segunda-feira, 2 de julho de 2012

Demóstenes dará 'satisfação' antes de decisão sobre cassação, diz defesa (Postado por Lucas Pinheiro)


A dois dias de ter o pedido de cassação votado pela Comissão de Constituição e Justiça, o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) deve discursar na tribuna do Senado na tarde desta segunda-feira (2). Ele assinou a ficha de inscrição para discursos em plenário na Mesa Diretora da Casa e pediu para falar por volta das 15h.
O senador cumprimentou funcionários do Senado, mas não quis responder a perguntas dos jornalistas. “Falem com o Kakay”, disse Demóstenes em referência a seu advogado, Antonio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay. Após se inscrever para discursar, o senador registrou presença no plenário e deixou o Senado no carro oficial.

“Ele vai fazer um pronunciamento, para dar satisfação a seus pares. Contar como foi o período de acompanhamento do processo. Vai fazer uma retrospectiva do que ele viveu e passou. Ele é bom de discurso e quer falar, então vai falar”, afirmou Kakay ao G1.
Demóstenes é suspeito de ter utilizado o mandato parlamentar em benefício do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso pela Polícia Federal em fevereiro durante a operação Monte Carlo. O senador deverá usar o discurso para se defender das acusações.
Ele teve o pedido de cassação aprovado por unanimidade na semana passada pelo Conselho de Ética do Senado. Nesta quarta (4), a CCJ decidirá se o processo por quebra de decoro contra o senador respeitou os requisitos legais, como amplo direito de defesa e devido processo legal.
O relator do caso na comissão, senador Pedro Taques (PDT-MT), já protocolou seu parecer, no qual declara a “inexistência de vícios de constitucionalidade, legalidade e juridicidade” no julgamento de Demóstenes no Conselho de Ética.
Se o parecer de Taques for aprovado pela maioria dos membros da CCJ, o requerimento seguirá para o plenário do Senado, última etapa do processo. A votação no plenário tem data prevista para o dia 11 de julho e será secreta, conforme previsto na Constituição Federal.
Kakay disse que "a princípio" não estuda entrar com nenhuma ação na Justiça até o julgamento de Demóstenes pela CCJ e o plenário do Senado. "“Estarei presente na CCJ, mas em princípio a intenção não é trazer nenhum empecilho jurídico. Ele é contra entrar com ações no judiciário. Ele sempre tem a preocupação de não provocar o Judiciário em respeito aos seus pares. Então, em princípio o senador quer fazer um enfrentamento no plenário mesmo”, disse.

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