Parlamentares comentam alegações finais do processo do mensalão (Postado por Erick Oliveira)
Parlamentares governistas e de oposição comentaram as alegações finais do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, sobre o processo do mensalão. Gurgel manteve as acusações contra 36 dos 40 réus em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Para o procurador, não há provas contra dois réus, outro fechou acordo com a promotoria e um quarto já morreu.
"Mais importante do que a exclusão de um réu é o pedido de condenação dos demais. Então, o procurador agiu de acordo com os autos, porque ele estudou, analisou e as provas são contundentes", afirmou o presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP).
Para o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), Gurgel "não fez mais do que a obrigação" em manter as condenações. "As provas são extremamente contundentes. Ele será sabatinado no Senado na segunda-feira e tenta fabricar manchetes no fim de semana para limpar a barra em relação ao caso Palocci", disse Torres, líder do DEM no Senado. Ele se referiu à decisão do PGR de arquivar representação da oposição que pedia abertura de inquérito contra o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci.
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse que ér preciso "respeitar" o posicionamento de Gurge. "O procurador-geral é uma pessoa extremamente séria, procura sempre agir com correção. Sua decisão precisa ser respeitada, assim como o direito dos demais réus de ter o direito de defesa. Agora poderão esclarecer à população o que aconteceu."
Alegações finais
O pedido de condenação para 36 acusados no processo do mensalão foi mantido pelo PGR. Entre eles estão o ex-chefe da Casa Civil, José Dirceu, os deputados federais João Paulo Cunha (PT), presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, e Valdemar Costa Neto, secretário-geral do PR, o ex-deputado federal Roberto Jefferson, presidente do PTB, Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, e o publicitário Marcos Valério.
Gurgel tirou Luiz Gushiken e Antônio Lamas da lista de acusados alegando que não há provas contra o ex-ministro do governo Lula e Lamas.
Dois dos 40 citados inicialmente no processo foram excluídos ao longo das investigações: o ex-tesoureiro do PT, Silvio Pereira, que fez acordo com o Ministério Público para prestar serviços à comunidade, e o ex-deputado José Janene, que morreu no ano passado.
O próximo passo do caso que ficou conhecido como escândalo do mensalão, em que parlamentares teriam recebido propina para votar a favor de projetos de interesse do governo Lula, será o voto do relator Joaquim Barbosa, do STF.
A expectativa do próprio relator é de que o julgamento só ocorra no ano que vem.
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