Supremo ouve hoje defesas de réus ligados ao PL (Postado por Lucas Pinheiro)
Serão ouvidos ainda os advogados de Breno Fischberg, da corretora Bônus-Banval, e Carlos Alberto Quaglia, da corretora Natimar, ambos acusados de usarem as empresas para a lavagem do dinheiro que financiou o esquema. Os réus negaram conhecimento sobre a origem ilícita do dinheiro.
Depois, será a vez da sustentação oral da defesa do deputado federal Valdemar Costa Neto e do ex-tesoureiro do PL Jacinto Lamas. Também deve ser ouvido o advogado de Antônio Lamas, irmão de Jacinto, que teria sacado R$ 350 mil.
Segundo a denúncia, Valdemar recebeu R$ 8,8 milhões do valerioduto para votar a favor do governo. Ele confirmou ter recebido dinheiro do PT, mas afirmou que seria para cobrir gastos de campanha.
Jacinto teria sacado no Banco Rural R$ 1 milhão do valerioduto para o partido. O procurador-geral pediu absolvição de Antônio Lamas devido à falta de provas.
O julgamento
O julgamento do mensalão começou na última quinta-feira (2) com a leitura do resumo da ação penal feita pelo relator Joaquim Barbosa, que apresentou o nome dos réus e explicou a quais crimes eles respondem. Na sexta-feira (3), Gurgel pediu a condenação de 36 dos 38 réus do processo e apontou o ex-ministro José Dirceu como líder do grupo criminoso.
Nesta segunda (6), os advogados de Dirceu e José Genoino negaram a existência do mensalão. A defesa de Delúbio Soares e Marcos Valério, no entanto, confirmou a existência de caixa dois - uso de recursos não declarados - após a campanha presidencial de 2002.
Os advogados de quatro réus do processo do mensalão ligados a Marcos Valério afirmaram na terça (7) que seus clientes desconheciam a prática de atividades ilícitas e negaram ter conhecimento sobre o suposto esquema. Além dos quatro ligados a Valério, falou ainda o ex-ministro José Carlos Dias, advogado da ex-presidente e atual acionista do Banco Rural Kátia Rabello. Dias negou que o banco fizesse empréstimos fictícios ao grupo de Valério.
Advogados de três ex-dirigentes do Banco Rural afirmaram, nesta quarta-feira (8), que seus clientes não tiveram participação nas irregularidades apontadas pela denúncia. A defesa de João Paulo Cunha (PT-SP) confirmou que o parlamentar recebeu dinheiro do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, mas negou desvio de recursos públicos. A defesa de Luiz Gushiken disse que seu cliente é inocente e que não há provas de sua participação no esquema do mensalão.
Nesta quinta (9), os advogados criticaram a denúncia do Ministério Público Federal contra seus clientes e negaram a existência do esquema do mensalão. Os advogados dos políticos do Partido Progressista (PP) confirmaram o recebimento de dinheiro para custear gastos da campanha eleitoral. Defensores dos réus da cúpula do PT afirmaram, no início da semana, que o partido deu aos aliados dinheiro não declarado, do chamado caixa dois.
O Supremo Tribunal Federal já ouviu 20 advogados dos 38 réus do processo. A previsão é de que as sessões para as sustentações orais da defesa dos acusados terminem na próxima quarta-feira (15).
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