Dilma rebate FHC e repisa a tática plebiscitária do PT
Lula Marques/Folha
Lula jogava o anzol há semanas. Súbito, FHC levou os lábios à isca do plebiscito.
Ao avistar o peixe graúdo, Dilma Rousseff apressou-se em puxar o caniço.
"Comparar não é ficar olhando para o retrovisor, pelo contrário”, disse ela.
“Comparar é discutir que caminho eu vou seguir, para que lado que eu vou”.
Uma resposta ao artigo que FHC levou às páginas neste domingo (7).
Abespinhado com os múltiplos ataques dirigidos à sua gestão, FHC anotou:
“Eleições não se ganham com o retrovisor. Mas se o lulismo quiser comparar, sem mentir e sem descontextualizar, a briga é boa. Nada a temer”.
O petismo sacode a vara de pescar como se festejasse o adensamento da turvação da água.
Ecoando Dilma, o ministro Alexandre Padilha (Coordenação Política), declarou:
“Toda vez que o presidente Fernando Henrique fala, o governo cresce em aprovação e a ministra Dilma cresce nas pesquisas".
A voz de Dilma não costuma soar aos domingos, dia em que ela prefere enfurna-se em casa.
A rotina foi subvertida porque a candidata deu as caras num encontro da juventude do PT, em Brasília.
Além de FHC, Dilma foi provocada pelos repórteres a comentar as críticas que lhe fizera o “aliado” Ciro Gomes (PSB).
Ciro dissera que falta a Dilma “experiência” para o exercício da Presidência da República.
A ministra respondeu ao reparo com um afago. Disse que a observação do deputado não lhe causa constrangimento. E emendou:
"Acho o Ciro Gomes um dos políticos mais qualificados do nosso país. Agora, nem por isso eu vou deixar de acrescentar o fato de que nós temos uma aliança qualificada”.
Ciro pensa diferente. Repete à saciedade que a união PT-PMDB é tisnada pela “moral frouxa”. Sobre isso, Dilma não disse palavra.
Na reunião com os jovens do PT, Dilma foi aclamada como candidata. Brindaram-na com uma adaptação da musiquinha das campanhas de Lula:
"Olê, olê, olé, olááááááa! Dilmaaaaaa, Dilmaaaaaa!"
A despeito das as evidências, Dilma disse que ainda não está em campanha. Não aceita nem a qualificação de pré-candidata.
Dirigindo-se aos jovens, ela os instou a ajudá-la em sua não-candidatura:
"Espero contar com a força desse juventude para que o projeto de continuidade do governo Lula seja vitorioso em 2010”.
A não-candidata discursou em ritmo de Brasil grande:
“O Brasil hoje é considerado como quinta potência mundial, mas nós só seremos a quinta potência mundial quando realmente todos os 190 milhões de habitantes tiverem acesso a educação, saúde e segurança de qualidade”.
Dilma comparou-se à meninada: “A minha geração lutou pela democratização do país em um momento de escuridão e tortura...”
“...A juventude atual é a da esperança, que transforma o sonho das mudanças em realidade”.
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Escrito por Josias de Souza às 18h34
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