segunda-feira, 31 de maio de 2010

Encontro do PDT em Aquidauana: Dagoberto diz que Zeca vence as eleições no primeiro turno


O deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT) acredita que não haverá segundo turno nas eleições para o Governo de Mato Grosso do Sul. O parlamentar, que é pré-candidato ao Senado e presidente regional do PDT no Estado participou, neste sábado, do encontro regional do partido em Aquidauana, realizado na Câmara de Vereadores da cidade.


Ao falar para um plenário lotado, Dagoberto disse da aliança do PDT com o Partido dos Trabalhadores e da pré-candidatura de Zeca do PT ao Governo. “O Zeca cresce dia-a-dia nas pesquisas feitas em todas as regiões de Mato Grosso do Sul. O PDT foi o primeiro partido a se unir com o PT nesta caminhada, não só para o Governo de Mato Grosso do Sul, mas também para a presidência da República. Os números estão aí, a vontade da população está aí, por isso, tenho certeza da vitória do Zeca já no primeiro turno”, disse ele.


O pré-candidato ao Senado criticou o governo Fernando Henrique Cardoso para citar que, ao contrário, “o governo Lula fortaleceu as empresas estatais, recuperou os salários e serve de exemplo a outros países, que ainda sentem os reflexos da crise internacional”.


O encontro deste sábado do PDT, em Aquidauana, reuniu pré-candidatos à Câmara Federal e à Assembléia Legislativa, além de lideranças do partido de 13 municípios da região sudoeste do Estado. Para o pré-candidato a deputado e ex-prefeito de Aquidauana, Felipe Orro, a região sudoeste foi abandonada pelo atual Governo. “O único frigorífico instalado no município está fechado e a indústria metalúrgica só foi implantada por causa de gestões realizadas pelo Dagoberto”, disse ele para defender um programa de desenvolvimento sustentável para a região, como o turismo.


O presidente de honra do PDT, João Leite Schimidt, acredita no processo eleitoral para mudar situações não resolvidas e que desagradam a população. “O povo já decidiu. A eleição é boa porque tem prazo de validade e o eleitor sabe disso”, comentou.


Participaram do encontro regional lideranças de Antônio João, Anastácio, Aquidauana, Caracol, Bela Vista, Bodoquena Bonito, Dois Irmãos do Buriti, Guia Lopes da Laguna, jardim, Miranda, Nioaque e Porto Murtinho. Os municípios de Dourados, Bandeirantes e Terenos também foram representados.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Críticas podem acentuar queda de Serra, dizem analistas

Estadão/LB

Em queda nas pesquisas de intenção de voto, o pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, temperou nos últimos dias seu discurso com críticas à adversária Dilma Rousseff (PT) e ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A estratégia: contrapor ao máximo Serra a Dilma. Os líderes tucanos acreditam que, em debates públicos, o ex-governador levaria a melhor. Analistas políticos, no entanto, ponderam que os ataques nem sempre são bem recebidos pelos eleitores e podem fazer Serra cair ainda mais nas pesquisas de intenção de voto.

"O eleitor não gosta de ataques porque sente que deixou de ser o foco do candidato", explica o cientista político e consultor de marketing político Rubens Figueiredo. "Só o eleitor-torcedor gosta de ataque e este já está convicto sobre em quem votará." O professor Roberto Romano, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), reforça:

"É preciso dosar prudentemente a carga." Desde a semana passada, duas pesquisas de intenção de voto já apontavam a queda de Serra e o crescimento de Dilma.

Na sexta-feira o tucano acusou a existência de "patrimonialismo selvagem" e "bolchevismo sem utopia" no governo federal. No sábado, o Instituto Datafolha mostrou empate entre Serra e Dilma, ambos com 37% das intenções de voto.

A diferença entre os dois era de 12 pontos em abril. Serra voltou à carga na terça-feira, em sabatina com os presidenciáveis promovida pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI). Reclamou do formato do evento, que não permitia o debate entre os candidatos, e ironizou a fala de Dilma, dizendo não ter entendido as opiniões da petista em relação à questão tributária e à macroeconomia.

Ontem, o tucano atacou o governo boliviano, de Evo Morales, próximo a Lula. Disse que o país faz "corpo mole" e é "cúmplice" no tráfico de drogas para o Brasil. Para Figueiredo, as declarações de Serra sobre a Bolívia podem ter sido acidentais.

"Algumas coisas escapam. Ninguém é máquina. Não sei se ele pensou bem no que disse sobre a Bolívia", afirmou o analista. Mesmo assim, ele não acredita que as declarações impactem a opinião do brasileiro.

"A política externa não é uma preocupação para os eleitores." Figueiredo afirmou que Serra precisa afinar o discurso e passar a mostrar de que forma pretende melhorar a vida do povo. "A estratégia de comparar currículo com Dilma e não atacar Lula revelou-se ineficiente.

Bastou um programa partidário do PT na televisão para Dilma empatar com ele", disse o analista. "Serra passou a ser mais agressivo, mas não empolga a massa de eleitores falando de temas como patrimonialismo e autonomia do Banco Central."

domingo, 16 de maio de 2010

Prefeito de CG, Nelsinho Trad, acha que Lula é o maior presidente que o Brasil teve e que está disposto a correr riscos por Dilma


Valdelice Bonifácio
Reginaldo Coelho

O prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB) usou hoje declaração do candidato a presidente da República pelo PSDB, José Serra, que mencionou, nesta semana durante visita a Pernambuco, que o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, está acima do bem e do mal. “O próprio candidato [Serra] disse isso que o Lula está acima do bem e do mal. E é o que eu também acho”, afirmou durante entrevista coletiva na Santa Casa de Campo Grande.

Ainda em entrevista coletiva, o prefeito admitiu, pela primeira vez, que de fato vive um “imbróglio” com o governador André Puccinelli (PMDB). André está cada dia mais próximo de declarar apoio ao tucano José Serra enquanto prefeito quer apoiar a petista Dilma Rousseff. Contudo, Nelsinho reitera que sua prioridade é a reeleição de André Puccinelli.

“Vou conversar com o André. Eu já disse pra vocês que a minha prioridade é a reeleição dele. Vou estar na rua pedindo votos para governador sim. Mas aí, eu vou conversar com ele para saber como a gente sai deste imbróglio”, disse o prefeito respondendo ao questionamento sobre a possibilidade de ficar em palanque separado ao de André Puccinelli nas eleições presidenciais.

Nelsinho sabe que além de provocar uma confusão local no PMDB ficando em palanque oposto ao de André estará se expondo a um risco político. Antigos aliados como PSDB e DEM que tem Serra como presidenciável avaliam que o prefeito pode prejudicar seu projeto de eleger governador em 2014. O problema é que quando procurar a parceria com estas siglas ela poderá ser negada.

“Eu sei disso [sobre os riscos]. Mas, um ser humano tem que agir de forma verdadeira. Ele não pode ter medo das suas decisões. Você pode até errar. Mas o que eu posso fazer se eu acredito nisso [projeto de Lula]”, respondeu.

“Eu acredito no Lula. Eu acho que ele é o maior presidente que o Brasil teve. Nós nunca avançamos como a gente avançou. Isso eu não posso negar. Agora, quem que representa este projeto?”, questionou esperando que os repórteres responderem “Dilma”. “É o que eu penso. Eu estou convicto disso. É minha convicção”, salientou.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

O DEM não indicará o vice de Serra: a vaga está entre Itamar Franco (PPS) e o senador Francisco Dornelles (PP)

O título destas postagem é a transcrição do último parágrafo do Resumo de Notícias do Jornal do Brasil, publicado hoje, cujo teor é o seguinte:

"Manchete: "Não vejo como o PT perder a eleição"

Em entrevista ao jornal espanhol El País, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi categórico quanto ao que espera das eleições.

"Ganhe quem ganhar, ninguém fará disparate. O povo quer seguir caminhando e não voltar para trás.

Mas não vejo a possibilidade de perdemos", afirmou, rejeitando um "lulismo" quanto ao mérito numa eventual vitória de Dilma Rousseff (PT).

O ex-presidente Fernando Collor disputará o governo de Alagoas e vai apoiar Dilma, embora o PTB esteja com o candidato do PSDB, José Serra.

O DEM não indicará o vice de Serra: a vaga está entre Itamar Franco (PPS) e o senador Francisco Dornelles (PP).

(págs. 1, País e Informe JB A4)

A noticia correspondente ao título desta postagem confirma a hipótese, formulada por este blogueiro, em absoluta primeira mão, há mais de seis meses, como comprova nosso comentário, publicado no Blog "A GARRAFA: Jornal online em Lambari (Painel do Paim)", na segunda-feira, 26 de outubro de 2009. sob título:

EX-PRESIDENTE ITAMAR FRANCO NÃO É "CARTA FORA DO BARALHO SUCESSÓRIO", como se comprova, ao acessar a postagem original, através do seguinte LINJK:

http://agarrafalambari.blogspot.com/2009/10/ex-presidente-itamar-franco-nao-e-carta.html

e que se acha transcrita a seguir:

Edson Paim escreveu:



Como na lenda do Fenix, pássaro mitológico do Egito, na antiguidade clássica, segundo relatos de Heródoto e Plutarco, resurgia das suas próprias cinzas, Itamar Franco que, como vice de Collor foi guindado à Presidência da República, agora, reaparece repentinamente, como vice-presidente do PPS e defensor da candidatura de Aécio Neves, Governador de Minas e neto de Tancredo Neves, para complicar, mais ainda, o jogo sucessório presidencial.

Três partidos que disputam, hoje, o espólio da UDN: o PPS (ex-Partido Comunista Brasileiro - PCB) e que forma com o DEM a ala direita da política brasileira, tendo ao seu lado, o PSDB (pseudo democracia social brasileira), capitaneado pelo neo-liberal FHC, acrescidos do PMDB de alguns estados, os quais farão, nas próximas eleições, o contraponto ao bloco governista, constituído por um elenco de partidos, tendo à frente o PT e o PMDB "chapa branca", possuindo uma candidata oficial, a ministra Dilma Roussef e um candidato "estepe", Ciro Gomes, destinado a ser a "tábua de salvação", no caso de Dilma não decolar.

Neste cenário, surge uma "trinca" de atores: Itamar Franco, Aécio Neves e o ex-deputado federal Roberto Freire (PE) que foi reconduzido à Presidência do PPS, os quais representam três importantes "trunfos" que poderão ter atuação decisiva na definição do quadro sucessório, tanto mais que Itamar que apoia e aposta na candidatura de Aécio, mas é um possível candidato a Vice-Presidente, na chapa de José Serra, o que seria inviável no caso da candidatura de Aécio, por serem ambos do mesmo estado - Minas Gerais e, pelo mesmo motivo, Michel Temer ou Orestes Quércia não poderiam ser vice de Serra.

Se política é como nuvens, como já dizia Benedito Valadores, uma "raposa felpuda", da maior escola de política que o país ja teve, o PSD mineiro, a coisa se complica quando entra em cena o ex-prefeito de Juiz de Fora, ex-governador do estado montanhês e ex-Presidente da República, Itamar Franco, tradicional militante da UDN mineira e principal responsável pela candidatura de FHC, que ao introduzir e se beneficiar do casuismo do segundo mandato, frustrou a candidatura de Itamar, motivo pelo qual ele pode se transformar numa "pedra no sapato" de José Serra, o principal pupilo do criador do segundo mandato, a menos que venha a ser guindado como companheiro de chapa do governador de São Paulo.

Como o DEM não reivindica a vice na chapa da oposição, aumenta a chance do PPS, de Roberto Freire, "emplacar" Itamar Franco, nessa vaga, reditando a política "café com leite", formada pelos dois maiores colégios eleitorais da federação, vigente antes da revolução de 1930, complicando, assim, a vida de Lula e de sua pupila Dilma e, forçando o presidente e a banda governista do PMDB a lançar, como vice, o Ministro das Comunicações, Hélio Costa, do PMDB mineiro, em detrimento da candidatura do paulista, Michel Temer, até agora, considerada como a mais provável.

Pior que isto, para a candidata situacionista, só mesmo se, diante da indecisão de Serra, prevalecer o lançamento de Aécio Neves, mais competitivo que o governador paulista e representando o "novo", sem o estigma de perdedor e sem os "ranços" de continuismo da era FHC, impedindo, destarte, uma disputa plebiscitária como é desejo do patrocinador da candidatura da Ministra Dilma.


http://agarrafalambari.blogspot.com/2009/10/ex-presidente-itamar-franco-nao-e-carta.html

domingo, 9 de maio de 2010

NÃO BOICOTE A FICHA LIMPA!

Clique no seguinte LINK para acessar a matéria

http://www.avaaz.org/po/mobilize_ficha_limpa/?cl=564709606&v=6115

terça-feira, 4 de maio de 2010

Sem citar Serra, Marina diz que não faz de "cultos um palanque eleitoral"

do UOL Eleições

Antonielle Costa
Especial para o UOL Eleições
Em Cuiabá

A pré-candidata à Presidência da República Marina Silva (PV) afirmou em Cuiabá (MT), nesta terça-feira (4), em um evento da Igreja Assembleia de Deus que não faz desse tipo de encontro um palanque para disputa eleitoral. “Se acompanhar minha trajetória desde 1997, nos finais de semana participo de congressos, encontros, mas nunca fiz dos cultos um palanque eleitoral para disputa política e nunca farei”, disse a senadora.

O presidenciável tucano José Serra participou de encontro religioso da Assembleia de Deus em Camboriú (SC), no último sábado (01), que recebeu dinheiro do governo de Santa Catarina e da Prefeitura de Camboriú, segundo informou reportagem da "Folha de S.Paulo"go. No evento, Serra foi saudado como futuro presidente.

Marina disse ainda que sua candidatura é “transpartidária”, se referindo ao fato de receber apoio de grupos que estariam fora das coligações do PV em muitos Estados. “Em vários Estados temos membros de partidos políticos que possuem candidatura própria, mas me apóiam em função do meu projeto e das minhas ideias. No Acre, por exemplo, apoiarei o candidato ao governo do PT. Minha candidatura é transpartidária”, afirmou a senadora em entrevista coletiva na capital mato-grossense.

Em Mato Grosso, existe a expectativa de que os presidenciáveis José Serra, Dilma Rouseff (PT) e Marina Silva dividam o mesmo palanque na candidatura do empresário Mauro Mendes (PSB) ao Governo do Estado. O partido socialista e o PDT estão fechados em torno da campanha de Dilma e o PPS integra a coligação que tem Mendes como pré-candidato, mas pedirá voto para José Serra. Além disso, Mendes tem o apoio do PV.

Afastada do Senado de forma temporária, Marina afirmou que deve retornar ao Congresso Nacional, para votar o projeto “Ficha Limpa”. “Me afastei do Senado temporariamente, sem remuneração, por entender que precisava de mais tempo para a campanha e ainda para fazer uma revisão pragmática dos projetos do PV. Como posso retornar ao cargo a qualquer momento, voltarei para votar a favor do projeto "Ficha Limpa", mesmo entendendo que algumas alterações subtraíram o rigor no combate da ilegalidade”, disse.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Apuração parcial do PT coloca Pimentel à frente de Patrus

Petistas foram para as urnas ontem defendendo a candidatura própria

Matheus Jasper
Especial para O Tempo

O PT realizou, ontem, as prévias para escolha do candidato ao governo do Estado. No último boletim divulgado ontem pelo partido, com 38,6% dos votos apurados (233 municípios, incluindo a capital), o ex-prefeito Fernando Pimentel obteve 52,4% dos votos (6.889) e o ex-ministro Patrus Ananias, 47,6% (6.269). O comparecimento dos militantes foi considerado baixo. Em Belo Horizonte, por exemplo, o colégio eleitoral é de 11.280 votantes, mas compareceram às urnas 3.636 pessoas (aproximadamente um terço).

As prévias foram marcadas pela defesa da candidatura própria. É que o PT em Minas sofre às pressões das cúpulas nacionais do próprio partido e do PMDB para que a base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha candidato único no Estado, o que significa que ainda deve ter, entre o vencedor das prévias e o PMDB, que tem o senador Hélio Costa como pré-candidato, uma outra negociação.

Ontem, o secretário geral da Presidência, Luiz Dulci (PT), negou que o nome do senador Hélio Costa seja o defendido por Lula para a cabeça de chapa. "Eu não vi essa declaração do presidente Lula. As informações são de terceiros que, muitas vezes, estão interessados nisso. Falam não aquilo que o presidente pensa, mas aquilo que eles próprios querem que aconteça", afirmou Dulci.

Patrus Ananias rechaçou a possibilidade de a eleição em Minas ser usada como moeda de troca para a assegurar o acordo nacional entre PT e PMDB em torno do apoio a pré-candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff. "Na história do Brasil e na história do PT, Minas Gerais nunca foi tratado como moeda de troca. Eu não tenho conhecimento de nenhuma decisão já tomada. Qualquer acordo a ser feito terá que ter a participação efetiva da militância do PT", afirmou.

Já Pimentel foi enfático ao afirmar que Dilma terá apenas um palanque em Minas. Mas, ele deixou claro também que ainda não foi resolvido qual das duas siglas terá a cabeça de chapa.

Escolha
Critérios. Luiz Dulci defendeu que as pesquisas não devem ser o único aspecto para escolha do candidato da base: "Quando Patrus foi eleito prefeito com 60%, no início, ele tinha 2% das intenções do voto".

À disposição

O deputado federal Virgílio Guimarães (PT) afirmou ontem, durante a votação das prévias, que o partido trabalha com a tese da candidatura única objetivando ganhar a eleição já no primeiro turno. “O acordo do palanque único é a nossa posição. Nós não aceitamos a ideia, que beneficia demais o Palácio da Liberdade, de eleições em dois turnos. A nossa matéria-prima é o tempo, e o tempo é nosso. Vamos ter um palanque único para ter a vitória em primeiro turno”, afirmou.

Apesar de defender que uma possível aliança com o PMDB seja encabeçada por um candidato a governador do PT, Virgílio não descartou a chance de ser o vice de Hélio Costa. “Meu nome está disponível para qualquer eventualidade. Mas, nesse momento, o meu nome está inscrito para a disputa ao Senado e eu poderia, inclusive, para ajudar na unidade, não ser candidato a nada”, afirmou Virgílio.

O petista garantiu não querer mais disputar uma vaga como deputado federal. (MJ)

Esvaziamento

Como já era esperado pelos próprios pré-candidatos, as prévias do PT não mobilizaram muitos militantes. Pela manhã, na sede municipal do partido em Belo Horizonte, alguns chegaram a estranhar a pequena movimentação. “Não é aqui a votação da (região) Centro-Sul? Estou sentido o pessoal desanimado”, afirmou uma das militantes.

O pleito aconteceu com um clima respeitoso entre os candidatos e com tranquilidade nas zonas de votação. Ontem, o presidente do PT mineiro, deputado Reginaldo Lopes, disse que o ideal seria que as prévias não acontecessem, mas ele acredita que elas agora construirão a unidade do partido no Estado.

“Eu acho que a prévia, como diz o meu presidente (do PT) José Eduardo Dutra, é um final horroroso, mas é preferível do que um horror sem fim. A gente poderia ter construído, desde o ano passado, uma maioria política, em que o candidato sairia muito fortalecido para a tese do palanque único. Mas preservamos e garantimos a democracia interna com o último instrumento para garantir a união, que são as prévias. E, a partir de amanhã (hoje), já teremos candidato”, afirmou.

A apuração dos votos termina ainda hoje por volta das 14h. Uma coletiva está marcada para as 18h, quando deve ser anunciado oficialmente o nome do vencedor. (MJ)
Publicado em: 03/05/2010

domingo, 2 de maio de 2010

A disputa pelo Estado (Emir Sader - Carta Maior)

Quando Fernando Lugo foi eleito presidente do Paraguai, The Economist disse, em editorial, que aquele seria o último presidente de esquerda a ser eleito na América Latina. A chegada da crise mudaria a pauta, que estaria centrada em temas propícios à recuperação da direita – ajuste fiscal e violência.

Qualquer candidato que pregue diminuição de impostos e mão dura na segurança pública sai na frente nas pesquisas. A primeira proposta apela para a desqualificação do Estado, que arrecadaria em excesso e não daria retorno em serviços à massa da população. Não importa que tipo de dessolidarização significaria pagar menos impostos, recorta-se a relação apenas com uma entidade abstrata – “Estado” -, sem levar em conta que a grande maioria dos gastos estatais são para contratar pessoal que atende a massa – em geral pobre – da população, como enfermeiras, professores, assistentes sociais. O inimigo não é a injustiça, a miséria, a falta de direitos para todos, mas se concentraria no Estado – vítima privilegiada do neoliberalismo.

O problema seria mais grave porque, mais recentemente, a mesmo The Economist afirmou que o Brasil seria um caso perdido para o liberalismo, porque, segundo eles, o voto sendo obrigatório e os pobres gostando do Estado – que é quem concede direitos -, os liberais nunca conseguiriam triunfar.

Acontece que, quem garante direitos, é o Estado. Quem coordena planos de casas populares, é o Estado. Quem desenvolve planos de contenção da maior crise econômica internacional, é o Estado. Quem pode redistribuir renda, mediante programas sociais, contrapondo-se em parte às desigualdades produzidas pelo mercado, é o Estado.

É, ou pode ser o Estado, na dependência de quem o dirige, da concepção que preside sua atuação. Na crise de 1999, o governo FHC subiu a taxa de juros a 48%, isto é, levou o país a uma profunda e prolongada crise, que teve como conseqüência a assinatura por aquele governo de mais uma Carta de Intenções com o FMI e a reiteração das medidas anti-sociais que essa carta contém.

Olhando para a recente crise mundial– consensualmente considerada a mais grave crise econômica desde 1929, terminando com a equivocada versão de que o governo Lula se dava bem porque contava com um entorno internacional favorável. -, podemos imaginar como estaríamos se o Brasil estivesse sendo governada por Alckmin, que tinha proposto o retorno ao Estado mínimo, a uma reinserção internacional como a propõe agora Serra, de ruptura das alianças com o Sul do mundo e vínculos carnais com os EUA. Teríamos uma crise como a mexicana.

O papel do Estado foi o diferencial entre a atuação do Brasil na crise de 1999 e na crise recente. Naquela, a ação do governo foi de multiplicar a crise. Nesta, o governo acionou todos os mecanismos anti-cíclicos para diminuir os efeitos da crise. Naquela crise, o Brasil foi jogado numa crise profunda e prolongada. Nesta, saímos da crise de forma relativamente rápida. Naquela, o povo pagou o preço mais caro da crise, elevando-se ainda mais o desemprego, o trabalho precário, a taxa de juros. Nesta, buscou-se resguardar o nível de emprego, de salários, as políticas sociais foram mantidas e até estendidas.

Daí que a luta pelo controle do Estado se torna tema e objetivo central da campanha eleitoral deste ano. Para que volte a ser instrumento dócil da acumulação privada – como foi nos processos de privatização levado a cabo pelos tucanos, unanimemente, sem voz dissonantes no seu ninho – ou para que seja o grande promotor do desenvolvimento com distribuição de renda, da soberania nacional e do combate à desigualdade e à injustiça social.

Postado por Emir Sader às 04:58

sábado, 1 de maio de 2010

Dilma, Lula e Marina vão a festas de 1º de Maio; Serra participa de evento evangélico

do UOL Eleições

Do UOL Eleições
Em São Paulo

Neste 1º de maio, Dia do Trabalho, a pré-candidata à Presidência pelo PT, Dilma Rousseff, participa, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, das festas organizadas pelas centrais sindicais CUT (Central Única dos Trabalhadores) e Força Sindical, em São Paulo. Por sua vez, o pré-candidato do PSDB ao Planalto, José Serra, deve ir a Santa Catarina para participar de um encontro de evangélicos. A exemplo de Dilma, a senadora Marina Silva (AC), que pretende concorrer à Presidência pelo PV, também comparecerá a eventos de centrais sindicais na capital paulista.

Esta será a primeira participação de Lula nos eventos do Dia do Trabalho desde que tomou posse, em 2003. Junto de Lula e Dilma, subirão aos palcos os pré-candidatos petistas ao governo paulista, senador Aloizio Mercadante, e ao Senado, Marta Suplicy. Já a agenda de Serra prevê sua visita ao 28º Congresso Internacional de Missões dos Gideões Missionários da Última Hora, que ocorre em Camboriú (a 87 km de Florianópolis). Um dos participantes do evento é o presidente nacional do PSC, pastor Everaldo Pereira, cuja sigla o PSDB tenta unir em sua coligação.

A estratégia petista é tentar colar em Dilma a imagem histórica de líder sindical de Lula no maior colégio eleitoral do país, onde Serra leva vantagem sobre a petista nas pesquisas de intenção de voto. Já Serra optou por não dividir as atenções com o presidente no local de nascimento de sua carreira política. Além disso, o tucano teria escolhido o evento evangélico para evitar um embate direto com sindicalistas, principalmente depois das greves de servidores públicos realizadas em março em São Paulo.

O presidente Lula deve chegar por volta das 11h na festa da Força Sindical, na praça Campo de Bagatelle, zona norte de São Paulo. Além dos discursos de políticos presentes, o palco da Força terá shows de Chitãozinho & Xororó, Daniel, João Bosco & Vinícius, KLB, Leonardo, entre outros. Serão sorteados 19 carros e um apartamento. O evento começa às 7h, e a organização estima reunir 1 milhão de pessoas.

Lula, Dilma e Mercadante devem chegar por volta das 17h à festa da CUT, marcada para começar às 10h no Memorial da América Latina (Barra Funda). A central sindical programou shows com Milton Nascimento e Carlinhos Brown. É esperada a participação de 35 mil pessoas.

Marina Silva participará das festas do Dia do Trabalho realizadas pelas centrais sindicais CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), NCST (Nova Central Sindical dos Trabalhadores) e União Geral dos Trabalhadores (UGT). Antes disso, pela manhã, ela visita uma empresa produtora de açúcar orgânico na cidade de Sertãozinho e se reúne com lideranças de trabalhadores rurais na Câmara Municipal de Ribeirão Preto.