quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

'Ninguém está mentindo', diz Kassab sobre implosão de prédio no Centro (Postado por Lucas Pinheiro)

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), reafirmou nesta quinta-feira (5) que a Prefeitura não tinha a expectativa de que a implosão do Edifício Moinho, na região central da capital, deixasse todo o imóvel no chão. A afirmação foi feita ao comentar a declaração de Wesley Bartoli, diretor técnico da Desmontec Demolições e Terraplanagem, empresa responsável pela implosão do prédio, que assumiu em entrevista ao Bom Dia Brasil a falha na ação.

De acordo com o Wesley Bartoli, foram utilizados 400 kg de explosivos para demolição, metade da necessidade estimada inicialmente. Na entrevista, ele afirmou que o objetivo da implosão era deixar o prédio no chão.

“Ninguém está mentindo nem ele, nem a Prefeitura. O que ele disse é que a Prefeitura sabia de seus procedimentos e eu sabia através da outra empresa. Ele falou a verdade. A Prefeitura também falou a verdade. O que existe é uma tentativa política de levantar alguma suspeição sobre algo que foi feito corretamente, com muita transparência e muita seriedade”, disse Kassab.

“A minha expectativa é que não tivesse problemas com relação aos trilhos e que circulação fosse restabelecida na terça-feira (3), como foi. Se ele tinha a expectativa que caísse ou não caísse, isso é um problema dele”, declarou Kassab.

A estrutura do imóvel ficou comprometida após incêndio ocorrido às vésperas do natal e obrigou a Prefeitura a suspender a circulação de trens das linhas 7 e 8 da CPTM.

Implosão
Bartoli afirmou ao Bom Dia Brasil que não foram colocados explosivos acima do segundo andar do Edifício Moinho para evitar que estilhaços fossem lançados à distância. Kassab garantiu que não fez nenhuma ingerência técnica a esse respeito, mas que apenas orientou para que a ação “não tivesse riscos para a comunidade vizinha nem para os trilhos”.

Kassab ressaltou, no entanto, que a administração municipal não tem relação direta com a empresa Desmontec. Essa foi contratada, segundo ele, pela Fremix para efetuar a implosão do imóvel. Segundo ele, a Fremix é quem deveria comentar a implosão.

Não há previsão de quanto a obra completa de demolição irá custar para os cofres da Prefeitura. Inicialmente, a expectativa da Prefeitura era de que o valor ficasse em cerca de R$ 3,5 milhões. Segundo Kassab, o pagamento em uma obra emergencial é feito a posteriormente. O trabalho é auditado e só depois a verba é liberada.

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