terça-feira, 23 de setembro de 2008

Odilon Ribeiro pode ter candidatura cassada em Aquidauana

Carolina Acosta - FM PAN de Aquiauana - MS

Sem prestar contas à Justiça Eleitoral, o candidato a prefeito de Aquidauana, fazendeiro Odilon Ribeiro (PDT), pode ter a sua candidatura cassada. A ação, impetrada na 10ª Zona Eleitoral e movida pela coligação "Aquidauana tem Futuro", pede a cassação do registro da candidatura e é baseada no fato de Ribeiro ter apresentado suas contas, à Justiça Eleitoral, sem que houvesse nenhum gasto especificado, conforme determinação legal.

Segundo o advogado André Beda, os gastos de Ribeiro são públicos e estão expostos nas ruas de Aquidauana. "Ele não pagou carros de som, posto de gasolina, santinhos, adesivos, placas e demais materiais de campanha? Tudo isso tem um custo e, com certeza, não foi custo zero", disse o advogado.

"Deixar de prestar contas ou prestá-la de forma fraudulenta é motivo de cassação de registro de candidaturas. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) tem sido rigoroso com os políticos nas prestações de contas, inclusive cassando diplomas e mandatos",
afirmou Beda.

Carro de assessor

Na semana passada, um veículo pegou fogo no comitê de Odilon. Imediatamente, o seu advogado Antônio Trindade acusou o adversário político de Ribeiro - sem provas ou conclusões da Policia Civil -, de ter sido autor ou mandante do incêndio.

Para o candidato a prefeito Fauzi Suleiman (PMDB), tal acusação sem consistência é fruto do desespero de quem está perdendo as eleições. Ao ser perguntado sobre o fato, o candidato que lidera as pesquisas de intenções de votos em Aquidauana disse, demonstrando indignação: "O que ganharíamos com isso?"

"Eu enviei um ofício para o secretário de Justiça e Segurança Pública, pedindo apuração do fato, pedi providências à Justiça Eleitoral e para a Polícia Federal, fui eu quem pediu, não eles. Agora sou eu quem quer uma apuração rigorosa dessa história. Já disputei duas eleições e nunca usei deste expediente, estou liderando as pesquisas e não tenho índole nem motivo para fazer uma coisa dessas. Estão brincando com a Justiça e com a opinião pública, querem se passar por vítimas", declarou com tranqüilidade Fauzi.

Histórico em culpar oposição

Costumeiramente, o grupo do prefeito de Aquidauana culpa a oposição pelas mazelas ou problemas que surgem na sua administração. A mais recente culpa atribuída à oposição foi o incêndio do carro de um assessor do candidato, que é tio de Luiz Felipe Ribeiro Orro (PDT). Num outro episódio, a casa do pai do prefeito Luis Felipe Ribeiro Orro foi pichada e ele, novamente sem provas, se apressou em acusar a oposição. Até agora nenhum culpado foi encontrado.

Sobre esse fato, alguns sites de notícias de Aquidauana realizaram enquetes e a resposta da população, com mais de 80% da opinião pública, foi que acreditavam ser armação do prefeito, tentando se passar por vítima. Naquele momento Aquidauana vivia uma epidemia de dengue e a oposição ao prefeito crescia nas ruas e no meio político.

Assessoria do candidato do PMDB a prefeito de Aquidauana.

sábado, 13 de setembro de 2008

Saiba mais sobre Roberto Jefferson, pivô da crise no governo Lula

13/06/2005 - 14h17

da Folha Online
da Folha de S.Paulo

Pivô da crise que o governo Luiz Inácio Lula da Silva atravessa, o presidente do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ), 51, acusado de envolvimento em um suposto esquema de corrupção nos Correios, denunciou, em entrevista publicada pela Folha de S.Paulo, que congressistas aliados recebiam o que chamou de um "mensalão" de R$ 30 mil.

O deputado que fez as denúncias foi militante da tropa de choque do presidente Fernando Collor e sobreviveu a momentos turbulentos da política nacional. Além do processo de impeachment de Collor, resistiu à outra CPI, a do Orçamento.

Em 1993, seu nome foi citado entre os envolvidos no esquema de propina na Comissão de Orçamento. Em 1994, durante depoimento, Jefferson chorou por duas vezes, lamentando o fato de sua família ter sido exposta.

No relatório, foi incluído na lista de 14 parlamentares sobre os quais seria necessária maior investigação. Seu capítulo ocupou uma página do relatório do hoje desafeto Roberto Magalhães (PE). Nele, a conclusão era que, com crédito total de US$ 470 mil em cinco anos, seu patrimônio e movimentação bancária seriam compatíveis com o rendimento. A Subcomissão de Patrimônio teria constatado, porém, a existência de bens não declarados à Receita.

"Mensalão

Segundo Jefferson, o dinheiro do "mensalão" vinha de estatais de empresas privadas e chegava a Brasília "em malas" para ser distribuído em ação comandada pelo tesoureiro do PT, Delúbio Soares, com a ajuda de "operadores" como o publicitário Marcos Valério e o líder do PP na Câmara, José Janene (PR).

Sérgio Lima/Folha Imagem
O deputado Roberto Jefferson
O deputado Roberto Jefferson
O presidente do PTB poupou Lula, mas envolveu ainda mais o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, e outros integrantes do que ele chama de "cabeça" do PT: José Genoino, Delúbio Soares, Silvio Pereira e Marcelo Sereno.

Antes da entrevista, Jefferson foi citado em uma gravação em que o ex-diretor do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios Maurício Marinho detalha o funcionamento de um suposto esquema de corrupção nos Correios. Na fita, o ex-funcionário afirma que trabalha com o aval do presidente do PTB e outro ex-diretor da empresa, Antônio Osório Batista

O dinheiro arrecadado com o esquema de corrupção seria usado pelo dirigente do PTB para engordar o caixa do partido, de acordo com as denúncias.

A fita, divulgada pela revista "Veja", iniciou a crise na estatal e teve como conseqüência a criação da CPI dos Correios.

Jefferson também foi citado em outra denúncia, sobre um suposto pedido de desvio de R$ 400 mil do IRB (Instituto de Resseguros do Brasil).

Governo FHC

No governo Fernando Henrique Cardoso --para o qual fez indicações, como a do titular da Delegacia do Trabalho do Rio-- Jefferson teve papel fundamental para o rompimento do PSDB com o PFL: no prazo fatal, o então líder do PTB formalizou um bloco com a bancada tucana, permitindo que o deputado Aécio Neves (MG) concorresse à presidência da Câmara, vaga prometida ao pefelista Inocêncio Oliveira (PE).

Airton de Freitas/Folha Imagem
Jefferson antes da cirurgia para redução do estômago
Jefferson antes da cirurgia para redução do estômago
No ano seguinte, apoiou Ciro Gomes à Presidência da República. Até então, compara petistas ao demônio. Um deles foi o hoje líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (SP).

Após a eleição do presidente Lula, disse que, apesar das diferenças, PTB e PT se uniriam "com afeto". A partir daí, fixou uma estratégia: aceitar cargos pouco expressivos para crescer dentro do governo e poder exigir mais.

Com o crescimento da bancada, Roberto Jefferson começou a exigir mais e a se queixar publicamente do não-atendimento das reivindicações.

Como presidente do PTB, determinou a aliança com o PT nas capitais para as eleições de 2004, contrariando a filha, aliada a Cesar Maia (PFL) no Rio. Em troca, o PT ajudaria financeiramente o PTB.

Troglodita

Jefferson conquistou notoriedade como advogado de pobres no popular "O Povo na TV", na década de 80. Armado e com 170 quilos, Jefferson admite: "Era um troglodita".

Hoje, mesmo com a redução do estômago e as aulas de canto, reage quando pedem calma: "Mudei. Mas não virei Mary Poppins".

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

MPF denuncia Roberto Jefferson por formação de quadrilha (Tribuna da Imprensa)

Jefferson foi denunciado por causa do esquema que ficou conhecido como Escândalo dos Correios

SÃO PAULO - O Ministério Público Federal do Distrito Federal (MPF-DF) ofereceu, na última segunda-feira, denúncia à Justiça contra o ex-deputado federal Roberto Jefferson, por formação de quadrilha. De acordo com o MPF, o esquema formado pelo ex-deputado, atual presidente do PTB, teria a função de "arrecadar, de forma criminosa, verbas ilícitas para o partido".

Foram denunciados também os ex-empregados da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) Maurício Marinho, Antônio Osório, Fernando Godoy, Julio Imoto e Eduardo Coutinho; o ex-presidente da Eletronorte Roberto Garcia Salmeron; Horácio Batista, primo de Antônio Osório e o ex-presidente da ECT João Henrique Souza. De acordo com o MPF, o grupo teria arrecadado cerca de R$ 5 milhões.

As investigações do MPF foram deflagradas em conjunto com a Controladoria Geral da União, Polícia Federal e um grupo de auditores dos Correios para apurar delitos cometidos no âmbito da empresa, após a divulgação de uma filmagem em que Marinho, então chefe do Departamento de Compras e Contratações (Decam), apareceu recebendo em sua sala funcional na ECT, a título de propina, R$ 3 mil.

Por meio das provas colhidas, os procuradores da República responsáveis pelo caso, Bruno Acioli, Raquel Branquinho e José Alfredo de Paula concluíram que a ECT "foi vítima da ação organizada de quadrilha composta por empregados públicos, políticos, empresários e lobistas". Segundo eles, o esquema funcionou efetivamente no período de fevereiro de 2003 a junho de 2005. De acordo com os procuradores, o objetivo primordial da organização era o financiamento de projetos políticos.
Esquema

De acordo com o MPF, o esquema montado por Roberto Jefferson, acusado de chefiar a quadrilha, teve início com a indicação política de Antônio Osório, filiado ao PTB, para ocupar o cargo de diretor de Recursos Humanos da ECT. Posteriormente, foi indicado para o cargo estratégico de diretor de administração na empresa.

Em seguida, Antônio Osório teria agregado seus principais auxiliares: Fernando Godoy e Maurício Marinho, ambos empregados concursados da ECT e principais operadores do esquema. Mais adiante, os servidores Eduardo Coutinho e Julio Imoto também teriam se associado ao grupo, informa o MPF.

Ainda de acordo com informações do MPF, Roberto Jefferson, assessorado por Roberto Garcia Salmeron, faria pessoalmente o monitoramento do desempenho de Osório na missão de arrecadar fundos para o PTB. Segundo o Ministério Público Federal do DF, a quebra do sigilo telefônico de Jefferson, decretado por ordem judicial, teria também comprovado a relação direta do ex-deputado com os envolvidos no esquema Fernando Godoy e Marinho.

Segundo as investigações, Marinho agia diretamente junto às empresas na formulação dos pedidos de propina. A prova disso seria a apreensão de planilhas no seu computador e de Godoy, além da planilha apreendida no gabinete de Antônio Osório. Tais planilhas trariam detalhada contabilidade da propina a ser levantada em benefício dos denunciados e do PTB.

Na sala de Marinho, de acordo o MPF, também foram apreendidos documentos datados de 2005 que com função de monitorar os pagamentos feitos a diversas empresas relacionadas nas planilhas de propina. A planilha encontrada no computador de Godoy, segundo informou o MPF, possui um campo específico intitulado "AGREM", que seria a abreviatura de agremiação, a qual destaca o montante a ser repassado ao PTB.
Campanhas

O MPF concluiu ainda que, além da arrecadação de recursos para o PTB e para os próprios denunciados, os membros da quadrilha solicitavam aos empresários material de campanha e apoio financeiro para candidatos apoiados por Antônio Osório e o então presidente da ECT João Henrique Souza, para a campanha eleitoral de 2004. Segundo os procuradores, a prática caracteriza crime de corrupção passiva. Antônio Osório, Godoy, Marinho e Souza respondem ainda denúncia por corrupção passiva, além de formação de quadrilha.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Na lista dos mais influentes, Delcídio Amaral apóia Fauzi

Carolina Acosta - FM PAN de Aquidauana - MS

O senador Delcídio do Amaral (PT/MS), pelo terceiro ano consecutivo, é incluído pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar - DIAP na lista dos 100 parlamentares mais influentes do Congresso Nacional. O nome do senador faz parte da 15ª edição do livro Os Cabeças do Congresso, divulgado nesta quinta-feira em Brasília. Delcídio é o único parlamentar de Mato Grosso do Sul a figurar na lista.

Os cabeças do Congresso são escolhidos após uma longa e criteriosa pesquisa feita pelo DIAP junto a parlamentares, autoridades do poder executivo, dirigentes partidários, sindicais e empresariais, estudiosos, formadores de opinião interessados no processo decisório no Poder Legislativo. “Diante de critérios tão rigorosos e do peso dos setores consultados é claro que estou extremamente contente em fazer parte, mais uma vez, da lista dos parlamentares mais influentes do país. Isso aumenta a minha responsabilidade e me motiva a trabalhar cada vez mais por Mato Grosso do Sul e o Brasil”, comentou Delcídio.

O senador Delcídio Gomes do Amaral, relator do orçamento de 2009, participou de um comício promovido pela Coligação “Aquidauana tem futuro” encabeçada pelo peemedebista Fauzi. Durante seu discurso, o senador Delcídio se comprometeu a aplicar em Aquidauana, o ano que vem cerca de 12 milhões de reais para obras de infra-estrutura, asfalto, saneamento básico e habitação para a população. “Sou o relator do orçamento e tenho a caneta na mão. Podem ter a certeza que com Fauzi na prefeitura essa minha querida Aquidauana vai sofrer uma profunda mudança nunca antes vista em seus 116 anos”, disse o senador.

Em uma conversa com o candidato peemedebista Fauzi, após o comício o senador comentou “Fauzi eu vou trabalhar para que você faça o melhor governo que Aquidauana já viu, você será a versão jovem do Cristóvão, daremos a você e ao Vanildo essa condição”, concluiu o senador.

Fauzi conta com apoios importantes, políticos que realmente podem ajudar Aquidauana, como o senador Delcídio e o próprio governador que vem se empenhando pessoalmente para eleger Fauzi.

Assessoria