segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Bornhausen diz a Kassab que não vai à nova legenda

  Sérgio LimaPrincipal aliado de Gilberto Kassab no DEM, Jorge Bornhausen (SC) dissociou-se do projeto político do prefeito de São Paulo.
Bornhausen disse a Kassab que não terá como acompanhá-lo caso ele leve adiante o plano de fundar um novo partido.
Depois de conversar com o prefeito, Bornhausen tocou o telefone para o ex-senador Marco Maciel (DEM-PE).
Disse-lhe que havia desaconselhado a fundação da nova legenda. Além de dificuldades operacionais, vê entraves políticos.
Crê que Kassab terá problemas para colecionar as 490.305 mil assinaturas em pelo menos nove Estados, como exige a lei.
O prefeito alega que contará com a ajuda da engrenagem do PSB, presidido pelo governador pernambucano Eduardo Campos.
Para Bornhausen, a parceria com o PSB constitui um passo demasiado largo. O eleitorado rejeitaria a conversão de ‘demos’ em socialistas.
Pelo plano de Kassab, a nova agremiação –PDB (Partido Democrático Brasileiro)— se fundiria, em futuro próximo, ao PSB.
Nas próximas horas, dirigentes do DEM farão um derradeiro esforço para tentar dissuadir Kassab da idéia de abandonar a legenda.
O prefeito será informado de que, se ficar, receberá todo o suporte para levar adiante o projeto pessoal de candidatar-se ao governo de São Paulo, em 2014.
Eterno aliado do PSDB na política paulista, o DEM se dispõe a bancar a candidatura de Kassab mesmo em contraposição ao tucanato.
O movimento ‘fica Kassab’ conta com o apoio do senador José Agripino Maia (RN), que assumirá o comando do DEM federal em 15 de março.
Agripino tornou-se candidato único à presidência do DEM depois de se acertar com o grupo de Borhausen.
Marco Maciel, que ensaiava uma candidatura alternativa, foi acomodado na chapa como futuro presidente do Conselho Político do DEM.
Ao tomar distância da articulação de Kassab, Bornhausen leva para longe do novo partido de Kassab também o governador catarinense Raimundo Colombo (DEM).
Ex-governador de Santa Catarina, o senador Luiz Henrique (PMDB) disse a um colega, na semana passada, que a chance de Colombo deixar o DEM é “zero”.
Em diálogo travado no plenário do Senado, Luiz Henrique também disse que parte do DEM catarinense estava irritada com a parceria Bornhausen-Kassab.
A dificuldade de explicar regionalmente a conversão ao neosocialismo de Kassab compõe o pano de fundo contra o qual se move Bornhausen.
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Escrito por Josias de Souza às 04h14

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Kassab articula no bastidor, mas acha deselegante falar sobre DEM

Prefeito confirma ter recebido convites do PSB e PMDB para deixar o DEM, mas não trata do assunto em público

Ricardo Galhardo, iG São Paulo | 25/02/2011 20:00

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), confirmou ter recebido convites dos presidentes do PSB, Eduardo Campos, do PMDB, Michel Temer, e de "vários outros partidos" para mudar de sigla.

Mas apesar de não esconder de ninguém as articulações nos bastidores para deixar o DEM, Kassab considera "deselegante" tratar o assunto em público antes da convenção nacional do partido, marcada para o dia 15 de março.

"Fui convidado pelo governador Eduardo Campos (PE), fui convidado pelo vice-presidente Michel Temer e por vários outros partidos", disse Kassab na tarde desta sexta-feira, pouco depois de uma reunião com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e com a presidenta Dilma Rousseff (PT) para tratar das obras para a Copa do Mundo de 2014 em São Paulo. "Mas seria até deselegante da minha parte falar disso agora", completou.

O prefeito reafirmou que só tomará uma decisão sobre seu futuro político depois da convenção do DEM. "Fui chamado para uma conversa com o senador (José) Agripino. o senador Marco Maciel e o senador (Jorge) Bornhausen depois do dia 15", disse.

Kassab, no entanto, se recusou a dizer quais suas expectativas para a convenção e demandas em relação ao DEM.

Além de estudar convites do PSB e do PMDB, Kassab também tem as portas abertas no PDT e tem se aproximado do PC do B.

Todos são partidos da base de apoio do governo Dilma, ao contrário do oposicionista DEM.

O prefeito também contratou advogados para encaminhar a criação de um partido próprio, o PDB (Partido da Democracia Brasileira), que nas contas de pessoas próximas a Kassab poderia contar com até 60 parlamentares.

Uma das opções estudadas pelo prefeito é fundir o PDB ao PSB e criar uma espécie de terceira via para a polarização entre PT e PSDB que já dura quase dua décadas.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Kassab deve fundar novo partido

O prefeito de São Paulo Gilberto Kassab deve ser o patrocinador de uma nova legenda política, o PDB (Partido Democrático Brasileiro), o qual, para ter o registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) deverá ser recolher 490.305 mil assinaturas de apoio, além de ter um número de filiados equivalente a 0,5% da votação geral para deputado federal.
Kassab está sendo considerado pelos antigos como a nova força e a expressão política que pode aglutinar e encarar os desafios de administrar São Paulo, afastando de vez a hegemonia do PSDB no Estado, que em 2014 completará 20 anos.
Não só como alternância de poder como também de rejuvenescimento dos gestores públicos, Kassab encarna o desafio com naturalidade e equilíbrio.
O PDB pode ser a terceira via de poder no país em pouco tempo, segundo avaliação de especialistas em estratégia de marketing.
Segue matéria da Folha de São Paulo.


Kassab sela saída do DEM e fundação de novo partido
Sigla se unirá ao PSB, pelo qual o prefeito pretende concorrer ao governo
Criação de legenda evita que aliados percam cargo por infidelidade; Afif e mais 20 deputados devem seguir Kassab


DANIELA LIMA
VERA MAGALHÃES
CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO

O prefeito Gilberto Kassab deixará o DEM até 30 de março, fundará um novo partido e, depois, patrocinará a sua fusão ao PSB.
A articulação foi fechada em café da manhã na casa de Kassab, na terça, com o governador Eduardo Campos (PE) e o presidente do PSB-SP, Márcio França -secretário de Turismo do governador Geraldo Alckmin.
Em crise com o comando nacional do DEM, Kassab negociava com o PMDB e o PSB um palanque para se candidatar ao governo em 2014.
Publicamente, o prefeito diz que só anunciará a decisão no dia 15 de março. O cuidado se deve ao fato de que as conversas com o PMDB ainda não foram encerradas.
No fim de semana, ele recebeu o vice-presidente da República, Michel Temer, e ainda se encontrará com o ministro Moreira Franco (Assuntos Estratégicos).
Kassab promete levar deputados, senadores e vice-governadores para o PSB.
A baixa mais notável em São Paulo será a do vice-governador Guilherme Afif Domingos, que já disse a aliados não ter como deixar de acompanhar o prefeito.
A mudança de Afif promete abalar o Palácio dos Bandeirantes. À Folha o vice-governador disse que não há decisão, mas admitiu a hipótese de sair do DEM ao afirmar que será "fiel depositário" da aliança com Alckmin onde quer que esteja.
"Sempre serei um elo conciliador, não importa em que partido estiver", afirmou.
Na conversa com Eduardo Campos, presidente nacional do PSB, Kassab estimou levar para o novo partido não só filiados ao DEM. Além de Afif, o vice-governador da Bahia, Otto Alencar, do PP, também deve seguir o novo projeto.
Toda a negociação aconteceu com o aval da presidente Dilma Rousseff. Ela foi formalmente consultada por Campos sobre a costura com o prefeito paulistano, no início deste mês.
O novo partido será fundado para livrar de punições por infidelidade partidária os parlamentares que migrarem com Kassab. A troca de legenda só é permitida com a apresentação de uma "justa causa" e a criação de uma sigla é uma das justificativas aceitas pela Justiça Eleitoral.
Aos caciques do PSB, Kassab estimou em 20 o número de deputados federais que devem estar com ele -oito de São Paulo. As adesões devem vir de siglas como PTB, PP, PR e até PSDB.
Num primeiro momento, a nova sigla e o PSB devem formar uma Frente Nacional -união apenas simbólica.
No Congresso, atuarão como um bloco partidário, juntamente com o PC do B e o PTB. Só mais à frente haverá a fusão ou a incorporação da nova legenda pelo PSB.
LEGISLAÇÃO
Para fundar a nova sigla, que Kassab pensa em chamar PDB (Partido Democrático Brasileiro), será preciso recolher 490.305 mil assinaturas e obter registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
O novo partido tem de ter número de filiados equivalente a 0,5% da votação geral para deputado federal. A estratégia do prefeito é conseguir adesões em São Paulo e outros quatro Estados.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

"The Three in One Post" é a designação de uma trinca de sites: no caso deste Blog, o da agência noticiosa "Google News", o de "Edson Paim Notícias" e o do "Blog do Josias de Souza" os quais o leitor poderá acessar, diariamente, desde o Painel do Paim



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Para você ler as notícias que são postadas nos últimos instantes, pelo Google News, por Edson Paim Notícias e pelo "Blog do Josias de Souzar", basta clicar nos seguintes LINKs:

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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

 Maia diz que disputa foi 'dura' e elogia adversários

Terra


Deputado Marco Maia (PT-RS) candidato à presidência da Casa, discursa na sessão de escolha da mesa diretora. Foto: Laycer Tomaz/Agência Câmara Marco Maia (PT-RS) recebeua o apoio de 21 dos 22 partidos para presidir a Câmara dos Deputados até 2013
Foto: Laycer Tomaz/Agência Câmara

Luciana Cobucci
Direto de Brasília
Após ser declarado vencedor da eleição para a presidência da Mesa Diretora da Câmara, o deputado Marco Maia (PT-RS) adotou um tom conciliador no discurso de posse. Maia elogiou os adversários Sandro Mabel (PR-GO), Jair Bolsonaro (PP-RJ) e Chico Alencar (PSol-RJ), que concorreram com o novo presidente pelo cargo.

"Queria destacar a atuação do Sandro Mabel, comprometido com este parlamento, dedicado ao povo de seu Estado", disse o petista se referindo ao comportamento que considerou "de garra e persistência" do principal concorrente. Mabel, que não tinha o apoio do próprio partido para a candidatura, obteve 106 votos dos 509 deputados presentes.
Maia considerou "supreendente" a quantidade de votos recebida pelo deputado Chico Alencar. "Ele representa o crescimento deste pensamento, que tem sem dúvida nenhuma contribuído para o debate político", afirmou.

O novo presidente da Câmara elogiou, ainda, a postura de Jair Bolsonaro, que registrou candidatura sem esperança de obter votos. "De vez em quando eu fico com saudade do Bolsonaro, porque dentro do parlamento nós temos divergências, e é só falar em ditadura que em cinco minutos ele aparece", disse Maia.

As três candidaturas avulsas à presidência da Casa criticaram o que seria um "presidente imposto", se referindo ao apoio de 21 dos 22 partidos com representação na Câmara à candidatura de Maia e, principalmente, ao aval do Palácio do Planalto. Mabel afirmou que vai cobrar de Maia uma postura independente da Câmara em relação ao poder Executivo.

"Espero que ele faça um bom mandato, que vire poder, que resgate a independência do Legislativo e vamos ajudar, trabalhar e cobrar", disse Mabel, que deverá ser expulso do partido por insistir na candidatura avulsa ao principal cargo da Mesa Diretora.
Ele afirmou não temer as consequências. "Acho que não estou pagando um preço muito alto. Se o partido não respeita o seu membro, se acha que deve expulsar por disputar eleições, então é uma decisão que o partido vai tomar e eu não me arrependo", disse.


Projeção à frente de CPI

Na Câmara pela terceira vez, Marco Maia, 46 anos, assumiu a presidência da Casa depois da renúncia de Michel Temer (PMDB-SP), que ocupava o cargo, para assumir a vice-presidência da República. Antes disso, Maia tinha conseguido destaque nacional quando se tornou relator da CPI do Sistema de Tráfego Aéreo, entre maio e outubro de 2007.
Na comissão foram investigados os dois acidentes aéreos mais graves e recentes do País, com o voo JJ3054 da TAM, em julho daquele ano, e com o voo 1907 da Gol, em setembro de 2006. Os parlamentares também investigaram a revolta dos controladores de tráfego militares, que ocorreu em março de 2007.

Os outros cargos da Mesa Diretora da Casa também foram definidos. Pela primeira vez, uma mulher vai ocupar a primeira vice-presidência da Câmara: será a deputada Rose de Freitas (PMDB-ES). O primeiro secretário da Câmara será o deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO), a segunda secretaria será ocupada por Jorge Tadeu Mundalen (DEM-SP), o terceiro secretário será o deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE) e a quarta secretaria será de Júlio Delgado (PSDB-MG).
As suplências de quatro secretarias serão ocupadas, respectivamente, pelos deputados Geraldo Resende (PMDB-MS), Manato (PDT-ES), Carlos Eduardo Cadoca (PSC-PE) e Sérgio Moraes (PTB-RS). Além da presidência, apenas outro lugar na Mesa, a segunda vice-presidência, foi disputada por mais de um candidato. Concorreram ao cargo os deputados Eduardo da Fonte (PP-PE), vencedor da eleição de hoje com 288 votos, e Rebeca Garcia (PP-AM), que apresentou candidatura avulsa ao cargo.
Terra

  1. Deputado Henrique Eduardo Alves preside a sessão; atual presidente da Câmara, Marco Maia, é candidato ao cargo

    Foto: Rodolfo Stuckert/Agência Câmara
  2. Deputado Sandro Mabel (PR-GO), candidato avulso à presidência da Casa, discursa na sessão de escolha da mesa diretora

    Foto: Laycer Tomaz/Agência Câmara
  3. Deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) candidato avulso à presidência da Casa, discursa na sessão de escolha da mesa diretora

    Foto: Laycer Tomaz/Agência Câmara
  4. Deputado Marco Maia (PT-RS) candidato à presidência da Casa, discursa na sessão de escolha da mesa diretora

    Foto: Laycer Tomaz/Agência Câmara
  5. Eleição para a composição da mesa diretora ocorre no Plenário Ulysses Guimarães

    Foto: Laycer Tomaz/Agência Câmara
  6. Deputado Marco Maia (PT-RS) discursa durante sessão da Câmara

    Foto: Rodolfo Stuckert/Agência Câmara
  7. Deputado Chico Alencar(Psol-RJ), candidato à presidência da Casa, discursa na sessão de escolha da mesa diretora

    Foto: Rodolfo Stuckert/Agência Câmara
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Links relacionados

‘Não desejava o encargo, dele não pude fugir’, diz Sarney em discurso (Postado por Erick OLiveira)

Em seu primeiro discurso como presidente reeleito do Senado nesta terça-feira (1), o senador José Sarney (PMDB-AP), relembrou sua trajetória política no Congresso, iniciada em 1955 como deputado federal, e chegou a se emocionar: “Aqui passei minha vida, desde 1955, quando entrei para a Câmara dos Deputados.”
Eleito para o quarto mandato no Senado, Sarney afirmou fazer um “sacrifício pessoal” ao assumir o comando da Casa e admitiu que não desejava “o encargo, mas dele não pode fugir”: “Não desejava o encargo, dele não pude fugir, tendo na carne o alto preço do exercício dessas funções. Tenho visão desse compromisso com as instituições.”
Na eleição na tarde desta terça (1), o peemedebista recebeu 70 votos contra 8 do concorrente Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). Houve ainda dois votos em branco e um nulo. Votaram todos os 81 senadores.
Sarney disse ainda que "os próprios corredores do Senado” o conhecem e sabem quando ele passa. Como faz em diferentes discursos, ele lembrou realizações no comando da Casa como a criação do Prodasen, a Secretaria Especial de Informática do Senado. "Não tenho os olhos voltados para o passado”.
Ele prometeu ainda levar o sinal da TV Senado para todos os estados brasileiros: “Já estamos em dez estados e logo estaremos em todos os estados”, disse o presidente reeleito.
Sarney prometeu criar no Senado uma comissão para tratar das catástrofes naturais no país e também falou dos planos de votar a reforma política e uma nova regulamentação para as medidas provisórias. O peemedebista lembrou o “rito parlamentar” e reconheceu que o parlamento nem sempre é rápido nas ações.
“A reforma política e eleitoral, o marco legislativo do pré-sal e o grave problema das medidas provisórias. O processo parlamentar tem seu rito que pode muitas vezes parecer lento. É da essência do processo parlamentar o amadurecimento das ideias”, disse.
O peemedebista também elogiou os servidores públicos do Senado dizendo que, na Casa, há um “funcionalismo da mais alta qualidade”: “Hoje, temos que ter cuidado pela quantidade de recrutamento dos outros poderes de pessoal qualificado do Senado.”
O senador eleito pelo Amapá agradeceu aos senadores pelos 70 votos, avisou que irá cumprir o seu “último mandato” e ainda pregou união e tratamento igualitário entre os senadores: “Quero o apoio de todos. Suas sugestões, suas propostas. Vou convocar a todos para trabalhos específicos sem nenhuma discriminação.”