quarta-feira, 25 de maio de 2011

Lula pede união do PT em defesa de Palocci

Publicado em 25 de maio de 2011

Clique para Ampliar
Os petistas avaliam que a situação do ministro ainda está sob controle e que não há ilegalidade na empresa de Palocci
FOTO: ABR
Brasília. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva almoçou, ontem, com os senadores do PT, na casa do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo (PT-PR), e de sua esposa, a senadora Gleisi Hoffamann (PT-PR). No encontro de mais de três horas, ele sugeriu que o partido siga unido na defesa "do companheiro Palocci", que ocupa um cargo muito importante, tanto para o governo quanto para o PT.

O ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, multiplicou seu patrimônio 20 vezes entre 2006 - ano em que deixou o Ministério da Fazenda e se elegeu deputado federal - e 2010, tendo hoje cerca de R$ 7,5 milhões. Só no ano eleitoral de 2010, o faturamento de sua empresa de consultoria, a Projeto, chegou a R$ 20 milhões.

A avaliação dos petistas é de que a situação ainda está sob controle, pois, segundo eles, não surgiu nenhuma prova concreta que inviabilize a permanência de Palocci no governo.

Para Lula, o ministro não deve depor no Congresso, porque não há ilegalidade em suas atividades como consultor. Ele afirmou ainda que Palocci deve prestar esclarecimentos à Procuradoria-Geral da República. E quem levanta suspeitas contra ele é que tem que apresentar provas de que cometeu alguma ilegalidade.

De acordo com o ex-presidente, quem levanta suspeitas contra o ministro é que tem que apresentar provas de que cometeu alguma ilegalidade.

"Lula defendeu o comportamento do Palocci, dizendo que ele deu uma contribuição muito significativa para o Brasil e para o PT. Que é importante que estejamos unidos em defesa do Palocci", afirmou o senador Eduardo Suplicy (PT-SP).

Vazamento de dados
O ministro da Secretaria-Feral da Presidência, Gilberto Carvalho (PT-PR), acusou, ontem, a Prefeitura de São Paulo de ter vazado dados de prestação de contas da empresa Projeto.

O vereador José Américo (PT-SP) entrou, ontem, com um pedido para saber quem são os funcionários da Prefeitura de São Paulo que têm acesso aos dados do Imposto de Sobre Serviços (ISS).

REPRESENTAÇÕES
Oposição define duas frentes de atuação
Brasília. A oposição definiu duas frentes de atuação no caso Palocci. Ontem, após uma reunião das principais lideranças na Câmara e no Senado, foram encaminhadas ao Ministério Público duas representações para que as denúncias contra o ministro sejam investigadas.

O PSDB, o DEM e o PSOL querem a apuração de denúncias sobre a destinação, por emenda ao Orçamento, em 2008, do então deputado Antônio Palocci, de R$ 250 mil à Fundação Feira do Livro de Ribeirão Preto, em São Paulo. Segundo os oposicionistas, a entidade beneficiada tinha como vice-presidente Heliana da Silva Palocci, cunhada do ministro.

Outra representação entregue à Procuradoria-Geral da República pede investigação de uma "operação financeira suspeita" na compra de um imóvel de empresa que estava sob investigação policial. Conforme as denúncias, a aquisição foi feita pela empresa Projeto Consultoria Financeira Econômica Ltda., de propriedade do ministro, e a transação, detectada pelo Conselho de Atividades Financeiras (Coafi), que encaminhou relatório à Polícia Federal.

Fracassos
Ontem, duas comissões da Câmara não conseguiram colocar cinco pedidos de convocação de Palocci para esclarecimentos em votação. Como desde cedo o plenário da Casa estava aberto para o debate sobre o Código Florestal, as comissões não funcionaram normalmente. Parte da estratégia da oposição é entrar com requerimentos de convocação em todas as 20 comissões da Câmara.

Com minoria na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle do Senado, a oposição retirou o requerimento de convocação de Palocci ao perceber que não teria apoio suficiente.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial