforçando o chamado cenário A, aquele mais provável: uma disputa entre o hoje líder nas pesquisas, o governador de São Paulo, o tucano José Serra, e a ministra da Casa Civil, a petista Dilma Rousseff.

A mais recente pesquisa Datafolha, realizada entre os dias 26 e 28 de maio, mostrou que o cacife de Serra continua alto. Houve uma redução de três pontos percentuais na comparação com a última pesquisa, feita entre 16 e 19 de março. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Mas, para tratar como queda os três pontos de Serra, é melhor esperar a próxima pesquisa e ver se há uma diminuição seguida da intenção de voto no tucano. Em pesquisa, a curva é fundamental. O tucano paulista tinha exatos 38% no final de março de 2008. Foi a 41% e agora voltou aos 38% Portanto, melhor aguardar a curva.

Nesse contexto, o levantamento do Datafolha é excelente para Dilma. A curva da ministra mostra crescimento constante desde a pesquisa de março do ano passado. Ele passou de 3% para 16%. É uma taxa distante da pesquisa encomendada pelo PT faz pouco tempo, mas é um índice de voto respeitável. Ainda mais se levarmos em conta que a diferença entre Serra e ela encurtou em 8 pontos percentuais _caiu de 30 para 22 pontos entre o fins de março e maio.

Em conversas reservadas nos últimos dias, Dilma disse com todas as letras que pretende disputar a Presidência da República e que não vai descartar essa hipótese devido ao tratamento de saúde. Obviamente, ela terá de se apresentar até o final deste ano em condições de saúde e precisará tratar com transparência os exames de checagem rotineiros. Não há dúvida de que o bom estado de saúde será uma questão que a ministra terá de responder na eventual campanha e no eventual governo. A oposição não vai deixar isso passar em branco na hora H. Se a pesquisa mostrou que 81% opinaram que Dilma agiu bem ao revelar a doença e o tratamento, outros 45% consideraram que não ter problema de saúde é fundamental para um candidato à Presidência.

Outros dois potenciais candidatos à Presidência, o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) e o governador Aécio Neves (PSDB-MG) não têm o que comemorar. Ciro está em empate técnico com Dilma no cenário A, no qual Serra seria o candidato do PSDB. Ciro marcou 15% contra 16% da ministra. Em março de 2008, ela tinha 3%. Ele, 20%.

Aécio tem uma intenção de voto relevante, mas menor do que Serra e Dilma. O mineiro está em situação de empate técnico com Ciro e Heloisa Helena (PSOL), a depender do cenário.

A fotografia tirada pelo Datafolha revela que Dilma vai se consolidando como a opção primeira do atual campo governista. O retrato da corrida eleitoral também indica que Aécio está meio parado, o que só reforça Serra. O mineiro varia de 9% a 14% nos diversos cenários.

Ciro vive um mau momento político. Poderia ter se fortalecido como alternativa competitiva a Dilma. No entanto, até na hora em que tem razão, quando restou provado que pagara uma passagem aérea de sua mãe que ele dizia que havia pago, o temperamento o traiu. Ele mostrou a indignação de quem foi injustiçado, mas de um modo que dificulta alianças políticas necessárias a quem almeja a cadeira presidencial.

Heloisa Helena, ex-senadora e hoje vereadora em Maceió, marcou entre 10% e 14% nos cenários do Datafolha. Por ora, mantém esse índice mais pela taxa de conhecimento do que por uma ação política nacional. Quase não se ouve falar dela e de seu partido.

*

Principais desafios

Para Lula, transferir a Dilma sua popularidade. Para Serra, encontrar um discurso.

*

Lula

Sobre terceiro mandato, valem o escrito na Pensata anterior e a manchete do domingo 31 de maio da versão impressa da Folha. Eis a manchete: 3º Mandato de Lula divide o país. Só quem não conhece o presidente acha que ele vai entrar nessa.


E-mail: kennedy.alencar@grupofolha.com.br

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Kennedy Alencar, 41, colunista da Folha Online e repórter especial da Folha em Brasília. Escreve para Pensata às sextas e para a coluna Brasília Online, sobre bastidores do poder, aos domingos. É comentarista do telejornal "RedeTVNews", de segunda a sábado às 21h10, e apresentador do programa de entrevistas "É Notícia", aos domingos à meia-noite.
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sexta-feira, 29 de maio de 2009

Deputado envolvido em acidente com 2 mortes no Paraná renuncia ao mandato



da Folha Online

O deputado Fernando Carli Filho (PSB), que no início deste mês se envolveu em um acidente de trânsito que resultou em duas mortes no Paraná, renunciou ao mandato nesta sexta-feira.

A Assembleia Legislativa do Estado informou que o pedido oficial de renúncia foi entregue pelo seu advogado, Roberto Brzezinski.

Carli Filho permanece internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. O acidente ocorreu no último dia 7, quando o carro guiado pelo deputado, um Volkswagen Passat, colidiu com um Honda Fit ocupado pelos jovens no bairro Mossunguê, em Curitiba.

Gilmar Rafael Souza Yared, 26, e Carlos Murilo de Almeida, 20, morreram na hora.

Deputado envolvido em acidente tem projeto que beneficia bom condutor
Deputado Carli Filho estava com carteira suspensa
No Paraná, motorista que deixar de entregar CNH cassada será preso
Reprodução
Carli Filho renuncia ao mandato de deputado no Paraná; ele permanece internado
Carli Filho renuncia ao mandato de deputado no Paraná; ele permanece internado

O deputado estava com a carteira de habilitação suspensa porque excedia o total de pontos permitidos --totalizava 130 pontos, enquanto o máximo permitido é de 20. De acordo com informações do Detran, o deputado possuía 30 multas, desde 2003. Destas, 23 eram por exceder limites de velocidade. Carli Filho recorreu de 12 das 30 multas.

Exame realizado pelo IML (Instituto Médico Legal) do Paraná constatou que Carli dirigia com dosagem alcoólica acima do estabelecido. Segundo o resultado, havia no sangue do deputado 7,8 decigramas de álcool por litro de sangue, cerca de três vezes mais o limite permitido, de 2 decigramas. A chamada lei seca (11.705), sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em junho de 2008, considera que se alguém for flagrado com 6 dg por litro de sangue deve ser detido (de seis meses a três anos).

Renúncia

No último dia 14, o advogado da família de Yared havia protocolado um pedido de cassação do mandato de Carli Filho. No pedido, Elias Mattar Assad argumenta que a conduta de Carli Filho é inadmissível para um deputado. "Um deputado deve ter excelente comportamento dentro e fora da Casa. E ele, quebrando as leis de trânsito, mostrou uma conduta incompatível com o seu cargo", disse na ocasião.

A direção da Assembleia Legislativa do Paraná abriu uma sindicância no dia 18 para averiguar se Carli Filho quebrou decoro parlamentar. O prazo para apresentar a defesa terminaria nesta sexta-feira. Com a renúncia, a sindicância foi extinta.

Em ofício, Carli Filho afirmou que aguardará o processo e julgamento "sem prerrogativas funcionais ou privilégios de qualquer ordem para receber, como cidadão comum, a sentença que as circunstâncias do fato e a sensibilidade da Justiça determinarem". Veja o documento de renúncia.

A reportagem entrou em contato com o advogado de Carli Filho, por telefone, não conseguiu localizá-lo para comentar a renúncia. A Folha Online também telefonou para o gabinete, mas ninguém atendeu aos telefonemas.

O Ministério Público informou não ter recebido comunicação oficial sobre a renúncia de Carli Filho. "Em havendo, a instituição tomará as providências necessárias para a continuidade das investigações no âmbito próprio", afirmou, em nota.

Suplente

O presidente da Assembleia, Nelson Justus (DEM), afirmou que lerá o documento de renúncia na sessão plenária da próxima segunda-feira e convocará o suplente para assumir o mandato de deputado estadual, que se estende até 31 de janeiro de 2011.

Carli Filho foi eleito em 2006 para o mandato de deputado estadual com 46.686 votos.

Internado

Carli Filho foi transferido para São Paulo após o acidente. No último dia 15, ele passou por cirurgia para correção de fraturas na face e crânio.

Carli Filho foi transferido da Unidade de Terapia Semi-intensiva para um quarto normal do hospital Albert Einstein no último dia 22. Nesta sexta, ele permanece internado sem previsão de alta, com quadro clínico estável, informou o hospital.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Sarney e mais três parlamentares terão que devolver dinheiro do auxílio-moradia ao Senado - GABRIELA GUERREIRO

da Folha Online, em Brasília

Os senadores que receberam irregularmente o pagamento do auxílio-moradia do Senado vão ter que devolver o dinheiro aos cofres da Casa.

A Mesa Diretora da instituição decidiu nesta quinta-feira que os quatro senadores que recebiam o auxílio, mesmo morando em apartamentos funcionais ou imóveis próprios --incluindo o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP) --, vão ter que descontar o reembolso dos seus salários.

"Ficou acertado que eles vão devolver o dinheiro. Tem que descontar no mínimo 10% dos vencimentos para a devolução", disse o terceiro-secretário do Senado, Mão Santa (PMDB-PI), responsável por administrar os imóveis da Casa.

Sarney e mais três senadores recebem auxílio-moradia irregularmente
Sarney admite que recebeu auxílio-moradia e pede desculpas por informação errada
Senado paga ilegalmente ajuda com habitação para 42 parlamentares

Reportagem da Folha afirma que os senadores João Pedro (PT-AM), Cícero Lucena (PSDB-PB) e Gilberto Gollner (DEM-MT) receberam o benefício apesar de morarem em apartamentos funcionais cedidos pelo Senado --o que não é permitido pela legislação da Casa. Sarney, por sua vez, recebeu o benefício mesmo morando em seu próprio imóvel e tendo à disposição a residência oficial --da qual chegou a fazer uso.

Na terça-feira, Sarney respondeu que "nunca" recebeu auxílio-moradia, benefício pago mensalmente juntamente com o salário do senador.

Hoje, o senador pediu desculpas ao afirmar que não tinha conhecimento de que desde maio de 2007 recebia o benefício.

Ele recebeu o auxílio ilegalmente durante um ano e oito meses, no total de R$ 79.800.

A direção do Senado disse que os pagamentos deveriam ter sido cancelados quando os senadores receberam imóvel funcional, mas não foram.

A regulamentação do Senado prevê que somente os congressistas sem imóvel funcional podem receber o benefício --pago para atender aqueles que não têm à disposição apartamentos próprios ou funcionais em Brasília.

Para a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), segunda-vice-presidente do Senado, "não deveria existir" nenhum caso de pagamento irregular do auxílio-moradia. "Esperamos que isso não se repita. O presidente Sarney disse que desconhecia, mora na casa dele, pediu desculpas e vai devolver o dinheiro', afirmou.

Regulamentação

A Mesa Diretora do Senado também decidiu convalidar os pagamentos feitos irregularmente a 42 senadores que recebem o auxílio-moradia.

O ato que regulamentava o benefício foi revogado em dezembro de 2002, mas os integrantes da Mesa consideraram que o ato foi revogado "por engano" --por isso não há necessidade de reembolso pago aos 42 parlamentares.

"Em 2002, acho que foi um erro técnico e burocrático quando houve essa revogação. Por isso decidimos convalidar os pagamentos levando em consideração que o auxílio-moradia existe, é uma conquista.

Em qualquer legislação do mundo existe o pagamento do auxílio-moradia", disse Mão Santa.

O senador admitiu, porém, que houve "falta de controle" na Casa ao pagar um auxílio não previsto legalmente pela instituição após a revogação do ato.

"Faltou o controle, que chegou tardiamente", disse o terceiro-secretário.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

PARTIDOS MÉDIOS E PEQUENOS CONTRA O VOTO EM LISTA FECHADA QUE IRIA INSTAURAR O CACIQUISMO DOS LÍDERES DOS GRANDES PARTIDOS E A CASSAÇÃO DO ELEITOR

"Vamos para o tudo ou nada para barrar essa lista, que suprime a vontade do eleitor", diz o líder do PSB, Rodrigo Rollemberg (DF)

Painel

RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br

Unidos venceremos

Oito partidos, entre médios e pequenos, da base aliada se reúnem hoje para definir um plano de ação contra a proposta de voto em lista fechada nas eleições proporcionais. A sopa de letras inclui PSB, PDT, PTB, PP, PR, PST, PMN e PRB e representa 168 deputados, ou 32,7% da Câmara.
O ensaio para a votação da lista fechada acontece amanhã, com a discussão do requerimento de urgência. O recém-formado "G8" deve anunciar que vai obstruir todos os projetos a partir de hoje, exigindo votação nominal.

O grupo acredita que terá o apoio de setores do PMDB e do PSDB, partidos que, majoritariamente, apoiam a mudança. "Vamos para o tudo ou nada para barrar essa lista, que suprime a vontade do eleitor", diz o líder do PSB, Rodrigo Rollemberg (DF).


Assim não. Além das objeções feitas por diferentes siglas, a lista fechada enfrenta uma resistência poderosa e suprapartidária: a bancada evangélica, que reúne quase 70 deputados, não quer nem ouvir falar em tal inovação.

Mudou o vento. Diante da progressiva resistência do governo em ceder espaços no comando da CPI da Petrobras, a oposição concluiu que Lula deve ter recebido da direção da estatal relatos preocupantes sobre o potencial de estrago da investigação.

Na baixa. Do senador Alvaro Dias (PSDB-PR), sobre o discurso governista de que a CPI poderá desvalorizar as ações da Petrobras: "É bom mesmo que o preço caia. Aí a gente vai lá e compra".

Tijolo... Cotado para ocupar uma das vagas do PMDB na CPI, Valdir Raupp possui estreita ligação com empreiteiras contratadas pela Petrobras desde quando governou Rondônia (1995-1998). Em 2006, construtoras financiaram a eleição de sua mulher, Marinha Raupp, à Câmara.

...por tijolo. Somente a Alusa Engenharia, doadora da campanha de Marinha, detém mais de R$ 1,5 bilhão em contratos com a empresa.

Encaixe. Uma CPI dura 180 dias. Quase todas são prorrogadas por mais 180. Caso comece a funcionar na semana que vem, a comissão da Petrobras corre o risco de "colar" na campanha de 2010.

Day after 1. Embora vários ministros do Supremo tenham se incomodado com as ausências de Ellen Gracie durante a campanha pela vaga na corte de apelação da OMC, o discurso dominante agora na Corte é o de que ministra é uma "colega querida" e que sua derrota para o mexicano Ricardo Ramirez foi ditada por "razões geopolíticas".

Day after 2. Os ministros consideram que não demonstrar solidariedade a Ellen Gracie neste momento desvalorizaria o próprio STF. Além disso, vários demonstram alívio com o fato de que ficou adiado o projeto petista de emplacar no Supremo o advogado-geral da União, José Antonio Dias Toffoli.

Fim de novela. Depois de dois anos de disputa judicial, a Link desbancou a De Brito e ficou com um dos lotes da conta de publicidade dos Correios, um contrato de R$ 23 milhões anuais. Outra cota, no valor de R$ 45 milhões, está com a Artplan. A terceira, que teve a decisão anulada, depende de nova licitação.

Divórcio à vista. A UnB ameaça descredenciar a Fubra, uma das fundações de apoio a pesquisas ligadas à universidade, caso a entidade não atenda à exigência de que a reitoria controle 50% do conselho de administração.

Visitas à Folha. Marcos Vilaça, ministro do Tribunal de Contas da União, visitou ontem a Folha.

Sérgio Barradas Carneiro (PT-BA), deputado e procurador parlamentar, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Bertha Pellegrino, assessora de imprensa.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Em fila, petistas esperam STF julgar Palocci


MARCIO AITH
da Folha de S. Paulo

Ao decidir no próximo dia 4 se aceita ou não denúncia criminal contra Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda, o STF (Supremo Tribunal Federal) definirá o destino eleitoral do PT ao governo de São Paulo.

O Supremo vai julgar se abre uma ação criminal contra o ex-ministro, e agora deputado federal, suspeito de orquestrar a quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa.

Em 2006, o caseiro revelou que Palocci frequentava uma mansão no Lago Sul, em Brasília, onde havia festas, negócios obscuros e partilha de dinheiro. Francenildo desmentiu o então ministro, que, na CPI dos Bingos, dissera nunca ter frequentado a casa. Dois dias depois da revelação, o caseiro teve o sigilo bancário violado pela Caixa Econômica Federal, subordinada ao Ministério da Fazenda.

Equipe

Passados três anos do episódio, Palocci é agora o predileto do presidente Lula para disputar a sucessão do governador José Serra. Mas o deputado diz que só será candidato se o Supremo rejeitar a abertura de uma ação penal contra ele.

Se a denúncia for aceita, e Palocci transformar-se em réu, ele diz que desiste da candidatura, abrindo caminho para os outros três principais pré-candidatos do partido ao governo: o ministro da Educação, Fernando Haddad, o prefeito de Osasco, Emídio de Souza, e o deputado Arlindo Chinaglia.

Nestes meses que antecedem a decisão do STF, Palocci dedica-se a formar uma equipe de campanha e a fortalecer suas relações (sempre fluidas) com industriais e banqueiros. Em um único jantar, reuniu os principais executivos de 20 empresas de grande porte -entre elas a TAM, a Nestlé e a Volkswagen.

No encontro, recolheu sugestões, pedidos e recados. Nenhuma pergunta foi feita sobre o episódio do caseiro ou sobre a denúncia no STF.

Alternativas

Com o respaldo de Lula e a enorme influência que arrecadou com empresários, a candidatura Palocci tem uma força avassaladora dentro do partido.

Na semana passada, Haddad esperava o presidente Lula voltar de sua viagem à China para comunicar-lhe que pretende ser uma alternativa a Palocci em São Paulo, mas não seu adversário. O prefeito Emídio de Souza disse o mesmo. O único que não condiciona seu projeto à decisão do STF é Chinaglia, ex-presidente da Câmara.

O presidente do Diretório Estadual do PT, Edinho Silva, reconhece o peso da decisão do STF. Mas evita apontar a candidatura Palocci como imbatível.

"Os outros nomes também são fortes. Além de Chinaglia e de Emídio, temos também a ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy e o senador Aloizio Mercadante", disse ele à Folha. Na última sexta-feira, Marta disse a petistas que não será candidata ao governo.

Palocci nunca esteve tão confiante em uma decisão favorável do STF quanto agora. Na semana passada, seus correligionários reuniram-se no hotel Pestana, em São Paulo, para debater a pré-candidatura do ex-ministro ao governo.

Eles exibiam a convicção de que o STF arquivará a denúncia. Mencionaram informações, vindas do próprio STF, de que a tendência do tribunal é a de arquivá-la.

Palocci também tem procurado afastar rumores de que pode ser o candidato à Presidência do PT, em substituição a Dilma Roussef. Segundo ele, esses rumores podem ter um efeito devastador sobre sua candidatura ao intrigá-lo com um de seus melhores interlocutores no PSDB: o governador de São Paulo, José Serra.

domingo, 24 de maio de 2009

Atritos com PT favorecem Serra no PMDB, diz líder



‘Se não negociar, o PT pode jogar tudo por água abaixo’
Apoio a Dilma depende hoje de ‘condicionantes’ estaduais

‘Se não resolver Minas Gerais nem adianta conversar mais’

Hoje,uma convenção do PMDB teria 'resultado imprevisível’
Sem ação de Lula ‘pode ser comprometido projeto nacional’

Fábio Pozzebom/ABr



Líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN) é ardoroso defensor de uma aliança de seu partido com o candidato que Lula indicar para 2010.



Acha que o legado de Lula precisa ter continuidade. Com Dilma Rousseff ou com outro candidato. Mas receia que o PT envenene o projeto.



Vai abaixo a entrevista que o deputado concedeu ao blog:





- A direção do PMDB já dispõe de um diagnóstico estadual?

Reunimos nesta semana representantes de 25 Estados.

- O partido está dividido entre Dilma e Serra?

Verificamos que 17 Estados se inclinam para uma aliança com o presidente Lula. Cinco pendem para a aliança com José Serra. Três estão indefinidos.

- Os Estados que se inclinam para Dilma estão fechados?

Mesmo nesses Estados que se inclinam pela aliança com o presidente Lula há condicionantes muito importantes.

- Que condicionantes?

Principalmente o respeito que o PT deve ter aos candidatos do PMDB nesses Estados. É o mínimo que se pode exigir do PT, já que prioriza a eleição nacional e deseja o apoio do PMDB para sua candidata, a ministra Dilma.

- Se o PMDB tivesse de decidir hoje haveria dificuldades?

Teria dificuldades.

- Por quê?

Basicamente porque as questões estaduais, fundamentais para o PMDB, não estão resolvidas.

- Pode dar um exemplo de problema a ser vencido?

O exemplo mais claro é Minas Gerais. Temos um candidato, o Hélio Costa. É ministro do governo Lula. Portanto, confiável ao presidente. E há a candidatura do Fernando Pimentel, uma liderança importante do PT. A situação lá não está sendo bem conduzida pelo PT. É um problema grande. Lá a posição do PMDB é muito confortável.

- O que fazer?

Precisamos estabelecer um prazo. Depois, quem estiver melhor, apoia o outro. A seção de Minas tem 70 votos na convenção nacional do PMDB, que vai escolher o candidato à presidência. É a segunda maior delegação na convenção. Portanto, essa é uma questão preliminar e decisiva.

- E se não for resolvida?

Se não houver uma boa vontade do PT em relação a Minas Gerais, eu diria que nem adianta conversar mais. Daí pra frente tende a piorar. O Hélio Costa está bem à frente nas pesquisas. Não precisamos tomar uma decisão hoje. Mas é preciso ajustar uma data e um modelo de convivência.

- Qual seria a data e o modelo?

A data depende dos acertos. Nem sei se o PT aceitará a sugestão do PMDB. Funcionaria assim: Quem estiver mais bem colocado no mês tal, dia tal, será o candidato ao governo. E o outro vem para o Senado, com uma composição.

- E se o PT não aceitar?

Se o PT aceitar esse tipo de critério, facilitará muito o entendimento. Se não aceitar, se não negociar conosco, pode jogar tudo por água abaixo.

- Por que os acertos estaduais são tão vitais?

A coligação do PMDB com a candidatura da ministra Dilma dependerá da vontade dos convencionais do PMDB. São pessoas que vem dos Estados. É preciso que cheguem motivados para apoiar essa coligação.

- Quantos peemedebistas há na convenção nacional?

São pouco mais de 500 delegados. Alguns tem direito a mais de um voto. O total de votos é 820. Essa gente tem que chegar motivada para a parceria. Se eles vem dos seus Estados brigando com o PT, é melhor nem realizar a convenção.

- Se a convenção fosse feita hoje haveria o risco de vitória do Serra?

Digo que seria imprevisível o resultado porque as questões estaduais estão distantes de um bom entendimento. Não esperávamos tratar disso agora. Mas, ao admitir que a ministra Dilma é sua candidata, o presidente Lula provocou, ainda que inconscientemente, a aceleração desse processo nos Estados.

- Quais foram os efeitos da antecipação do calendário?

Isso está deixando as nossas bases muito preocupadas. Em todo lugar tem candidato do PMDB e do PT. Hoje, esse conflito está muito latente. Seria imprevisível o resultado de uma convenção do PMDB. Os atritos só ajudam o Serra, não a ministra Dilma. Por isso é importante conversarmos logo.

- Levarão o problema a Lula?

Sim.

- Quando?

Estávamos apenas esperando o presidente voltar da viagem ao exterior. Precisamos agir imediatamente, para que esses conflitos não permaneçam. Do contrário, pode ser comprometido um projeto nacional que nós queremos realizar com o presidente Lula, apoiando a candidatura Dilma. Quanto mais rápido acontecer essa conversa melhor para o PT, para o PMDB e para a ministra Dilma.

- Acha que Lula resolve?

A liderança do presidente Lula junto ao PT é decisiva. Ele será o grande condutor da campanha eleitoral de 2010. Queremos que o PT entenda o seguinte: se a prioridade do partido é eleger a ministra Dilma presidente, precisam respeitar as nossas prioridades. As forças estaduais são o grande patrimônio político do PMDB.

- Consideram a hipótese de Dilma não ser candidata?

Essa é uma possibilidade que ninguém pode descartar. Mas as notícias que nós temos sobre o estado de saúde da ministra são muito boas.

- E se a troca for inevitável?

Seja a ministra Dilma ou seja outro nome, precisamos ter uma candidatura que interprete esse governo, do qual fazemos parte e que tem um grande apoio popular. A idéia é dar continuidade. Hoje, quem representa esse projeto é a ministra Dilma. Mas se houver um bom entendimento com o PT, respeitadas as questões estaduais do PMDB, o mais importante é a continuidade do governo Lula, independentemente do nome que venha a ser apresentado pelo PT.

- Pretendem discutir com Lula o risco de saída de Dilma do páreo?

Não é o momento para isso. Seria até um desrespeito à figura da ministra Dilma. Seria também um desserviço à candidatura dela. O que nós queremos é fortalecê-la. Desde que, evidentemente, nossas pré-condições estaduais sejam respeitadas pelo PT.

- A demora conspira a favor de um PMDB pró-Serra?

Tem esse risco. Estou muito preocupado. Sabemos que há vários PTs. Temos que respeitar todas as tendências. Mas, em alguns Estados, o PT tem posições muito arraigadas. Temos o receio de que o presidente Lula e a ministra Dilma não tenham condições de conduizir esse processo como esperamos. É um receio muito agudo.

- Com que prazo trabalham?

Queremos definir tudo até o final do ano, para entrar em 2010 já sabendo o rumo que vamos tomar e o projeto que vamos construir –nacionalmente e nos Estados.

- Por que prefere Dilma a Serra?

Estamos participando do governo Lula. O apoio a uma candidatura de oposição, que se propõe a mudar os rumos do governo que ajudamos a fazer, seria incoerente. Mas, se houver demora, não posso negar que poderá haver desvio de conduta e a coisa se agravar. Daí a necessidade urgente de uma conversa com o presidente.

Escrito por Josias de Souza às 04h17

sábado, 23 de maio de 2009

Dilma nega pressão do PMDB por diretoria da Petrobras e critica CPI

MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília

Atualizado às 18h12.

A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) negou nesta sexta-feira que o PMDB esteja pressionando por mudanças na diretoria da Petrobras em troca de apoio ao governo na batalha contra a CPI da Petrobras no Senado. Dilma voltou a reagir contra a investigação e atacou o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A ministra subiu o tom das críticas e disse que no governo anterior a estatal era uma caixa-preta.

Alguns líderes do PSDB justificaram o pedido de investigação da Petrobras afirmando que a estatal é uma caixa-preta. "Essa história de falar que a Petrobras é uma caixa preta, a Petrobras pode ter sido uma caixa preta em 1997, 1998,1999, 2000. A Petrobrás de hoje é uma empresa com nível de contabilidade dos mais apurados do mundo. Porque caso contrário os investidores não a procurariam como sendo um dos grandes objetos de investimento. Investidor não investe em caixa preta deste tipo. Agora é espantoso que se refiram dessa forma à uma empresa do porte da Petrobrás.

A ministra disse que o governo não teme investigação, mas defendeu que seja realizada pelo Ministério Público ou pelo TCU (Tribunal de Contas da União). "Eu acredito que a Petrobrás é uma empresa tão importante, não só do ponto de vista estratégico pro Brasil, mas também por ser a maior empregadora, a maior contratadora de bens e serviços e a empresa que hoje ocupa e vai ocupar cada vez mais, a partir do pré-sal, um espaço muito grande, ela é uma empresa que tem de ser preservada. Acho que você pode, todos os objetos pelo menos os que eu vi da CPI, você pode investigar usando TCU, Ministério Público", disse.

Dilma saiu em defesa da estatal e disse que é uma das empresas mais fiscalizadas do mundo. "Ela é controlada pela Comissão de Valores Mobiliários. Como a Petrobras tem as suas ações abertas na bolsa de Nova York, foi criado depois do escândalo da Enron, lá nos EUA, uma lei que chama Sarbanes-oxley. É uma lei que é das mais rígidas no que se refere às demonstrações contábeis, a licitação pra controle do acionista e do investidor de todas as contas estratégicas da empresa", disse.

A ministra voltou a rechaçar a CPI destacando que a Petrobras como um símbolo nacional. "Acho que a Petrobras é importante não só pelo ponto de vista estratégico, mas porque é a maior empregadora e também a maior contratadora de serviços do país. Cada vez mais, a partir do pré-sal, a empresa vai ocupar mais espaço", disse.

Mudanças

Dilma descartou que o governo estude mudanças na diretoria da estatal. Segundo matéria de hoje de "O Globo", o PMDB quer usar a investigação para ampliar sua área de atuação na estatal.

O alvo dos peemedebistas seria o geólogo Guilherme Estrella, que comanda a diretoria de Exploração e Produção, a mais cobiçada pelos partidos da base aliada.

Dilma afirmou em seu retorno a Brasília que o PMDB não pressiona o governo. "O PMDB é nosso aliado. Não há sinal de alguém ter pedido isso para nós", afirmou.

Ela também saiu em defesa de Estrella. "O diretor Estrella é um dos melhores diretores da Petrobrás. É um homem íntegro, um técnico competentíssimo, é um geólogo de primeira, é o responsável por esta determinação e pelo pré-sal e, além disso, é um homem que a gente tem que honrar, pelo tempo de trabalho e pela integralidade. Então, o meu apoio pelo diretor Estrela é irrestrito", disse.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

FHC foi peça importante para ações de Dantas, diz Protógenes (Do Blog do Rovai)

(11/05/2009 10:52)

Na semana que vem chega às bancas a nova edição da Fórum, cuja entrevista de capa foi produzida por Moriti Neto, Glauco Faria e por este blogueiro.

Trata-se de mais uma contribuição desta revista para que o caso Dantas não caia no esquecimento, como parece ser o interesse de uma boa parte da mídia tradicional-comercial. Libero aqui, no momento em que a revista ainda está na gráfica, um aperetivo do seu conteúdo.



Fórum – Tendo como gancho essa questão de “sair às ruas”, o que você achou da declaração do ministro Joaquim Barbosa em relação a Gilmar Mendes?

Protógenes – O ministro Joaquim Barbosa pode sair às ruas. Entendo até que ele foi modesto na sua fala, na sua manifestação. Não foi uma manifestação só como cidadão, mas como ministro do Supremo, que merece respeito da população. Um ministro que honra a toga da Suprema Corte, a exemplo de outros também..



Fórum – Dantas é a cabeça do polvo, ou ele é um tentáculo?

Protógenes – Na minha avaliação, é um grande “gerentão”. Ele, a todo momento, ameaça as pessoas que têm ligações com ele; faz questão de externar; ameaçou inclusive dizer mentiras em torno da figura do filho do presidente do excelentíssimo senhor presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Não encontrei nenhum dado na investigação que levasse a provar que o filho do senhor presidente estivesse envolvido em seus negócios.

Está querendo ameaçar, impor temor em alguma coisa que ele saiba? É uma pessoa com um relacionamento extremamente comprometido dentro da República brasileira com determinados setores e segmentos. Ele construiu isso ao longo dos mais de vinte anos; ele não começou agora. Começo a identificar a figura do banqueiro Daniel Dantas já junto com o senador Antonio Carlos Magalhães. Ele surge ali como uma espécie de consultor, oráculo do segmento da economia brasileira, onde é tido como um gênio, mas um gênio financista do mal. Utiliza suas idéias pra praticar, desviar e fazer coisas não permitidas pela lei, que lhe proporcionassem esse crescimento, essa riqueza que ele acumulou e gerencia. (...)



Fórum – Dá pra mensurar a participação do FHC nesse império de Dantas?

Protógenes – Sim, ele foi uma peça importante, um propulsor importante no desenvolvimento dessas ações. Vou até mais além, não só nas ações de privatizações, mas também no seu comprometimento com o crescimento da dívida externa brasileira, e com fraudes na dívida externa brasileira. Os fatos por si só já falam o que isso representa.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Toma lá, dá cá: Políticos que empenharam mandatos por financiamento de campanhas, podem ser cobrados

Doações fragilizam senadores

Segundo levantamento feito pelo Estado com base nas prestações de contas entregues pelos partidos ao TSE, empresas que fecharem grandes contratos com a Petrobrás em 2008 doaram a partidos R$ 39,9 milhões para campanhas eleitorais.

A situação pode fragilizar a atuação dos senadores na CPI.

Opinião do Blog: O financiamento privado de campanha é um procedimento legal, mas é imoral.


Mais barganha:

Para controlar CPI, PMDB vai pedir diretoria do pré-sal

Renan Calheiros comanda ofensiva para tirar do PT cargo-chave na Petrobrás

O PMDB vai esperar a volta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está em viagem no exterior, para indicar os nomes dos senadores que vão integrar a CPI da Petrobrás, que investigará supostas irregularidades na estatal. O partido quer indicar um nome para a diretoria de Exploração e Produção da Petrobrás, conhecida como "diretoria de pré-sal", ocupada pelo petista Guilherme Estrella. "Quem tem prazo não tem pressa. Tenho uma bancada de 20 senadores e todos querem participar da CPI", disse o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL). Além da exigência de cargos na Petrobrás, o PMDB decidiu atrasar a indicação dos integrantes da CPI porque não consegue se entender com o PT. Os peemedebistas acusam Aloizio Mercadante (SP) de falar mais com a oposição do que com partidos do governo. A cúpula do PMDB afirma que o interlocutor do partido sempre foi Lula.(págs. 1 e A12)

O Estado de S. Paulo

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quarta-feira, 20 de maio de 2009

Partido Cristão se faz representar em evento do PTB



Roberto Jeferson - presidente nacional do PTB e Wilson de Carvalho - presidente estadual em MS do Partido Cristão



Senador Delcídio do Amaral (PT) ao lado do presidente estadual do PC - Partido Cristão



Ato de filiação ao PTB na Câmara Municipal de Campo Grande - MS


O presidente estadual do Partido Cristão em Mato Grosso do Sul, jornalista Wilson de Carvalho prestigiou no ultimo sábado solenidade de filiação do ex-governador de Mato Grosso do Sul ao PTB Pedro Pedrossian. O evento contou com a presença do presidente nacional da sigla ex-deputado federal Roberto Jeferson.
O convite ao representante do Partido Cristão em Mato Grosso do Sul partiu do presidente estadual do PTB Ivan Lousada. Na oportunidade Wilson de Carvalho destacou o trabalho que está sendo realizado em nível nacional pelos dirigentes da legenda. “Somos um partido que defende a família e luta pela paz”, disse Carvalho ao ex-deputado Roberto Jeferson.
O ex-governador Pedro Pedrossian, de 80 anos, que dois meses atrás havia se filiado ao PMN, deixou o partido para se filiar PTB. Ele, o filho ex-deputado federal Pedrossian Filho, a mulher Maria Aparecida e a filha Rosa, participaram do evento que celebrou as novas adesões ao PTB, no auditório da Câmara dos Vereadores, em Campo Grande. O senador Delcídio do Amaral, do PT, também participou da cerimônia.
É intenção dos petebistas lançar candidatura própria no ano que vem. Além dos Pedrossian, aparece como opção o ex-senador Levy Dias.
O empresário aquidauanense Zelito Ribeiro uma liderança importante na região sudoeste do Estado também aderiu ao projeto do PTB assinando ficha de filiação ao partido. Na oportunidade Zelito elogiou a luta dos dirigentes do Partido Cristão em nível nacional visando propiciar ao povo brasileiro uma nova opção partidária.
Wilson de Carvalho citou durante entrevista a imprensa decisão do presidente nacional do PC – Partido Cristão de que “não somos legenda de aluguel, não queremos cair na vala comum e vamos buscar um lugar de destaque no cenário político brasileiro”.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Por vagas em 2010, oposição modera ataques ao governo

Senadores de PSDB e DEM veem riscos de não reeleição no Norte e no Nordeste, regiões onde Lula é mais bem avaliado

No lugar de atacar políticas do governo Lula, a ordem é tentar "recontar a história" de ações sociais de FHC que culminaram no Bolsa Família

VERA MAGALHÃES
DO PAINEL, EM BRASÍLIA

Diante de um cenário de reeleição incerto em 2010, os principais expoentes de PSDB e DEM no Senado passaram a moderar as críticas pessoais ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos programas sociais do governo, sobretudo em discursos e entrevistas em suas bases.

A cautela é maior entre os políticos do Norte e do Nordeste, onde Lula ultrapassa 70% de aprovação. Dois fatos recentes acenderam a luz amarela: a virulência com que os lulistas se voltaram contra Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) por críticas ao Bolsa Família e o tom exaltado da propaganda do PPS sobre as mexidas na poupança.

O PSDB contratou o Instituto Análise para fazer pesquisas mensais com o eleitor sobre o governo. Os resultados mostram que a imagem pessoal positiva do presidente é o grande lastro da aprovação ao governo; e a paternidade dos programas sociais é totalmente atribuída à gestão petista. A ordem, a partir daí, é não centrar a crítica em Lula e tentar "recontar a história" das políticas sociais que desaguaram no Bolsa Família.

A diretriz foi pautada pelos elogios do presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), um dos que correm risco de não se reeleger, em seminário do partido na semana passada, em João Pessoa.

"Não venham dizer que somos contra ou não queremos continuar com o Bolsa Família. O programa nasceu no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e, se formos governo, e deveremos sê-lo, vamos ampliá-lo." Guerra disse que não é o caso de discutir "quem é o pai dos programas".

Em Pernambuco, as forças lulistas devem lançar dois candidatos ao Senado: o ex-prefeito de Recife João Paulo (PT) e o deputado e presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Armando Monteiro (PTB). Segundo um aliado dos tucanos, Guerra pode sair candidato a deputado e o senador Marco Maciel (DEM) ganharia uma "saída honrosa".

Situação semelhante será enfrentada por outros expoentes da oposição no Senado. O líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), que já ameaçou "dar uma surra" em Lula, hoje evita criticá-lo no Estado, onde sua popularidade já ultrapassou 80%. Ele diz que os programas sociais devem ser ampliados.

Virgílio deverá enfrentará o governador Eduardo Braga (PMDB), na disputa ao Senado. Mas, por decisão de Lula, os aliados do governo deverão lançar outro candidato. "A ordem do Lula é derrotar o Arthur", diz político ligado ao tucano.

No Rio Grande do Norte, além dos senadores José Agripino (DEM) e Garibaldi Alves (PMDB), entrará na disputa ao Senado a governadora Wilma Faria (PSB). Em sua fase mais "light", o líder do DEM aceitou acordo para tentar adiar a instalação da CPI da Petrobras.

Também devem enfrentar dificuldade Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Heráclito Fortes (DEM-PI). Para se viabilizar, Tasso dependeria de aliança com o governador Cid Gomes (PSB), o que dificultaria um palanque para o nome do PSDB ao Planalto no Estado. Heráclito deverá enfrentar o governador Wellington Dias (PT) e o senador Mão Santa (PMDB).

domingo, 17 de maio de 2009

Veja o que existe nos arquivos da Folha sobre o governo Yeda

Para ler as notícias, clique no seguinte LINK;


http://search.folha.com.br/search?site=online&q=Yeda&src=redacao

domingo, 3 de maio de 2009

Votação em lista: o acesso aos mandatos parlamentares não mais dependerão empresariado, mas dos "donos" dos partidos políticos

O Congresso pretende instituir a ditadura dos partidos: o voto em lista, isto é, usurpa o direito do povo votar em candidatos

Eis o que publica o Blog do Josias:


Congresso prepara ressurreição da reforma política

O Legislativo tentará, nesta semana, mudar de assunto.

Deseja arrancar das manchetes as transgressões éticas.

Em troca, vai oferecer o debate sobre reforma política.

Na mesa, proposta formulada por uma comissão de deputados.

Coordenou-a o deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS).

retende-se reservar a sessão de quarta (6) para esmiuçar o projeto.


Diz-se que há muito por reformar no sistema eleitoral brasileiro.

Congresso prepara ressurreição da reforma política

O Legislativo tentará, nesta semana, mudar de assunto.

Deseja arrancar das manchetes as transgressões éticas.

Em troca, vai oferecer o debate sobre reforma política.

Na mesa, proposta formulada por uma comissão de deputados.

Coordenou-a o deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS).

Pretende-se reservar a sessão de quarta (6) para esmiuçar o projeto.

Diz-se que há muito por reformar no sistema eleitoral brasileiro.

Mas o grupo sugere que os colegas se concentrem num par de temas:

1. Voto em lista;

2. Financiamento público das campanhas.

A prevalecer o item 1, o eleitor deixará de optar pelo candidato de sua preferência.

No encontro com as urnas, passará a votar apenas nas legendas.

Somados os votos, elegem-se os candidatos escolhidos previamente pelos partidos.

Quanto mais votos obtiver uma agremiação, maior o número de eleitos de sua lista.

Quem elabora a relação de candidatos? As cúpulas partidárias.

Vingando o item 2, o custeio das campanhas passaria a ser bancado pela Viúva.

Os partidos ficarão proibidos de correr o chapéu defronte de guichês privados.

Deseja-se, em suma, o seguinte:

Que o eleitor pague por um pleito no qual lhe será negado o gostinho de optar por este ou por aquele candidato.

A isso se resumiu a reforma política urdida nos subterrâneos do Congresso.

O par de idéias tem o apoio dos partidos que importam: PMDB, PT, PSDB e DEM.

Se levadas a voto, não são negligenciáveis as chances de que passem.

“Precisamos aprovar até o final de setembro”, diz Ronaldo Caiado (GO), líder do DEM.

Explica-se: para que possam vigorar em 2010, as novas regras precisam vir à luz um ano antes da eleição.

Na dúvida, a Justiça Eleitoral esboça regras mais rígidas para o manuseio de verbas em 2010.

Escrito por Josias de Souza às 04h47

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Lula defende passagens para mulheres de deputados

Rio de Janeiro, 1º mai (EFE).- O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu hoje os congressistas que usaram recursos públicos para pagar as passagens aéreas de suas mulheres quando estas os acompanharam em viagens a Brasília.

"Não acho que seja crime um deputado levar sua mulher para Brasília. Não considero crime um deputado dar uma passagem a um líder sindical para ir a Brasília (participar de debate)", afirmou o chefe de Estado em declarações à imprensa no Rio de Janeiro.

Apesar de ter condenado as viagens de parlamentares e familiares ao exterior, Lula qualificou como "hipócrita" o escândalo que surgiu no país pelas denúncias de que legisladores usam indiscriminadamente e até vendem as passagens a que têm direito e que são financiados com recursos públicos.

"É um debate hipócrita. Na medida que não era proibido, as pessoas faziam (as viagens). O problema do Brasil não é esse. Esse é um problema que pode ser corrigido por uma decisão da mesa diretora do Congresso", disse Lula.

O governante admitiu que quando era deputado convocava líderes sindicais para debates no Congresso, cujas passagens eram administradas por seu gabinete.

"Graças a Deus nunca levei um filho meu à Europa com essas passagens, mas não acho que seja um crime um deputado levar a mulher a Brasília", afirmou o presidente.

Lula reclamou o fato de o escândalo ter paralisado as votações no Congresso e adiado a discussão e a aprovação de projetos de lei importantes e de interesse para o país.
UOL