segunda-feira, 9 de junho de 2008

Expulsão de vice de Yeda Crusius no RS divide Executiva do DEM

RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília

A Executiva Nacional do DEM está dividida sobre a possibilidade de expulsar Paulo Feijó, vice-governador de Yeda Crusius (PSDB) e inimigo declarado da governadora Yeda Crusius (PSDB). Na quarta-feira, quando o senador Heráclito Fortes (DEM-PI), apresentar com uma representação sugerindo a expulsão de Feijó, será nomeado um relator para o processo e aberto prazo para defesa e acusação. Mas a idéia é evitar a punição maior. Uma das alternativas é adotar apenas a repreensão.

"O Paulo Feijó fez a coisa por métodos impróprios", afirmou o líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), sem querer informar sua posição sobre o caso. "Não quero me manifestar sobre o assunto até o relator [que ainda será escolhido] concluir o parecer sobre o caso."

Yeda Crusius exonerou o chefe da Casa Civil do Estado, Cézar Busatto, depois Feijó divulgar conversa gravada em que o ex-titular da Casa Civil reconhecia o uso de estatais do governo gaúcho para financiamento de campanhas eleitorais.

Nesta segunda-feira, Heráclito reiterou que pedirá a expulsão de Feijó por considerar a atitude dele inadequada. "Não conheço o Paulo Feijó e acho que ele pode estar coberto de razão. Mas o método que utilizou não está nada correto", afirmou o democrata.

Nos últimos dias, os bombeiros do DEM entraram em ação. Um dos defensores de Feijó é o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que é pré-candidato a prefeito pelos democratas em Porto Alegre.

A Folha Online apurou que a idéia do comando do DEM é examinar o assunto na quarta-feira (11), escolher um relator que seja considerado neutro por todos os integrantes, e dar espaço para Feijó se defender. Assim, na prática, seria encaminhada a recomendação para uma punição mais branda, como a repreensão por um ato considerado inadequado.

No último sábado, Yeda Crusius anunciou a demissão de três de seus auxiliares, que pertenciam ao primeiro escalão do governo: o comandante-geral da Brigada Militar (a PM gaúcha), coronel Nilson Bueno; os secretários da Casa Civil e geral de Governo, Delson Martini, e o chefe do escritório do Estado em Brasília, Marcelo Cavalcante.

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