PMDBdoB lança candidatura presidencial de Requião
Folha
Reunidos em Curitiba, representantes de 14 diretórios estaduais do PMDB aprovaram uma moção de apoio à candidatura presidencial de Roberto Requião.
Em discurso, o governador do Paraná declarou-se “pré-candidato” ao Planalto. E anunciou que vai abrir um ciclo de viagens pelo país:
“Mandem um aviso aos nossos dirigentes nacionais d PMDB: aqui se consolidou uma pré-candidatura...”
“...Essa pré-candidatura se inicia numa viagem ao Piaui. O segundo Estado a ser visitado será o de Sergipe, onde meus pais deitam as suas raízes ancestrais”.
O nome de Requião surge como suposta alternativa partidária ao acordo pré-nupcial que uniu o PMDB nacional à candidatura de Dilma Rousseff, do PT.
O encontro de Curitiba reuniu três tipos de pemedebês:
1. O pedaço do partido que deseja mesmo ter uma alternativa presidencial própria.
2. O naco da legenda que, simpática a Dilma, está insatisfeita com a falta de generosidade do PT nos arranjos estaduais.
3. A fatia da agremiação que, fechada com o tucano José Serra, tenta impedir que o PMDB entregue a Dilma o seu tempo de propaganda televisiva.
Requião entra em cena como catalisador de todas as insatisfações. Ouça-se mais um pouco do novo “presidenciável” da praça:
“Sou amigo do Lula, sou amigo pessoal da Dilma, sou companheiro do Serra desde a época dos bancos universitários...”
“...Mas sou, antes de tudo, pemedebista e brasileiro. Se nos é dada a oportunidade de participar dessa discussão nacional, não podemos deixar de fazê-lo”.
Requião foi o último a discursar no encontro de Curitiba, encerrado às 14h deste sábado (21). Pouco antes, falara o senador Pedro Simon, presidente do PMDB-RS.
Simon lamentara que o PMDB esteja dividido entre Dilma e Serra, dois presidenciáveis de legendas alheias.
“Quem vai ganhar? O Serra? A Dilma? Ninguém sabe. Mas o que todo mundo sabe é que o PMDB vai estar no governo, seja quem for o vencedor. Isso tem que acabar”.
Simon acrescentou: “Temos que ter um nome. E esse nome é o Requião”. Minutos depois, já circulava a moção com o nome do governador do Paraná. O jogo estava jogado de véspera.
Para ficar de pé, a candidatura própria do PMDB, assim como o apoio a Dilma, precisa ser aprovada pela maioria da convenção do partido, em junho de 2010.
Antes disso, o "PMDBdoB", que Requião prefere chamar de "velho MDB de guerra", terá de provar que o novo presidenciável é coisa a ser tomada a sério.
A última tentativa de candidatura própria do PMDB resultara numa humorística greve de fome de Anthony Garotinho.
Hoje, Garotinho é um feliz filiado do PR. Candiato ao governo do Rio, ele é Dilma desde menininho.
Escrito por Josias de Souza às 15h44
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