Jornal da Moldávia (Blog N. 539 do Painel do Coronel Paim) - Parceria: Jornal O Porta-Voz
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Dilma na sombra, Serra em apuros
A candidata do PT chega à reta final com uma frente de 15 milhões de eleitores em relação ao tucano. O que fez diferença?
Por Denize Bacoccina
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Na reta final da campanha, Dilma Rousseff chega com vantagem significativa sobre o concorrente José Serra. A campanha do tucano, que ganhou algum impulso com a ida para o segundo turno, acabou perdendo força nos últimos dias. Com as pesquisas de intenção de voto apontando uma vantagem entre 12 e 17 pontos para Dilma Rousseff, Serra está em apuros.
“Todas as pesquisas, especialmente as que têm histórico mais longo, mostram que a candidata Dilma vence por uma margem que dificilmente pode ser revertida em 72 horas. No conjunto, o cenário que se tem é o da vitória da candidata do PT”, afirmou à DINHEIRO o cientista político Antonio Lavareda.
Esta eleição, diz Lavareda, é o resultado do confronto entre candidatos e circunstâncias. Embora Serra levasse vantagem em experiência, as circunstâncias favoreceram Dilma Rousseff, impulsionada pelo bom momento da economia e pela popularidade de Lula. “No embate entre biografia e circunstâncias, as pesquisas apontam que venceram as circunstâncias”, afirma. “Estamos numa luta de Davi contra Golias. Somos o Davi”, sintetizou José Serra nos últimos dias de campanha.
Na campanha de Dilma, o presidente Lula não mediu esforços para eleger seu sucessor. Vários ministros se dedicaram com afinco à campanha e cinco deles pediram férias para se dedicar aos palanques, como o das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o do Planejamento, Paulo Bernardo.
Em outubro, Lula dividiu a agenda de presidente com a de cabo eleitoral em 12 dias. Na quarta-feira 28, o lançamento das propostas de Dilma para a área social parecia reunião ministerial. O palanque de Serra chegou a ter Fernando Henrique no início do segundo turno, mas a união dos tucanos em torno dos candidatos não durou muito. Quando foi chamado a defender o legado do ex-presidente, Serra voltou a se envergonhar. Dilma, por sua vez, pregou modéstia. “De hoje até o dia 31, ninguém acha que já ganhou. Só faltam quatro dias. Vamos colocar um salto baixinho”, afirmou.
Liderando as pesquisas desde julho, Dilma também liderou a corrida pela arrecadação de recursos. No primeiro turno, a arrecadação da petista ficou em R$ 100 milhões e a dos tucanos em R$ 70 milhões. Na reta final, enquanto o PT pediu ao TSE para aumentar de R$ 176 milhões para R$ 191 milhões o limite de gastos, o comitê tucano admitia que teria dificuldades para se aproximar do limite declarado de R$ 180 milhões.
A campanha tucana temia não conseguir fechar as contas das despesas já realizadas. Doadores que prometeram abrir os cofres após o resultado da primeira votação acabaram desanimando ao ver as pesquisas com a ampliação da vantagem de Dilma. O tesoureiro petista, José de Filippi Jr., usou o histórico do governo em seu benefício: mandou comunicados aos empresários lembrando que eles ganharam muito dinheiro nos últimos anos e que era chegada a hora de contribuir para a continuidade.
A campanha também chega ao fim sem que se tenha discutido propostas para o País. Ambos prepararam, mas não divulgaram os programas de governo. Na última semana, lançaram ideias genéricas. Pouco falaram sobre economia. Serra criticou os juros altos e prometeu aumentos generalizados. Dilma defendeu a reforma tributária, mas numa versão bem reduzida de cortes de impostos na folha de pagamento, e disse que não é preciso fazer ajuste fiscal. O economista Ricardo Amorim, da Ricam Consultoria, diz que a ausência do debate econômico já era esperada. “É uma decepção, mas é o preço. Ninguém quer abrir espaço para ser criticado”, afirma.
O problema, diz ele, é que nenhum dos dois se comprometeu com uma mudança qualitativa nos gastos. “Dilma, que se for eleita terá maioria no Congresso, está jogando no lixo a possibilidade real de fazer reformas importantes”, diz ele. Paradoxalmente, a falta de debate econômico acontece num momento raro na história do Brasil, de uma eleição que não é antecedida por uma crise, mas pela bonança. Seja quem for o vencedor neste domingo, pouco se saberá sobre o que ela ou ele pretende fazer.
Dia cheio de dados para os investidores
Saem nesta sexta, 29 de outubro, o PIB americano do terceiro trimestre, dados de desemprego da Europa, e a relação dívida/PIB brasileira.
Eleições: avançamos?
Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, faz um balanço do pleito. Ele avalia que os temas econômicos foram deixados de lado porque ainda assustam o eleitor, mas rechaça máxima de que maioria ainda não sabe votar.
Como vender bem sua empresa?
O Brasil entrou, de vez, no mapa dos compradores de companhias. Aprenda como se preparar para disputar esse dinheiro com quem já buscou sócios e investidores. Confira entrevista com o editor de negócios da Istoé Dinheiro, Carlos Sambrana.
com 50 anos de idade eu ainda não havia tido a oportunidade de ver um governo que pudesce crecer e distribuir renda, por mais de 30 anos se falavam que o bolo tinha que crecer para ser distribuido. foi preciso um mecanico um homem semi analfabeto mostrar que este pais tinha jeito.
Advogado de Tiririca diz que vai entregar defesa nesta segunda (Postado por Erick Oliveira)
Promotoria apura se deputado eleito fraudou declaração sobre escolaridade.
Defesa dirá apenas que Tiririca se coloca à disposição do juiz eleitoral.
O advogado Ricardo Porto, que reprensenta o deputado federal eleito Francisco Everardo Oliveira Silva (PR-SP), o Tiririca, disse na sexta-feira (22) que vai entregar nesta segunda-feira (25) a defesa no processo que investiga se ele é alfabetizado e se teria cometido crime de falsificação. Segundo Porto, Tiririca vai se colocar à disposição do juiz e fará o teste de alfabetização se for solicitado.
Porto anunciou ainda que protocolou representação na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), com cópias para a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) e Procuradoria Geral de Justiça, contra o promotor Maurício Ribeiro Lopes. Ele afirma que Lopes cometeu crime de injúria ao fazer uma afirmação sobre os advogados em entrevista ao Correio Braziliense.
“Advogado é sórdido. (...) Mas, se eu fosse advogado do Tiririca, também protocolaria a defesa dele às 18h50, 10 minutos antes de o fórum fechar”, disse Lopes ao jornal de Brasília, fazendo referência à estratégia de defesa de Tiririca. O promotor disse ao G1 que não tem conhecimento da representação e por isso não vai se manifestar.
Defesa
Sobre a defesa, o advogado afirmou que não vai entregar nenhum comprovante de escolaridade de Tiririca e que apenas vai afirmar que o deputado eleito se coloca à disposição do juiz eleitoral. Ele afirmou que, se for determinado pelo magistrado, Tiririca não vai se opôr à realização do teste que comprovaria sua alfabetização.
Porto afirmou que o candidato ainda está no Ceará, para onde viajou logo após o primeiro turno das eleições.
Lula diz que na atual ‘guerra cambial’, é preciso ‘preservar’ a indústria (Postado por Erick Oliveira)
Livre comércio não pode chegar a prejudicar produtos nacionais, disse ele. Presidente ganhou carrinho de brinquedo ao receber presidente da Abrinq.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira (22) que na atual “guerra cambial”, é preciso tomar medidas para “preservar” as indústrias brasileiras. Ele recebeu no Palácio do Planalto o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Brinquedos (Abrinq), Synésio Batista da Costa, de quem ganhou um carrinho de brinquedo.
Segundo Lula, o governo defende um livre comércio que não coloque a produção nacional em desvantagem na competição com outros países. “Vocês sabem da preocupação que nós temos de defender a indústria nacional de brinquedos. Nós queremos que a balança comercial brasileira seja a mais diversificada possível. Não queremos criar obstáculos para a importação”, disse.
“Não se trata disso, se trata apenas que esse livre comércio funciona bem até que as empresas brasileiras não sejam prejudicadas por um tratamento desigual, sobretudo quando se constata que há uma certa guerra cambial no mundo e nós, então, precisamos preservar não apenas nossos empregos e salários mas nossas empresas para que elas continuem crescendo”, disse. Lula afirmou ainda que espera um Natal “vigoroso” este ano.
O presidente da Abrinq afirmou que o Brasil produziu 1 bilhão de brinquedos de 2003 a outubro de 2010. Ele afirmou que o mercado brasileiro sofre, principalmente, com a competição asiática. “A indústria nacional tem que enfrentar os chineses”, disse. Segundo ele, a criança brasileira é a terceira do mundo que mais influencia os pais a comprar produtos e representa um amplo mercado consumidor.
Marina faz duras críticas a PT e PSDB em carta aberta
17 de outubro de 2010 | 18h 56
DAIENE CARDOSO - Agência Estado
Em carta aberta a ser encaminhada aos presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), a ex-candidata do PV à Presidência da República, senadora Marina Silva, fez duras críticas aos partidos de seus ex-adversários, aos quais chamou de "fiadores do conservadorismo".
Na plenária do partido hoje que confirmou a posição de independência da legenda no segundo turno, Marina lamentou a disputa do "poder pelo poder", o tom agressivo das discussões na eleição e a dificuldade dos candidatos em debaterem temas novos, numa clara referência à questão do desenvolvimento sustentável.
Marina começou seu discurso agradecendo seus ex-adversários por procurar seu apoio, mas lamentou que as candidaturas não tenham se posicionado com clareza sobre as 10 propostas encaminhadas pelo PV, entre elas a do novo Código Florestal, a reforma política e a construção de novas usinas nucleares.
Mais adiante, a senadora criticou a dualidade da política brasileira na história republicana, o histórico confronto entre duas forças opostas e o pragmatismo da "velha política".
"Republicanos versus Monarquistas, UDN versus PSD, MDB versus Arena e agora, ironicamente, PT versus PSDB", comparou.
"Dois partidos nascidos para afirmar a diversidade da sociedade brasileira se deixaram capturar pela lógica do embate entre si até as últimas consequências", lamentou.
Na carta, Marina avalia que os quase 20 milhões de votos obtidos pelo PV no primeiro turno das eleições presidenciais representam um "recado político relevante" a favor da superação do velho modelo.
"Entendam os (votos) como a expressão de um desejo enraizado no povo brasileiro de sair do enquadramento fatalista que lhes reserva de escolher outros valores e outros conteúdos para o desenvolvimento nacional", disse.
Ao mencionar o voto dos evangélicos em sua candidatura, a senadora afirmou que seus ex-adversários fazem uma leitura errônea do eleitorado cristão.
"Aqueles com quem compartilho os valores da fé, vão além da identidade espiritual. Sabem que votaram numa proposta fundada na diversidade, com valores capazes de respeitar os diferentes credos", alfinetou.
Ela ressaltou que, em nenhum momento da campanha, fez de sua fé "uma arma eleitoral". No final da leitura da carta, Marina destacou que a bandeira do desenvolvimento sustentável será o foco de quem tiver o perfil de estadista.
Consenso
Após a plenária, a ex-candidata comemorou o fato de o partido ter chegado a um consenso. "O PV encontrou uma posição que eu também encontrei", afirmou.
Questionada sobre em quem votaria neste segundo turno, Marina desconversou e se limitou a dizer que "voto é secreto". Sobre se já havia votado nulo, ela tergiversou. "Não me lembro".
Ao negar que tenha "lavado as mãos" sobre o apoio a Dilma Rousseff ou a José Serra, Marina disse que não estava ali para "oferecer um destino" aos eleitores.
A ex-candidata sugeriu que ambos procurem fazer um "convencimento maduro dos eleitores" com propostas. "A sociedade deu um sinal claro de que não quer o confronto", disse.
Por Carmen Munari e Brian Winter
SÃO PAULO (Reuters) - A senadora Marina Silva (PV-AC), terceira colocada no primeiro turno da eleição presidencial, está evitando sair ao ar livre. Nas últimas vezes, ela causou polêmica na rua ao receber conselhos de que deveria apoiar Dilma Rousseff (PT) ou José Serra (PSDB) nesta reta final da disputa.
É muito provável, no entanto, que os eleitores não vejam Marina em palanque algum. Ela sinalizou em entrevista à Reuters que deverá ficar neutra, independente da decisão do PV no próximo domingo.
Marina, a ambientalista que ficou em terceiro lugar na eleição de 3 de outubro com quase 20 milhões de votos, não explicitou sua posição e nem a de seu partido, mas disse que se sente frustrada com o tom agressivo dos dois candidatos e reiterou que não vê grande diferença entre eles.
"Ambos são muito parecidos. Ambos têm uma visão desenvolvimentista. Eles têm um perfil gerencial. O Brasil não precisa de gerente, precisa de quem tem visão estratégica", disse Marina na entrevista.
Ela acredita que tanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quanto seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), demonstraram visão estratégica ao se colocar à frente de projetos sociais e de programas para conter a inflação, respectivamente.
"O Brasil continua precisando de visão estratégica. Quando você tem visão estratégica, você consegue os melhores gerentes. Quando você é apenas um gerente, a gente pode perder o rumo do que precisa ser feito", declarou.
Em sentido oposto, o presidente do PV, José Luiz Penna, se colocou frontalmente contrário à neutralidade do partido, em entrevista à Reuters há dez dias. E já existem casos de adesão de lideranças do PV tanto a Dilma quanto a Serra, declaradas nos últimos dias.
Por enquanto, o PV está em conversas com as equipes de Dilma e Serra tendo como base documento com dez propostas dos verdes. A aceitação dos itens é vista como condição para a decisão de apoio.
TERCEIRA VIA
A senadora evitou detalhar seu futuro. Disse que não há decisão "a priori", mas deixou claro que vai continuar em busca de uma terceira via, distinta dos principais partidos majoritários.
Citando o pensador francês Edgar Morin, afirmou que faz parte de uma "comunidade de pensamento", termo indicado por ele.
"Eu me disponho a fazer parte desta comunidade de pensamento. Espero que essa nova visão da política seja relevante para o Brasil e que não se disperse essa sinalização embrionária que foi dada nessas eleições, de que temos a possibilidade de construir uma terceira via", disse.
Sentada ao lado de um exemplar da Bíblia, Marina, evangélica da Assembléia de Deus, disse que sentiu preconceito durante o primeiro turno da eleição já que apenas a ela eram feitos questionamentos sobre religião. Agora que está fora da disputa, viu o tema crescer e atingir os dois candidatos.
"Quando Lula era candidato apareciam questionamentos, mas não com essa relevância", disse, sem exibir surpresa. Questionada sobre os motivos desta ampliação, disse apenas que seria "uma boa tese para os analistas".
Marina se emocionou apenas uma vez na entrevista, quando foi questionada sobre se tinha virado "moda". Ela respondeu que sua fama é resultado do trabalho de toda uma geração que luta em favor do meio ambiente.
"Isso é fruto do trabalho de muita gente ao longo de 30 anos. Eu não posso me apropriar individualmente disso. Quando as pessoas fazem um referência à questão ambiental ou a mim eu sei que estão se referenciando nesses 30 anos de luta sócio-ambiental do Brasil, onde vi o Chico Mendes ser assassinado", afirmou. Seringueiro e ativista, Chico Mendes foi assassinado em 1988.
PRESSÕES
Apesar de elogiar o presidente Lula, Marina não deixa de explicitar pressões que recebeu quando ocupou a pasta do Meio Ambiente (2003-2008), citando nominalmente o ex-ministro da Agricultura Reinhold Stephanes, o ex-secretário de Assuntos Estratégicos Mangabeira Unger e o ex-governador do Mato Grosso Blairo Maggi.
Sobre os projetos que implantou, destacou a divulgação em tempo real dos dados de desmatamento, o que considera inédito.
"O plano foi mantido depois que eu saí porque tinha transparência. Blairo Maggi questionava, Mangabeira questionava, Stephanes questionava, mas a academia toda e as ONGs iam lá e viam que a gente estava fazendo certo e o presidente Lula não teve como revogar as medidas", afirmou.
PT discute com o PV o programa de governo (Postado por Erick Oliveira)
O coordenador do programa de governo de Dilma Rousseff (PT), Marco Aurélio Garcia, reuniu-se ontem com responsáveis pelo programa da candidata derrotada do PV, Marina Silva, segundo informou a senadora. Em entrevista ontem ao Portal Terra, Marina afirmou que tanto Dilma quanto José Serra (PSDB) manifestaram interesse de incorporar propostas verdes aos seus planos de governo, e admitiu que a revisão do Código Florestal é o maior obstáculo para a adesão.
Marina Silva defende a revisão da proposta do Código Florestal apresentada ao Congresso pelo deputado Federal Aldo Rebelo (PC do B).
'Foram feitas as primeiras conversas de pessoas sugeridas por mim com o Marco Aurélio Garcia. Não falei com o Sirkis (Alfredo Sirkis, vice-presidente do PV), mas acredito que o outro lado esteja fazendo o mesmo', disse a senadora, que sugeriu que voltará a se candidatar em 2014, ao classificar a disputa de 2010 como um ensaio geral.
'É o embrião do que chamo uma terceira via, não está consolidado. Tínhamos que receber esse resultado (os quase 20 milhões de votos) com alegria.'
Em uma entrevista repleta de menções a Deus, Marina disse esperar que Dilma e Serra 'aproveitem a bênção do segundo turno'. Criticou a satanização do debate sobre o aborto e sugeriu que pode adotar uma postura de independência.
Marina reiterou sua crítica aos dois presidenciáveis que, segundo ela, são muito parecidos. Perguntada se não seria um contrassenso declarar apoio a qualquer um dos dois, a senadora afirmou que o segundo turno é 'uma bênção', porque é a possibilidade que os dois têm de se diferenciar. Ela criticou o conceito de neutralidade no segundo turno. 'Neutralidade não é uma posição, podemos apoiar um ou outro, ou adotarmos a independência, que é diferente da neutralidade', afirmou.
A senadora negou que seu partido esteja demorando para se posicionar. Segundo ela, sua candidatura já influenciou o debate ao apresentar suas propostas aos candidatos que estão na disputa. 'Cabe a eles internalizar ou não essa plataforma', disse, reiterando que o apoio do PV será programático. Ela defendeu seu partido ao dizer que sente grande alegria porque a minoria tem direito de manifestar sua posição. 'Estou formando uma posição que, espero, seja a melhor para o Brasil', contou.
Marina evitou responder se se sente pessoalmente mais próxima a Dilma ou a Serra; afirmou que, para conversar, ambos são 'respeitáveis'. Disse que foi colega de Serra no senado e chamou de 'divergências maduras e nada pessoal' seus confrontos com Dilma no governo Lula.
Perguntada se seus 30 anos de militância no grupo petista não a aproximariam da candidatura do partido, a senadora respondeu que não será pautada por relações de amizades. 'Não é assim que se discute política.'
A senadora disse considerar legítimo que temas de comportamento façam parte da campanha. Segundo Marina, no primeiro turno as perguntas acerca do assunto eram direcionadas quase que exclusivamente a ela, por ser evangélica. Para Marina, porém, não se deve abordar assuntos como aborto e casamento gay de forma preconceituosa 'nem em relação a quem crê como a quem não crê'.
Cargo. A ex-candidata descartou a possibilidade de ocupar um ministério, independentemente do resultado das eleições. 'Já dei minha contribuição como ministra, acho que foi uma contribuição relevante. Agora vou dar um outro tipo de contribuição', disse Marina, que já sugeriu que poderá atuar no terceiro setor.
Pela primeira vez, Marina comentou a vitória apertada de Tião Viana (PT) no Acre - o petista ganhou do adversário, Tião Bocalon (PSDB), por uma diferença de 4,3 mil votos. Viana é do grupo político de Marina, mesmo depois que a ex-candidata mudou de partido. Segundo Marina, a disputa apertada foi um sinal dado pela população que deve ser recebido com humildade.
Serra se irrita com pergunta sobre ex-diretor da Dersa
IG/LB
O presidenciável tucano José Serra irritou-se nesta quarta-feira em Porto Alegre (RS) ao ser questionado sobre a denúncia contra o ex-diretor da Dersa, Paulo Vieira Souza, conhecido como Paulo Preto, que teria desviado R$ 4 milhões da campanha do PSDB. Primeiro, Serra classificou de "preconceito odiento" a forma como o jornalista se referiu ao ex-diretor, como Paulo Preto, e afirmou que o preconceito estava "embutido na pergunta". Em seguida, o presidenciável disse que o assunto faz parte da "pauta petista”. Depois, Serra perguntou ao repórter para qual veículo de comunicação ele trabalhava. Ao ouvir que o profissional era do jornal Valor Econômico, Serra afirmou que o jornal não se interessava pelo o que estava acontecendo na Casa Civil e que “faz manchetes para o PT botar no horário eleitoral”. Quando o repórter do Valor Econômico rebateu dizendo que as afirmações eram preconceito da parte dele, Serra decidiu encerrar a entrevista coletiva e deixou o local. No último domingo, a presidenciável petista Dilma Rousseff usou a denúncia sobre o ex-diretor para atacar Serra no debate organizado pela TV Bandeirantes. Ontem, em Aparecida, Serra defendeu Paulo Souza e negou que tenha havido desvio de verbas de sua campanha. Antes disso, Serra havia negado conhecer Paulo Souza.
Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF)
- Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia.
Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.