PMDB sai do governo Arruda, mas mantém na sigla envolvidos em mensalão do DEM
Piero Locatelli
Do UOL Notícias
Em Brasília
A Executiva Regional do PMDB do Distrito Federal decidiu em reunião nesta segunda-feira (7) sair da base de apoio do governo de José Roberto Arruda (DEM). Até agora, PPS, PSDB, PSB, PDT e PV decidiram não apoiar mais o governo Arruda. O partido decidiu, porém, não expulsar nenhum dos envolvidos no mensalão do DEM da sigla.
Elite do PMDB é citada em vídeo
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"A imagem em flagrante que existe é de 2006, quando estava no auge da campanha e mostra um crime eleitoral. Isso não é suficiente", diz o deputado federal Tadeu Filipelli, presidente do partido no Distrito Federal. "Como nós vamos condenar a pessoa por um fato que está sendo acompanhado pela Policia Federal, pelo Ministério Público e pela Justiça? Como o partido vai antecipar, penalizar? Não faremos de forma nenhuma."
Dois parlamentares do partido estariam envolvidos no suposto esquema de corrupção. A deputada Eurídes Brito, líder do governo na Câmara Legislativa é acusada de receber R$ 30 mil mensais em troca do apoio político-partidário ao governo Arruda. O ex-deputado Odilon Aires também aparece em um vídeo recebendo dinheiro de Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais do governo Arruda.
Em outro vídeo, nomes da cúpula do PMDB são citados em um diálogo entre Durval Barbosa, ex-secretário do governo Arruda e colaborador da Polícia Federal na Operação Caixa de Pandora, com o empresário Alcyr Collaço - que foi flagrado colocando dinheiro na cueca.
Na conversa, eles comentam que teriam R$ 1 milhão para dividir entre quatro deputados federais do PMDB: Michel Temer(SP), Tadeu Filippelli (DF), Henrique Eduardo Alves (RN) e Eduardo Cunha (RJ). Todos negaram envolvimento no esquema.
O PMDB deve entregar imediatamente os seus cargos na administração de Arruda. São eles: a presidência da Novacap (Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil), chefia de gabinete do governador Arruda, a presidência da Codeplan (Companhia do Desenvolvimento do Planalto Central) e a administração do Plano Piloto.
Ao menos 10 deputados (dois deles suplentes), além do governador José Roberto Arruda e três secretários do Distrito Federal são suspeitos de participar de pagamento de propinas. A operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, foi deflagrada na sexta-feira (27).
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