quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Aécio diz que pesquisa CNT/Sensus mostra cenário positivo para o PSDB

19/02/2008 - 18h25

da Folha Online

O governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), disse hoje que o resultado da pesquisa CNT/Sensus, divulgada ontem, coloca o PSDB numa posição de vantagem. No entanto, ele fez questão de dizer que é muito cedo para fazer pesquisas sobre a intenção de voto do eleitor para 2010.

"Eu acho que toda pesquisa feita com uma antecedência tão grande do processo eleitoral é muito mais uma amostragem de momento. Mas é uma pesquisa que, em relação ao PSDB, coloca o partido muito bem, sobretudo num embate em relação ao PT", disse Aécio depois de se reunir com a vice-presidente do Banco Mundial, Pamela Cox.

Segundo Aécio, "o cenário [na política] se altera com muita rapidez". "Pode ser que nos tenhamos quem sabe, no ano de 2010, no ano efetivo das eleições, um cenário que não seja exatamente esse projetado nas pesquisas."

A pesquisa CNT/Sensus apontou para a liderança do governador de São Paulo, José Serra (PSDB) na corrida pela Presidência da República. Serra obteve o apoio de 38,2% dos entrevistados, contra 18,5% do deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE).

Num eventual segundo turno na corrida pela Presidência da República, Serra venceria com larga vantagem os demais adversários. Na disputa com Ciro Gomes, o governador de São Paulo seria eleito com 46,5% das intenções de votos contra 25,5% do ex-ministro da Integração Nacional. Já no cenário Serra versus Dilma, o tucano receberia 57,9% das intenções de votos, contra 9,2% da ministra.

Na disputa com o ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Social), Serra recebeu 59,1% das intenções de votos, enquanto o ministro, 8%. Em outro cenário, Serra venceria o ministro da Justiça, Tarso Genro (PT) por 57,5% das intenções de votos contra 10,1%.

Desempenho de Aécio

A pesquisa mostrou que se o nome de Serra fosse substituído pelo de Aécio, Ciro venceria com 25,8% das intenções de votos. Aécio aparece com 16,6% das intenções de voto.

O governador mineiro disse que o resultado era bom para ele. "Do ponto de vista pessoal, exatamente sendo eu, dos nomes ali colocados, o que nunca disputou uma eleição presidencial, é algo que eu devo comemorar como uma avaliação positiva daquilo que nós estamos fazendo em Minas Gerais."

Aécio voltou a dizer que o resultado medido agora não será necessariamente aquele de 2010. "É muito difícil você transferir algo, vamos dizer, um retrato de hoje, para dois anos e meio lá na frente."

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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Collor e Renan retomam atividades no Senado após período de ausência

15/02/2008 - 18h40


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Ciro e d. Cappio travam guerra verbal sobre transposição

14/02/2008 - 20h28

Brasília - O que era para ser um debate no plenário do Senado sobre a transposição do Rio São Francisco, com a presença de ministros, parlamentares, cientistas, representantes da Igreja Católica e os atores Osmar Prado, Carlos Vereza e Letícia Sabatella, virou uma guerra verbal entre o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) e d. Luiz Flávio Cappio, bispo de Barra (BA). D. Cappio chamou o projeto de "propaganda enganosa" e de ser mais um exemplo em que "o pobre vai colocar a mesa para o rico", referindo-se à idéia de que a população pobre pagará a conta da água do São Francisco que será posta a serviço da "agricultura irrigada, criação de camarão e usos industriais". Ciro reagiu e acusou-o se comportar como se tivesse o "monopólio da boa fé".

Para o deputado do PSB do CE, d. Cappio integra uma espécie de rede de "falsa denunciação", que distorce os objetivos da proposta de transposição. A falsa denunciação acusa o governo, segundo Ciro, de mover-se pelo interesse "subalterno, clandestino, não confessado e safado de atender ao grande negócio e às empreiteiras e coisas que tal".

Irritado com a postura do bispo de Barra, que por duas vezes fez greve de fome em protesto contra a tentativa de transposição da bacia, Ciro disse que não admite que ele se considere "intérprete superior do valor moral e ponha, por exemplo, o modesto militante de 30 anos na vida publica" como alguém que se movimenta numa oposição antagônica por interesses subalternos. "Eu não sou movido por interesses subalternos. Eu estou aqui, equivocadamente ou não, movido pelo mais superior interesse público", discursou.

Exaltado, cobrou atitude de d. Cappio. "Eu não falo por Deus. Eu falo pelo mundanismo dos pecadores, como sou um deles. Olhe para mim, d. Cappio (que olha)." O bispo, que falou antes do deputado do PSB, não se dirigiu, diretamente, a ele uma única vez. Mas não poupou críticas à administração federal e à obra. Destacando que falava em nome do "povo do rio São Francisco", "nações indígenas, quilombolas, brasileiros e brasileiras que se preocupam com a vida", d. Cappio chamou o projeto de transposição do Rio São Francisco de "propaganda enganosa" e disse que a proposta viola os direitos das populações tradicionais, como os 34 povos indígenas, as 156 comunidades quilombolas e os sem número de populações ribeirinhas da região.

Diálogo

"Um projeto dessa magnitude exige diálogo com a sociedade e o governo nunca dialogou com a sociedade", atacou. Para o bispo, o Poder Executivo tem por hábito classificar de "egoístas, mentirosos, desinformados e opositores políticos" os que discordam da proposta. Nenhum posicionamento contrário, disse, é respeitado.

Ana Paula Scinocca

UOL

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

PSDB escolhe José Aníbal como novo líder da bancada na Câmara

RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília

Com 36 votos, o deputado federal José Aníbal (PSDB-SP) foi escolhido o novo líder da bancada tucana na Câmara. Ele ocupará o lugar de Antonio Carlos Pannunzio (SP).

Aníbal venceu o deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP), que também disputava a liderança do PSDB na Câmara. Madeira recebeu 22 votos.

A vitória de Aníbal enfraquece o grupo do governador de São Paulo, José Serra, que apoiava Madeira. Para reforçar os votos de Madeira, o grupo de Serra chegou a convocar Walter Feldman (SP) e Custódio de Matos (MG) para assumirem suas vagas na Câmara Federal. Mas a estratégia não funcionou.

Se Madeira ganhasse, ele fortaleceria o grupo tucano que defende apoio à candidatura do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), à reeleição. Aníbal, por sua vez, já teve desentendimentos tanto com o grupo de Serra quanto com a ala que defende a candidatura do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) para a Prefeitura de São Paulo.

Aníbal é considerado um parlamentar que ainda tem bom trânsito com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.