DEM pede pressa ao PSDB na definição do candidato
Antônio Cruz/ABr
Ao reeleger-se prefeito de São Paulo, no ano passado, Kassab provou que elefante pode voar.
O mamífero ‘demo’ decolou de pesquisas inóspitas (menos de 5%). Desviou das bicadas do tucano favorito –Alckmin exibia mais de 40%. E tocou o olimpo.
O vôo do elefante ensina: Em política, não há adversário insignificante. Todo inimigo político é uma potência.
Vem daí que, reunida em Brasília, a Executiva do DEM lançou um olhar de preocupação sobre Dilma Rousseff.
Tomada pelos índices de pesquisa, Dilma é uma zebra. Vista pelo retrovisor de São Paulo, a ministra é candidata a um par de asas.
A tribo ‘demo’ inquieta-se com a demora do tucanato. O parceiro PSDB tem dois nomes para oferecer. Serra, o favorito, reluta em assumir a candidatura.
Faltam 11 meses e meio para a eleição de 2010. E Serra diz que é cedo. Nos EUA, Obama anunciou que iria à luta 21 meses antes da guerra.
“A definição do lado de lá está angustiando o lado de cá”, disse Rodrigo Maia, presidente do DEM.
“Há seis meses, Dilma estava se tratando de uma doença e não fazia campanha. Agora, ela se recuperou e está na rua...”
“...A conjuntura está mudando muito rápido. E hoje está bem diferente da que tínhamos em março”.
Maia repassou suas apreensões a Sérgio Guerra, o presidente do tucanato. Além de Dilma, preocupa-o Ciro Gomes (PSB). O PSDB, por ora, faz ouvidos moucos.
O curioso é que Kassab fora às urnas de 2008 como uma espécie de Dilma de canças.
Escorava-se no prestígio de Serra, assim como a ministra se encosta na popularidade de Lula.
Escrito por Josias de Souza às 17h10
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