quarta-feira, 27 de maio de 2009

PARTIDOS MÉDIOS E PEQUENOS CONTRA O VOTO EM LISTA FECHADA QUE IRIA INSTAURAR O CACIQUISMO DOS LÍDERES DOS GRANDES PARTIDOS E A CASSAÇÃO DO ELEITOR

"Vamos para o tudo ou nada para barrar essa lista, que suprime a vontade do eleitor", diz o líder do PSB, Rodrigo Rollemberg (DF)

Painel

RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br

Unidos venceremos

Oito partidos, entre médios e pequenos, da base aliada se reúnem hoje para definir um plano de ação contra a proposta de voto em lista fechada nas eleições proporcionais. A sopa de letras inclui PSB, PDT, PTB, PP, PR, PST, PMN e PRB e representa 168 deputados, ou 32,7% da Câmara.
O ensaio para a votação da lista fechada acontece amanhã, com a discussão do requerimento de urgência. O recém-formado "G8" deve anunciar que vai obstruir todos os projetos a partir de hoje, exigindo votação nominal.

O grupo acredita que terá o apoio de setores do PMDB e do PSDB, partidos que, majoritariamente, apoiam a mudança. "Vamos para o tudo ou nada para barrar essa lista, que suprime a vontade do eleitor", diz o líder do PSB, Rodrigo Rollemberg (DF).


Assim não. Além das objeções feitas por diferentes siglas, a lista fechada enfrenta uma resistência poderosa e suprapartidária: a bancada evangélica, que reúne quase 70 deputados, não quer nem ouvir falar em tal inovação.

Mudou o vento. Diante da progressiva resistência do governo em ceder espaços no comando da CPI da Petrobras, a oposição concluiu que Lula deve ter recebido da direção da estatal relatos preocupantes sobre o potencial de estrago da investigação.

Na baixa. Do senador Alvaro Dias (PSDB-PR), sobre o discurso governista de que a CPI poderá desvalorizar as ações da Petrobras: "É bom mesmo que o preço caia. Aí a gente vai lá e compra".

Tijolo... Cotado para ocupar uma das vagas do PMDB na CPI, Valdir Raupp possui estreita ligação com empreiteiras contratadas pela Petrobras desde quando governou Rondônia (1995-1998). Em 2006, construtoras financiaram a eleição de sua mulher, Marinha Raupp, à Câmara.

...por tijolo. Somente a Alusa Engenharia, doadora da campanha de Marinha, detém mais de R$ 1,5 bilhão em contratos com a empresa.

Encaixe. Uma CPI dura 180 dias. Quase todas são prorrogadas por mais 180. Caso comece a funcionar na semana que vem, a comissão da Petrobras corre o risco de "colar" na campanha de 2010.

Day after 1. Embora vários ministros do Supremo tenham se incomodado com as ausências de Ellen Gracie durante a campanha pela vaga na corte de apelação da OMC, o discurso dominante agora na Corte é o de que ministra é uma "colega querida" e que sua derrota para o mexicano Ricardo Ramirez foi ditada por "razões geopolíticas".

Day after 2. Os ministros consideram que não demonstrar solidariedade a Ellen Gracie neste momento desvalorizaria o próprio STF. Além disso, vários demonstram alívio com o fato de que ficou adiado o projeto petista de emplacar no Supremo o advogado-geral da União, José Antonio Dias Toffoli.

Fim de novela. Depois de dois anos de disputa judicial, a Link desbancou a De Brito e ficou com um dos lotes da conta de publicidade dos Correios, um contrato de R$ 23 milhões anuais. Outra cota, no valor de R$ 45 milhões, está com a Artplan. A terceira, que teve a decisão anulada, depende de nova licitação.

Divórcio à vista. A UnB ameaça descredenciar a Fubra, uma das fundações de apoio a pesquisas ligadas à universidade, caso a entidade não atenda à exigência de que a reitoria controle 50% do conselho de administração.

Visitas à Folha. Marcos Vilaça, ministro do Tribunal de Contas da União, visitou ontem a Folha.

Sérgio Barradas Carneiro (PT-BA), deputado e procurador parlamentar, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Bertha Pellegrino, assessora de imprensa.

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