terça-feira, 22 de setembro de 2009

Serra e Dilma caem; Ciro sobe, diz Ibope


Piero Locatelli
Do UOL Notícias
Em São Paulo
Atualizada às 12h13

Pesquisa do Ibope sobre a eleição presidencial de 2010 revela que o pré-candidato do PSDB José Serra caiu 4 pontos percentuais em relação ao levantamento realizado em junho.

No único cenário em que é possível comparar os dados, Serra passou de 38% para 34%.

Apesar da queda, o governador de São Paulo lidera em todos os três cenários em que aparece.

A intenção de votos para Serra oscila entre 34% e 35%, dependendo dos seus adversários.

A pré-candidata do PT, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), atinge entre 14% e 18%. Dilma caiu nos dois cenários em que aparece e em que é possível a comparação com a pesquisa realizada em junho.

Quem mais subiu foi o pré-candidato do PSB, o deputado federal Ciro Gomes (CE).

Ciro diminuiu a diferença em relação a Serra no cenário em que é possível comparar os dados anteriores: a diferença entre os dois caiu de 26 pontos para 17 pontos.

Ciro atinge entre 14% e 28%, dependendo do cenário.

Ciro ganha de Dilma e lidera em todos as simulações quando o candidato do PSDB é o governador de Minas, Aécio Neves.

Nos cenários em que o candidato tucano é José Serra, Ciro aparece empatado com a ministra.

A pré-candidata do PV, senadora Marina Silva (AC), tem entre 6% e 11%. Heloisa Helena, vereadora do Psol em Maceió (AL), varia entre 8% e 13%.

Os números são da pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira (22), contratada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).

A pesquisa foi realizada entre 11 e 14 de setembro com 2.002 entrevistado de 142 municípios. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Rejeição
Dilma Rousseff e Heloísa Helena (Psol) são as candidatas com a maior rejeição entre os seis pré-candidatos testados pelo Ibope: 40% dos eleitores dizem que não votariam de jeito nenhum em cada uma delas.

Entre todos os candidatos, Serra é o mais conhecido e também o que tem a menor rejeição. Segundo a pesquisa, 66% dizem que o conhecem e somente 30% dizem que não votariam nele de jeito nenhum.

A candidata menos conhecida é Marina Silva - apenas 18% dos entrevistados dizem saber quem é a ex-ministra do meio ambiente.

Avaliação do governo Lula

A avaliação, aprovação e confiança do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficaram estáveis entre junho e setembro. Segundo o Ibope, 68% avaliaram o governo como ótimo e bom em junho. Em setembro, o número passou para 69%. A avaliação regular passou de 24% para 22%, enquanto que a de ruim e péssimo oscilou de 8% para 9% no período. O melhor índice que o governo obteve foi de 73% de ótimo e bom em dezembro de 2008.

Já a aprovação ao governo Lula passou de 80% em junho para 81% em setembro. Os que desaprovam são agora 17%, contra 16% no levantamento anterior. A confiança no governo estacionou em 76%.

Educação em alta
Em setembro, houve um aumento na confiança dos entrevistados sobre a atuação do governo em todas as nove áreas investigadas pela pesquisa.

Apesar da melhora, quatro itens ainda são desaprovados pela maioria da população: juros, impostos, saúde e segurança pública.

A área com a maior melhora do governo foi a educação. A aprovação da atuação do governo na área subiu dez pontos percentuais e agora é de 69%.

Pré-sal é a notícia mais lembrada
Entre as notícias mais lembradas pelos entrevistados, a que aparece em primeiro lugar é o anúncio do marco regulatório do pré-sal. Segundo a pesquisa, 16% disseram lembrar dessa informação. Em seguida, aparece a crise do Senado Federal (15%) e a compra de caças pela FAB, a Força Aérea Brasileira (11%).

Questionados especificamente sobre o pré-sal, 59% dos entrevistados dizem que já ouviram falar da exploração do petróleo na camada pré-sal. Outros 39% dizem que nunca ouviram falar.

Segundo a pesquisa, baixou de 78%, na pesquisa anterior, para 71% aqueles que consideram a crise econômica mundial muito grave. Ainda segundo o Ibope, 52% dos entrevistados dizem que o governo teve uma atuação positiva no combate à crise.

Mais de metade dos entrevistados (59%) acha que a saúde deve estar entre as áreas prioritárias para o próximo presidente. Em seguida, estão educação (44%), empregos (35%) e segurança (30%).

UOL Celular


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