Conversas telefônicas captadas pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo indicam que o contraventor Carlinhos Cachoeira teve participação direta na intermediação da venda da casa do governador tucano de Goiás Marconi Perillo.
Num dos grampos, Cachoeira ordena ao ex-vereador do PSDB goiano Wladimir Garcez que o dinheiro amealhado fosse entregue a Perillo, na sede do governo de Goiás. Os diálogos ocorreram na véspera da averbação da escritura de venda no cartório.
“Vende esse trem hoje, hein. Pega o dinheiro logo, urgente”, diz Cachoeira a Garcez num trecho das conversas. “Fala: É pro governador. Vamos lá pagar ele logo no palácio”, completa.
Deve-se a revelação dos novos
grampos ao repórter Chico de Gois. Na versão de Perillo, a casa foi vendida por R$ 1,4 milhão. Nos diálogos de Cachoeira e Garcez, as cifras mencionadas são maus graúdas. Falam de valores entre R$ 2,25 milhões e R$ 2,3 milhões. E mostram-se propensos a fechar negócio por R$ 2 milhões.
Convocado, Perillo prestará esclarecimentos à CPI do Cachoeira nesta terça (12). Como se vê, tem muito a elucidar.
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